O relatório O Futuro do Trabalho 2023 mostra quais profissões estão em alta e quais devem acabar.
Entenda a pesquisa
O relatório foi elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com o apoio da Fundação Dom Cabral nas pesquisas de opinião executiva.
Outras notícias
Existe a expectativa da criação 69 milhões de empregos nos próximos cinco anos. Entretanto, 83 milhões de postos poderão ser eliminados nesse mesmo período, principalmente por causa da digitalização e automação.
As áreas de tecnologia e economia verde são as que mais de destacam na geração de empregos. As oportunidades que mais crescem são: especialistas em IA e aprendizado de máquina, especialistas em sustentabilidade, analistas de inteligência de negócios e especialistas em segurança da informação.
Qual é a metodologia da pesquisa? As informações foram extraídas de dados estatísticos fornecidos pela rede social LinkedIn e pela plataforma de tecnologia educacional Coursera, bem como a partir de pesquisas com 803 empresas de todo o mundo.
Principais postos de trabalho com mais criação de vagas
Especialistas em IA e aprendizagem de máquina
Especialista em sustentabilidade
Analista em inteligência de negócios
Analista de segurança da informação
Engenharia de fintechs
Cientistas e analistas de dados
Engenharia de robótica
Especialista em big data
Operadores de equipamentos agrícolas
Especialistas em transformação digital
Principais postos de trabalho que devem desaparecer
Caixas de banco e funcionários relacionados
Funcionários dos Correios
Caixas e cobradores
Escriturários de entrada de dados
Secretários administrativos e executivos
Assistentes de registro de produtos e estoque
Escriturários de contabilidade
Legisladores e oficiais judiciários
Atendentes estatísticos, financeiros e de seguros
Vendedores de porta em porta, ambulantes e trabalhadores relacionados
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, no início da última semana, os dados econômicos financeiros do setor em 2022 e considerou que o ano se encerrou no "zero a zero". Houve um lucro líquido de R$ 2,5 milhões, resultado bem inferior ao ano anterior. Em 2021, o lucro foi de R$ 3,8 bilhões. Já em 2020, o setor havia registrado um recorde, com o montante de R$ 18,7 bilhões.
O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, disse à Agência Brasil que a mensagem é de cautela, mas que já há sinais de recuperação. Segundo ele, houve diferenças de desempenho entre as várias operadora de plano de saúde. Os maiores resultados negativos foram registradas por operadoras grandes. Rebello indica que a realidade econômica específica de cada uma delas deverá ter peso na atualização anual dos valores das mensalidades dos seus respectivos planos.
"Os percentuais de reajustes dependerão da situação de cada operadora", disse. A ANS é responsável por fixar o índice máximo que pode ser aplicado aos planos de saúde individuais e familiares. No ano passado, o teto foi de 15,5%, maior já aprovado pela agência desde a sua criação em 2000.
Os dados do setor em 2022 estão disponíveis no Painel Contábil da Saúde Suplementar, mantido pela ANS e alimentado com as informações financeiras enviadas pelas operadoras dos planos de saúde. Na segunda-feira (24), foram incluídos os resultados do 4º trimestre de 2022, permitindo assim consolidar os números do desempenho do ano passado.
De acordo com a ANS, a receita efetiva de operações de saúde, principal negócio do setor, foi de R$ 237,6 bilhões. Dessa forma, o lucro de R$ 2,5 milhões representou apenas 0,001% da receita.
"Podemos notar no 4º trimestre uma recuperação. Então é bom esclarecer que o termo 'zero a zero' busca apenas evidenciar uma igualdade entre receitas e despesas no setor no exercício de 2022. Houve um resultado positivo irrisório comparado ao total de receitas do ano", explica Rebello.
Segundo ele, o setor possui recursos para passar por esse período. "Obviamente foi um ano difícil. Houve aumento dos insumos, crescimento na frequência de utilização dos planos. A mensagem é de cautela. Mas já há sinais de melhora", disse.
A queda do desempenho foi registrada mesmo com o crescimento expressivo do número de beneficiários desde o início da pandemia de covid-19, atingido o recorde de 50,5 milhões no final do ano passado. Um ano antes, em dezembro de 2021, a saúde suplementar registrava 48,9 milhões de beneficiários.
"É importante considerar todo o contexto da pandemia. O setor já esperava um efeito na utilização após o isolamento social. Durante o isolamento social, as pessoas não usavam os planos. Por essa razão, em 2020, houve um lucro histórico", avalia o diretor-presidente da ANS.
Segmentos
O Painel Contábil da Saúde Suplementar permite fazer recortes dos dados por segmento e por operadora. No caso das operadoras médico-hospitalares, houve prejuízo de R$ 505,7 milhões. Já as operadoras exclusivamente odontológicas, de forma inédita, também tiveram um desempenho negativo. O prejuízo foi de R$ 47,3 milhões.
O único segmento que registrou resultado positivo foi o de administradoras de benefícios. O lucro chegou a R$ 555,57 milhões. Administradoras de benefício são empresas que atuam como intermediárias na contratação de planos de saúde coletivos, como a Qualicorp e a AllCare. Elas conseguem obter junto às operadoras condições diferenciadas para pessoas que tenham vínculo com empresas, órgãos públicos, associações, sindicatos ou conselhos de classe com os quais tenham firmado convênio.
A Tok&Stok, maior rede de varejo de móveis e decoração do Brasil, está em crise. A empresa tem dívida estimada em R$ 600 milhões, está fechando lojas, e teve a falência pedida na Justiça por um credor. A Tok&Stok foi procurada, mas não comentou a situação.
O que aconteceu?
A Tok&Stok foi fundada em 1978 pelo casal francês Régis e Ghislaine Dubrule, então recém-chegados da França. Em 2012, os fundadores venderam 60% da empresa para o fundo norte-americano Carlyle Group, por R$ 700 milhões.
Outras notícias
Em fevereiro deste ano, os problemas da Tok&Stok ficaram conhecidos. A Tok&Stok foi alvo de uma ação de despejo por causa do atraso no pagamento do aluguel de janeiro de um imóvel em Extrema (MG), onde tem um centro de distribuição. A empresa pagou a dívida em juízo e a ação foi encerrada.
Pouco após a ação de despejo, a rede de móveis contratou a consultoria Alvarez & Marsal. Esse grupo é especializado em reestruturação financeira (e também está envolvido no processo de recuperação judicial das Americanas).
No início de abril, a Mobly, startup de móveis e decoração, confirmou ter conversado com a Tok&Stok. Houve especulações sobre possível fusão entre as marcas. As empresas não confirmaram um acordo.
Também em abril, três executivos do alto escalão foram demitidos. A fundadora Ghislaine Dubrule assumiu o cargo de gestora executiva da Tok&Stok.
Roberto Szachnowicz, ex-presidente da Etna, assumiu o cargo de CEO na Tok&Stok. A Etna era concorrente da Tok&Stok e encerrou as operações em março de 2022.
A consultoria de tecnologia Domus Aurea pediu a falência da Tok&Stok. A companhia solicita, em juízo, R$ 3,8 milhões correspondentes a três meses de atraso no pagamento de um projeto encomendado pela rede varejista. O processo está em andamento.
Lojas fechadas
Antes de os problemas se tornarem públicos, a Tok&Stok contava 67 lojas em 21 estados e no Distrito Federal. São Paulo é o estado com maior número de lojas (21), seguido pelo Rio de Janeiro (6).
Em abril, a empresa começou a fechar lojas para reduzir custos. Duas já foram fechadas: uma no Shopping Iguatemi Bosque, em Fortaleza (CE), e outra no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS). As informações foram obtidas a partir da central de atendimento e de lojas próximas.
Antes do fechamento, a varejista anunciou descontos de até 50% nas unidades. Clientes de diversos estados foram atraídos pela oferta e postaram nas redes sociais sobre filas em alguns dos pontos de venda da marca.
Mais oito unidades da Tok&Stok devem fechar em breve. Segundo o UOL apurou, são as lojas nos shoppings Jockey Plaza (PR), Piracicaba (SP), Vila Velha (ES), Pátio Brasil (DF), Barra Shopping (BA), Recife (PE), NorteShopping (RJ) e a loja no bairro Água Fria, em Fortaleza (CE).
Outras sete unidades, ainda não reveladas, terão suas atividades encerradas ainda neste ano. Com isso, a rede de móveis encerrará o ano com 50 unidades.
Para salvar a rede varejista, o Carlyle Group (dono da Tok&Stok desde 2012) pode fazer um aporte de R$ 100 milhões. A gestão do fundo Carlyle no Brasil é feita pela SPX Capital, que não confirmou o aporte à rede de móveis e decoração.
Procuradas pelo UOL, a Tok&Stok e a Alvarez & Marsal não se pronunciaram.
O que está acontecendo com o setor?
No início da pandemia, houve um crescimento da demanda por produtos de decoração. Empresas do setor ampliaram seus estoques e se empolgaram com o cenário. Em 2020, a Tok&Stok cogitou abrir seu capital na Bolsa, mas as condições de mercado pioraram e o plano não vingou.
O cenário durou pouco e resultou em problemas de capital de giro. As empresas estavam com os estoques cheios, mas, com o alívio na pandemia, as vendas caíram.
Com a pandemia, as pessoas também passaram a comprar mais pela internet. Isso fez com que o custo de manter lojas físicas não compensasse em algumas cidades. A TokStok começou 2023 com 67 unidades.
Essas empresas tiveram um aquecimento baseado numa coisa que não era duradoura (pandemia). Passadas essas condições, a realidade se mostrou e o setor foi prejudicado. Claudio Felisoni, presidente do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo)
A crise das Americanas agravou as condições do varejo em geral. Os problemas da gigante do setor aumentaram a desconfiança dos investidores e, consequentemente, criaram empecilhos para conseguir crédito.
O setor vem se transformando desde a pandemia, e o futuro depende de quem conseguirá se adaptar a essa nova realidade. Nichos como pet shops e deliveries são promissores, enquanto, lojas de departamento e hipermercados devem sofrer mais. Claudio Felisoni
O prêmio principal da Mega-Sena 2587, sorteado nesse sábado (29), ficou para apenas um vencedor na cidade de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com uma aposta simples, o jogo feito na lotérica Lagoa Loterias vai embolsar mais de R$ 61 milhões. Além dessa aposta, outras 34 feitas em Minas Gerais ficaram “no quase” e também vão colocar dinheiro no bolso ao acertarem a quina.
Segundo a Caixa Econômica Federal, em todo o país, 328 apostadores acertaram cinco dos seis números sorteados. O resultado da Mega-Sena 2587 foi 05-10-11-22-23-37.
Os prêmios na quina variam de acordo com a quantidade de número apostados. As apostas simples levaram R$17.723,23, enquanto um bolão com 10 números feitos em Uberlândia, por exemplo, arrecadou R$88.616,10 a ser dividido entre 10 apostadores.
De acordo com os dados disponibilizados pela Caixa Econômica, foram contempladas com a quina apostas das cidades de Alfenas (dois jogos), Araxá, Belo Horizonte (sete jogos), Brasilândia de Minas, Buritis, Chapada Gaúcha, Contagem, Divinópolis (três jogos), Frutal, Ibirité, Ipatinga, Itaú de Minas, João Monlevade, Juiz de Fora (dois jogos), Nanuque, Paracatu, Paraisópolis, Passos, Patrocínio, Ribeirão das Neves, Uberaba (dois jogos), Uberlândia (dois jogos) e Virginópolis.
O próximo concurso vai ser sorteado na quarta-feira (3 de maio) e o prêmio é estimado em R$ 3 milhões.
O Ibovespa fechou em alta de 1,47% nesta sexta-feira (28), aos 104.431 pontos, e encerrou o mês de abril com um ganho de 2,5%. O principal índice da Bolsa brasileira teve volatilidade no período. Desta forma, mesmo com os ganhos no mês, os investidores optaram pela cautela.
“Tivemos um mês foi volátil. O começo dele foi forte, após a publicação do IPCA , mas depois, por conta do arcabouço, investidores foram desanimando. Tivemos, de qualquer forma, um desempenho positivo, mas nada espetacular”, comenta Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama.
No dia 11 de abril, a publicação do IPCA de março, com uma desaceleração considerável, impulsionou o Ibovespa em mais de 4%. Posteriormente, contudo, o benchmark perdeu força, com especialistas acompanhando a tramitação do arcabouço fiscal.
“No Brasil, em março, tivemos a apresentação do arcabouço fiscal. Em abril, tivemos a proposta formal. O governo, por enquanto, busca o detalhamento melhor das receitas, para fechar a conta. Esse é o principal desafio que vemos para o mercado local. A apresentação da proposta ajuda a reduzir o risco de percepção da deterioração fiscal, o que é muito importante para renda fixa, moeda e ações”, diz Antonio Sanches, analista da Rico Investimentos.
Algumas derrotas do governo, como no caso da taxação de importadoras como a SheIn, adicionaram preocupações de como a União conseguirá compor a sua receita ao longo do ano para alcançar as metas.
“O grande destaque foi a continuidade da incerteza no Brasil. Alguns investidores esperavam que teríamos mais sinalizações, principalmente na parte macro. Era esperado que teríamos mais claridade, mas isso foi postergado. Acredito que a expectativa em relação a abril foi jogada para o próximo mês”, destaca Adriano Yamamoto, head da corretora institucional do C6 Bank.
Yanamoto pontua ainda que abril, assim como março, foi mais um mês com um baixo volume médio de negociações na B3 – o que já vem sendo apontado há algum tempo.
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“Dentro das poucas movimentações, as preferencias dos gestores de equities estão elétricas e bancos, setores defensivos. Essa é a cabeça atualmente. Como não temos clareza, é natural que gestores foquem nestas posições”, menciona o especialista. “A liquidez, de qualquer forma, está muito baixa. Qualquer fluxo traz uma distorção muito maior do que deveria”.
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Entre as maiores altas do Ibovespa em abril ficaram as ações ordinárias da EcoRodovias (ECOR3), com mais 19,11%, as preferenciais série B da Copel (CPLE6), com mais 15,56%, e as preferenciais da Cemig (CMIG4), com mais 8,91%. No setor financeiro, as ordinárias do Banco do Brasil (BBAS3) ganharam 9,33%, as preferenciais do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4), 4,85 % e 5,33%, e as unitárias do Santander (SANB11), 3,43%.
No exterior, o cenário também não foi muito diferente. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam essa sexta com altas de, respectivamente, 0,80%, 0,83% e 0,69%. No mês, na mesma sequência, os ganhos foram de 2,49%, 1,51% e 0,04%.
“Mês de abril lá fora foi marcado por uma continuidade da dissipação de risco do evento de liquidez, que foi desencadeado principalmente pela quebra do SVB. Providos de liquidez pelo Fed, os bancos, ao longo do período, não estão precisando buscar linhas de crédito”, explica Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.
Na contraparte, porém, as perspectivas de que o Federal Reserve elevará a taxa de juros em sua próxima reunião, que acontece na próxima semana, aumentaram – com o consenso apostando em uma alta de 25 pontos-base, para o intervalo entre 5% e 5,25%. A crise dos bancos, causada majoritariamente por problemas na frente de crédito, era vista como algo que poderia levar a instituição a ser mais brando, para evitar um estrago maior.
“A gente ainda viu um movimento do cenário global com maior apetite ao risco. O DXY, que mede a força do dólar frente a outras divisas de países desenvolvidos, fechou no campo negativo. O dólar perdeu força mundialmente”, completa Madruga.
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A moeda americana fechou abril cotada a R$ 4,987 na compra e na venda, com alta de 0,14% no dia, mas queda de 1,59% no mês.
Para maio, de acordo com os especialistas, o destaque segue sendo as decisões quanto a política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, com a Super Quarta na próxima semana, e também o trâmite do arcabouço fiscal.
“Temos a reunião do Copom na primeira semana de maio. Esperamos uma manutenção mas, com alguns dados de inflação apontando melhora, e com a questão fiscal trazendo mais visibilidade, a gente pode começar a esperar uma sinalização de que a Selic pode cair a partir da segunda metade do ano”, diz Antônio Sanches.
Madruga também espera uma manutenção dos juros em 13,75% pelo Copom. “Caso a gente consiga observar uma estabilidade para a inflação nos próximos períodos, o BC pode vir a sinalizar possíveis cortes nos próximos meses, porque a atividade brasileira está já desacelerando bem”, menciona. “Temos também a reunião do Fed. Devemos ter uma alta residual de 25 pontos-base”.
O consumidor não pagará cobrança extra sobre a conta de luz em maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios. O nível de armazenamento dos reservatórios, informou a agência reguladora, atingiu 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento.
Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado em junho de 2022 pela Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.
Bandeiras
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.
Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.
A Citroën fez uma revelação e tanto nesta quinta-feira (27): o novo C3 Aircross . Apresentado em sincronia com a operação da marca na Índia, o modelo se destaca por misturar o estilo externo de SUV com um interior pensado como minivan, uma inspiração que fica ainda mais clara diante do fato que o carro oferece sete lugares, algo que não é oferecido por nenhum outro utilitário compacto.
Chamar de revelação não é maneira de dizer, uma vez que ainda não temos a data de lançamento ou versões e preços. Sabemos apenas que será no final do ano . Mas a fabricante liberou várias informações e foi possível apurar algumas coisas.
O parentesco com o C3 vai além do nome, uma vez que ambos usam a mesma arquitetura: a plataforma CMP (Common Modular Platform) . O nome comum se aplica não apenas a esses dois modelos, ele também vale para o futuro sedã compacto que será lançado em 2024 . Chamado de C-Cubed, o projeto envolve os três modelos e tem como missão mudar o destino da Citroën no Brasil. A marca aposta que o Aircross será o principal produto do trio. O objetivo dos novos modelos é levar o fabricante a 4% de participação geral no mercado.
A produção será em Porto Real, Rio de Janeiro, fábrica que também faz o C3 e o C4 Cactus . O projeto nasceu no Brasil e conta com 70% de índice de nacionalização. Mundialmente, a meta é conquistar mercados na América do Sul, Índia, Ásia e Pacífico. São pontos táticos que fazem parte da estratégia de chegar a até 30% de vendas fora da Europa até 2025.
Estilo de SUV
Sabe o jeito de minivan da Chevrolet Spin? Não é o caso do C3 Aircross. O Citroën aposta em uma imagem de SUV, o que o afasta do visual esperado para um carro familiar de sete lugares. A "suvização" dos monovolumes é um movimento que já está em prática mundo afora. Embora a tendência também afete os EUA, o fato é que talvez só os americanos não se desapeguem das super práticas vans familiares.
É certo que esse tipo de carro carece do apelo sedutor de um SUV. E apelo é o que o C3 Aircross mais tem. O modelo aposta na dianteira com a mesma linguagem do C3, o que inclui o compartilhamento dos faróis, peças que imitam duplo o chevron, tipo de engrenagem que é símbolo da Citroën. Desenhos de para-choque, grade e capô são bem mais agressivos.
Por sua vez, as laterais ostentam para-lamas bem ressaltados, sempre uma boa aposta na direção da robustez visual. Na mesma tocada, as rodas aro 17 têm desenho que mistura partes diamantadas com pretas , além de serem calçadas com pneus Pirelli Scorpion 215/60.
As portas têm estilo semelhante às do C3, e são perfeitamente integradas aos vincos. As terceiras janelas ficam atrás das grossas colunas, praticamente integradas ao vidro traseiro. Foi uma maneira de dar uma rebuscada no visual e, ao mesmo tempo, melhorar a visão traseira. O toque hipster é o uso de cores diferentes no teto, algo que se popularizou, sobretudo, entre os SUVs.
As lanternas traseiras não são exatamente as mesmas do hatch, replicando apenas o estilo geral, sendo ligadas por uma régua preta . Apliques prateados no para-choque traseiro replicam os dianteiros, um recurso que lembra os protetores aplicados na era em que os SUVs eram SUVs.
A tampa tem base elevada em relação ao piso do bagageiro. Eu queria deixar para falar disso mais para a frente, mas devo adiantar que o porta-malas comporta até 489 litros. É outro mundo em relação aos 320 l do C4 Cactus, seu futuro companheiro de fábrica .
Os únicos dois defeitos poderiam ser facilmente resolvidos. Um deles é a crítica que o carro do primeiro contato nem sequer tinha encosto bipartido. Além disso, é incômodo o fato do piso do compartimento ter piso muito mais profundo que a boca da tampa. Como a Citroën aposta forte na personalização dos seus novos carros, esperamos que uma tampa alinhada ao acesso seja oferecida, algo que também permitiria que fosse criado um prático alçapão. O tampão é bipartido, algo elogiável.
Medidas generosas
São mais 4,32 metros de comprimento, medida que o coloca bem acima dos 4,17 m do C4 Cactus. O entre-eixos de 2,67 m é 13 cm superior ao do C3, sendo sete centímetros superior ao do parente próximo. A distância em relação ao solo é de 20 centímetros.
Para você ter uma ideia, o C3 Aircross europeu tem 4,15 m e 2,60 m nas mesmas medidas. Por que não trazê-lo? Seria um produto premium e pequeno para o nosso mercado.
Como o C3 Aircross se sai em relação à Spin, sua concorrente no mercado de carros compactos de sete lugares? A minivan da Chevrolet tem 4,36 m de comprimento e 2,62 m de entre-eixos. Já o porta-malas tem três capacidades diferentes: 710 litros (sem a terceira fileira), 553 l (com os assentos do fundão retirados) e 162 l (todos os assentos no lugar). Resta saber quais serão as demais medições do Citroën.
Infelizmente, o primeiro contato foi apenas com a versão de cinco lugares. Sem poder testar a terceira fileira, tive que me contentar com as duas primeiras. Foi possível ver que eu fiquei bem acomodado , a despeito de ter 1,84 m de altura, sobraram alguns dedos em relação ao encosto dianteiro. Olha que o banco do motorista estava regulado para alguém da minha estatura. O volante tem ajuste apenas de altura, mas, se seguirem os do C3, os bancos serão confortáveis após horas de direção.
A segunda fileira tem assentos bem mais elevados do que o ponto dos bancos dianteiros - até que eles contam com espaço decente abaixo deles para acomodar os pés de quem vai atrás. O mesmo não acontece no meio, o que é uma limitação do 1,80 m de largura - o túnel central não tão elevado.
Quanto aos bancos da terceira fileira, eles são individuais e pesam oito quilos, o que facilita a remoção deles - não vimos o modelo de sete lugares . Da mesma maneira, ainda não foi revelado o volume do porta-malas com todos os sete ocupantes. Para melhorar o acesso aos passageiros traseiros, os encostos rebatem na proporção 60/40.
Não há dúvida que o espaço interno é elogiável. Isso se estenderia a todos os novos carros da Citroën. De acordo com Pierre Leclercq, Diretor de Design Global da Citroën. "Companhias francesas fazem muito bem carros pequenos, elas sabem otimizar cada centímetro no interior".
Correções incluem painel e airbags
Como fica posicionado bem acima do C3, o C3 Aircross corrigiu algumas falhas do hatch. Uma delas foi o painel digital de baixa resolução, sem conta-giros e de tamanho diminuto, que foi trocado por uma peça de maior resolução, colorida e com tamanho de sete polegadas , além de trazer o importante mostrador de rotações.
A outra correção diz respeito aos dois airbags laterais dianteiros, algo que está disponível no mais barato Renault Kwid, mas não no C3 . Só que continuam de fora os seis airbags. A esperança é que sejam adaptados sistemas de auxílio a condução oferecidos no Pulse.
Há algo curioso que me lembrou - ainda que de maneira mais simples - as antigas minivans da Citroën: saídas de ar-condicionado para os passageiros traseiros , outro ponto elogiável. Só que, ao contrário das antepassadas, só é possível acionar a regulagem de intensidade do ventilador, nada de temperatura.
Entretanto, há pontos em que a origem de um carro popular não é negada. Na versão apresentada, não há ar-condicionado digital , por exemplo, item que já se tornou corriqueiro. As portas sequer têm tecido de revestimento, algo que poderia ter sido aplicado na dianteira, como é de costume nos compactos. Além disso, nem o cinto do motorista conta com ajuste de altura.
Há um ponto que não precisava de mudanças: a bela central multimídia de dez polegadas . Além de ter uma tela vívida de alta resolução, ela se destaca por oferecer conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Há ainda até cinco saídas USB, sendo duas para os ocupantes da frente, duas para a fileira traseira e outra para a terceira.
Motores e câmbios
Tendo sido desenvolvido em grande parte em Betim, Minas Gerais, fábrica da Fiat e base do centro de desenvolvimento da Stellantis, o novo carro usa muitos componentes da marca. Tamanha generosidade será compensada assim que a plataforma CMP também for cedida para a irmã italiana, com o objetivo de serem construídos sobre ela o novo Argo e grande família, afirma o Automotive Business .
De acordo com o site Autos Segredos, serão duas motorizações. As versões de entrada têm o motor PSA que é o amigo de infância dos projetos anteriores e atuais: o 1.6 16V aspirado, unidade que deve gerar os mesmos 120/113 cv e 15,7/15,4 kgfm do C3 (etanol/gasolina). O quatro cilindros conta com os câmbios manual de cinco marchas e automático de seis velocidades.
Fornecido pela Fiat, o outro propulsor é um parágrafo à parte - literalmente. Trata-se do 1.0 turbo usado pelo Pulse e Fastback, um três cilindros que gera 130/125 cv e 20,4 kgfm. No caso dele, a transmissão é automática do tipo CVT . E vale ressaltar que esse motor não está disponível para o C3 hatch.
Versões e preços
Ainda não sabemos se os nomes das versões seguirão os do C3 ou do C4 Cactus. O primeiro tem as configurações Live, Live Pack, Feel, Feel Pack e First Edition. Já o segundo dispõe das opções Live, X-Series, Feel, Feel Pack e Shine.
Em relação aos preços, o que foi apurado é que o C3 Aircross custará menos que o Jeep Renegade, que parte de R$ 134.990 (preços de São Paulo) . É algo natural, pois o companheiro da marca de utilitários tem motor 1.3 turbo e outros pontos que o credenciam a ser mais caro. Apostar em algo próximo dos R$ 110 mil como patamar de entrada talvez não seja tão distante. Até porque o Fiat Pulse custa entre isso e R$ 130 mil.
Vale lembrar que o C4 Cactus parte de R$ 108.990 e chega a R$ 147.990 , porém ele tem motor turbo mais esportivo no topo da game e pode ter a linha reestruturada, se limitando aos modelos mais caros, exemplo do 1.6 THP. Nada é certo. A presidente da marca apenas afirmou que o carro vai permanecer em linha, mas pode haver algum cruzamento de compradores.
"Quando a gente põe os dois, você vê que são perfis distintos. Vai ter uma parte que vai fazer uma intersecção ali? Normal. Mas o perfil do cliente é distinto", diz Vanessa Castanho, vice-presidente da Citroën para a América do Sul . Ao indagar se a data de lançamento ainda muito distante poderia levar os potenciais compradores do C3 Aircross a buscarem outro SUV, ela pensa que não. "O que a gente percebe é que ele vai adiar a compra da concorrência, não da Citroën" , aposta.
Ao perguntar para a alta executiva se o C4 Cactus ficaria em linha apenas por um tempo curto - algo comum após baixar a poeira de alguns lançamentos -, ela afirmou que não, pois são carros de perfis distintos. O segmento B SUV (os compactos) tem 25% de domínio de mercado e 20 modelos sendo ofertados . A vice-presidente aposta que há subclassificações e há espaço para ambos.
Claro que há a arquirrival Spin. A minivan custa entre R$ 106.560 e R$ 128.880, ou seja, uma gama parecida com a do novo C3 Aircross . E o modelo da Chevrolet será reformulado em breve e ganhará uma imagem bem mais agressiva, além de ter versão aventureira. Não será um páreo tão fácil assim, mas, para combater isso, a Citroën vai ampliar a rede de concessionários. Atualmente, são 179, número que garante 80% de cobertura no país.
Encontrar um nicho de mercado e fazê-lo florescer é com a própria Stellantis, não parece que vai ser diferente com o C3 Aircross. Ter um SUV de sete lugares pelo preço da categoria sub R$ 140 mil é um trunfo e tanto . Por mais que seja simples em comparação a alguns competidores, a versatilidade e design são alguns dos pontos fortes.
Modelos importados
A possibilidade de serem trazidos carros importados também foi perguntada. " Chance sempre tem, mas desde que faça sentido para o mercado . A gente está trabalhando em uma estratégia de eletrificação que é bem disruptiva", afirma Vanessa. Se seguirmos nessa linha, há modelos que seriam interessantes, exemplo do elétrico ë-C4.
Em comunicado enviado ao mercado na noite de quinta-feira (27), a Petrobras (PETR3;PETR4) confirmou que seus acionistas aprovaram em Assembleia Geral Ordinária (AGO) a remuneração aos acionistas relativa ao Exercício Social de 2022 no valor de R$ 17,06202044 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. Esse valor inclui os pagamentos realizados ao longo de 2022 e o dividendo complementar a ser pago a partir do dia 19 de maio de 2023.
O dividendo complementar equivale a R$ 2,74573369 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. Considerando a atualização monetária pela taxa SELIC de 31 de dezembro de 2022 até hoje, esse valor tem um acréscimo de R$ 0,11382822 por ação. Desta forma, o valor total bruto a ser distribuído aos acionistas, considerando a atualização monetária até hoje, é equivalente a R$ 2,85956192 por ação.
O pagamento do referido dividendo complementar será realizado em três parcelas, sendo:
(i) a primeira em 19 de maio de 2023, no valor de R$ 1,42978096 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação, para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, e, a partir de 26 de maio de 2023 para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociadas na New York Stock Exchange (Nyse).
(ii) a segunda em 16 de junho de 2023, no valor de R$ 0,91106456 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação, para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, e a partir de 23 de junho de 2023, para os detentores de ADRs.
(iii) a terceira em 27 de dezembro de 2023, no valor de R$ 0,51871639 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação, para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, e, a partir de 04 de janeiro de 2024, para os detentores de ADRs.
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Os valores das três parcelas continuarão a ser atualizados pela variação da taxa Selic até a data dos efetivos pagamentos.
Sem reserva estatutária
Mais cedo, foi informado que os acionistas da Petrobras tinham aprovado o pagamento de dividendos complementares de R$ 35,8 bilhões anunciados com os resultados do quarto trimestre, sem que houvesse a retenção de valores com outros objetivos.
O conselho da empresa havia sugerido no início de março que os acionistas avaliassem a criação de uma Reserva Estatutária para reter até R$ 6,5 bilhões do resultado do exercício social de 2022, o que não ocorrerá.
Os R$ 6,5 bilhões foram propostos considerando que o montante havia ultrapassado a aplicação da fórmula prevista na Política de Remuneração, conforme documentos publicados pela Petrobras em março.
Com isso, a Petrobras pagará em proventos o total, R$ 35,8 bilhões, mas agora em três parcelas: em 19 de maio (R$ 17,9 bilhões); 16 de junho (R$ 11,4 bilhões); e 27 de dezembro (R$ 6,5 bilhões). Esses valores são considerados sem a atualização recente feita pela companhia.
A proposta de destinação dos resultados financeiros foi aprovada com 84,06% dos votos, relativos a 5,9 bilhões ações ordinárias. Isso significa que a aprovação da proposta de retenção para pagamento em três parcelas foi além dos votos da União, majoritária, que correspondem a 50,26% do total.
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Outros 4,4 milhões de ações foram mobilizadas para votar contra a proposta. As abstenções somaram 15,88% dos votos, relativos a 1,1 bilhão de ações.
O valor da retenção seria direcionado para a criação de uma reserva estatutária voltada a novos investimentos, conforme sugerido pelo Conselho, mas que acabou não sendo criada. Com isso, a União propôs adiar o pagamento deste montante. Na prática, esse adiamento permite à União insistir na criação da reserva à frente, o que poderá ser aprovado em uma nova assembleia.
Considerando o total de dividendos de R$ 35,8 bilhões, a União deve ficar com até R$ 13 bilhões, via Tesouro, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de participações, o BNDESPar. Com relação a 2022, a União deve ficar com cerca de R$ 79 bilhões do total de R$ 215,7 bilhões distribuídos a acionistas.
A questão da destinação do resultado de 2022 foi o segundo ponto da pauta da AGO da Petrobras na tarde desta quinta. Antes, os acionistas aprovaram, com margem de 80,74% dos votos, o Relatório de Administração e das Demonstrações Financeiras da Companhia.
A assembleia de acionistas da Petrobras, marcada para quinta-feira (27), avalia aumento de 43,9% para diretores. O salário do presidente da empresa, Jean Paul Prates, passaria de R$ 116 mil para R$ 167 mil por mês.
Qual é a proposta de aumento salarial?
A proposta é aumentar a remuneração fixa dos administradores da companhia pelo INPC acumulado de 2013 a 2022 (43,9%). A alta foi aprovada em março pelo Conselho de Administração. Sete conselheiros votaram a favor da medida, contra quatro abstenções —Rosângela Buzanelli, Marcelo Gasparino e Francisco Petros e o próprio Jean Paul Prates.
Outras notícias
A decisão está na mão da Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas. Se a proposta for aprovada, o presidente da Petrobras ganhará salário de R$ 167 mil —o que equivale a 128 salários mínimos (R$ 1.302). Atualmente, o honorário mensal de Prates é de R$ 116 mil. Já os diretores passariam a receber R$ 159 mil (hoje são R$ 111 mil).
Executivos do alto escalão também ganham bônus no Natal, de férias, auxílio-moradia, plano de saúde, entre outros benefícios. No total, a diretoria executiva é composta por nove pessoas, sendo o presidente e mais oito diretores.
Os petroleiros criticam o aumento para os diretores e reclamam de falta de reajuste da categoria. De acordo com a FUP (Federação Única dos Petroleiros), os trabalhadores estão sem ganho real —ou seja, acima da inflação— desde 2016. Nas contas da entidade, a correção monetária dos salários da classe foi de 74,8% de 2013 a 2022, enquanto diretores da empresa receberam 182,2% de reajuste. O INPC acumulado no período foi de 80,5%.
É inadmissível que seja votada uma proposta como essa, em um momento em que há pessoas passando fome no Brasil, com taxa de desemprego alta e petroleiros sem ganho real desde 2016. Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP
Procurada pelo UOL, a Petrobras não se manifestou até a publicação deste texto. Em março, a empresa informou em nota que "a proposta não tem efeito imediato e sua eventual aprovação, caso acolhida pelos acionistas, impactará a remuneração dos administradores somente após a data de realização da AGO de 2023."
Em São Paulo houve registro de queda no decorrer do dia. Animais padrão China foram negociados entre R$ 265/270/@ a prazo.
Animais destinados ao mercado doméstico são negociados a partir de R$ 255/@ à vista.
Em Minas Gerais os preços ficaram estáveis no dia.
Na região do triângulo mineiro indicação de negócios a R$ 270/@ a prazo para boi padrão China.
Em Goiás os preços ficaram inalterados no dia.
Animais padrão China foram precificados entre R$ 255/260/@ a prazo na região de Mineiros.
No Mato Grosso do Sul preços acomodados no dia.
Na região de Naviraí o boi gordo foi indicado a R$ 265/@ a prazo.
Em Campo Grande o boi gordo ficou em R$ 265/@ a prazo.
No Mato Grosso as cotações ficaram acomodadas, mas com viés negativo.
Na região de Pontes e Lacerda a arroba foi indicada a R$ 250 a prazo.
Em Araputanga indicação de negócios a R$ 250/@ a prazo.
Boi no atacado
Já os preços da carne bovina permanecem acomodados no mercado atacadista.
A perspectiva é de demanda comedida na ponta final nos próximos dias devido à descapitalização das famílias, fator que pesa na reposição e na recuperação dos preços do atacado.
A entrada da massa salarial na economia tende a trazer algum fôlego na primeira quinzena de maio, disse Maia.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 20 por quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 15 por quilo. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 14,90 por quilo.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou os dados econômico-financeiros relativos ao quarto trimestre de 2022 com informações financeiras enviadas pelas operadoras de planos de saúde.
O setor fechou o ano de 2022 praticamente no "zero a zero", com o registro de lucro líquido de R$ 2,5 milhões. Comparado com a receita efetiva de operações de saúde — o principal negócio, de R$ 237,6 bilhões —, esse lucro representa apenas 0,001% (para cada R$ 1.000,00 de receita, R$ 0,01 de lucro).
A agência destaca que a tendência dos resultados anuais no momento pós-pandemia (desde 2021) persistiu com a deterioração dos resultados, especialmente em grandes operadoras, após o lucro recorde de R$ 18,7 bilhões em 2020, seguido de lucro de R$ 3,8 bilhões em 2021. Entretanto, o quarto trimestre de 2022 já apresenta sinais de recuperação, na visão da ANS.
Nos números agregados por segmentos regulados pela ANS, o resultado do setor foi positivo para as administradoras de benefícios (R$ 555,57 milhões). As operadoras exclusivamente odontológicas e médico-hospitalares registraram prejuízo anual (R$ 47,3 milhões, 1,29% da receita efetiva de planos de operadoras odontológicas; e R$ 505,7 milhões, 0,22% da receita efetiva de planos de operadoras médico-hospitalares).
"Esse dado negativo é inédito: para as odontológicas, significa R$ 1,29 de prejuízo a cada R$ 100,00 de receitas efetivas de seus planos; e, para as médico-hospitalares, R$ 0,22 centavos de prejuízo para cada R$ 100,00 de receitas efetivas de seus planos. Nessas modalidades, o prejuízo final foi puxado fortemente por grandes operadoras", afirma a agência reguladora.
“A saúde suplementar sofre efeitos diretos do descompasso entre receitas e despesas e do aumento dos custos dos tratamentos de saúde, medicamentos, procedimentos hospitalares e terapias. Essa escalada deve impactar diretamente no índice de reajustes dos planos. Esse cenário coloca em risco o equilíbrio do sistema, o que pode levar à saída de milhares de beneficiários, sobrecarregando ainda mais o SUS”, explica a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente.
Desde 2021, o setor observa queda no desempenho com as operações de assistência à saúde (resultado operacional). A ANS nota, especialmente nas operadoras médico-hospitalares, uma "ressaca" pós-Covid, com déficit de R$ 11,5 bilhões no resultado operacional, que subtrai das contraprestações (mensalidades) e outras receitas operacionais os custos diretos da operação: eventos indenizáveis, despesas administrativas, despesas de comercialização e outras despesas operacionais.
Esse prejuízo operacional foi parcialmente compensado pelo expressivo resultado financeiro de R$ 9,4 bilhões no ano, reflexo do aumento das taxas de juros, que remuneram as aplicações financeiras das operadoras.
"Cabe ressaltar, que desde a década de 80, gestores, no campo da saúde, deparam-se frente ao desafio de encontrar soluções para a organização e o funcionamento dos sistemas de saúde face ao aumento das despesas com assistência médico-hospitalar e seus efeitos sobre o bem-estar da população, as mudanças demográficas e epidemiológicas e o progresso contínuo das tecnologias médicas. Atualmente, esse desafio acentua-se devido à pouca transparência das relações e assimetria de informações entre os agentes do setor de saúde, a falta de indicadores de qualidade, além do alinhamento quanto ao significado de eficiência", afirma Fábio Gonçalves, diretor-técnico da Aliança para Saúde Populacional.
Os consumidores brasileiros estão sendo contemplados com uma série de novidades envolvendo as transações digitais. Isto é, atualmente, a grande maioria das pessoas utiliza as transações digitais para o envio e recebimento de dinheiro, realização de compras, pagamento de contas, entre diversas outras coisas.
A popularidade dessas transações é dada justamente em razão da facilidade proposta, isto é, pelo fato de ter-se tudo o que precisa através de alguns cliques. Desse modo, ainda considerando as instituições digitais, o Nubank funciona como um dos bancos mais utilizados pelos consumidores brasileiros.
Para garantir uma boa experiência aos clientes, bem como chamar a atenção de novos usuários, o Nubank está constantemente fornecendo novas ferramentas através do seu app. A novidade da vez, portanto, não envolve somente o Nubank, mas também o Ifood.
Assim sendo, vale entender qual a nova atualização proposta e porque os clientes do Ifood também estão comemorando a novidade.
Entenda a novidade surpreendente do Nubank
No momento atual, milhões de cidadãos brasileiros possuem uma conta no aplicativo Nubank. A fintech ganha dia após dia o coração dos consumidores, considerando as diversas transações dispostas. Além disso, o Nubank também é um dos bancos digitais com maior facilidade par fornecer limite de crédito.
Assim sendo, uma recente novidade da fintech deu o que falar entre os consumidores nacionais. Agora, aqueles que possuem uma conta no banco digital podem contar com dois tipos de limite de crédito diferentes, o que possibilita diversas compras.
Para melhor entender, de forma mais específica, o Nubank está ofertando um limite extra para seus clientes. Esse limite permite realizar compras via Pix parcelado pelo cartão de crédito, bem como o pagamento de boletos, também utilizando o cartão.
Exemplificando, agora, é possível contar com um limite X para o cartão de crédito em si, e um limite Y para o Pix parcelado e o pagamento de boletos. Quando o cliente opta pelo uso desse limite Y, o valor não é descontado do limite principal.
Sugestões para você
Contudo, essa não é a única novidade envolvendo esse limite extra. Isto é, é possível contar com outra atualização envolvendo o Ifood, e é justamente essa novidade que está chamando a atenção dos consumidores.
Ifood grátis para quem tem conta na fintech? Entenda!
Bem, antecipadamente, cabe pontuar que a novidade também envolve esse limite extra. De acordo com as informações dispostas pelo Nubank, agora, os clientes também podem realizar compras no Ifood sem gastar o limite do cartão de crédito.
Ou seja, na verdade, as compras não são gratuitas, porém, não descontam do limite principal. Assim sendo, quando um cliente que conta com o limite X de R$ 1.200, por exemplo, e o limite Y de R$ 500, decide realizar uma compra de R$ 50 no Ifood, ele ainda terá R$ 1.200 no limite principal, além de R$ 450 no secundário.
Ademais, para ter acesso ao limite extra, é necessário ter crédito aprovado com a fintech. Outro ponto importante é que o limite pode variar mês após mês, a depender unicamente do relacionamento do cliente com o Nubank, levando em conta o pagamento de faturas, entre outros critérios.
Por fim, também é possível solicitar o aumento do limite. Para isto, basta acessar o aplicativo oficial Nubank (bityli.com/vENGmP) e selecionar “Evolução de Limite”.
Após sofrer ameaças e ter dados pessoais expostos pelo CEO do Hurb (famosa plataforma de viagens), cliente de Mato Grosso do Sul procurou a Polícia Civil e registrou boletim de ocorrência por injúria e ameaça.
Morador em Campo Grande, o vendedor Miguel Nader Júnior, 32 anos, relatou que comprou pacotes de viagens, mas, diante de problemas, foi direcionado pela plataforma para um grupo de WhatsApp fechado, que reunia 963 participantes.
Na sequência, o diretor do Hurb, João Ricardo Rangel Mendes, parou de responder sobre os cancelamentos e reembolsos. Porém, o cliente recebeu uma ligação do CEO, que disse que o consumidor era “marica, bundão e mentiroso”.
O diretor prosseguiu dizendo que sabia onde encontrar Miguel, pois tinha o seu endereço e que a “qualquer momento alguém poderia estar batendo na porta de sua residência”.
De acordo com o cliente, João ainda postou no grupo print com seus dados pessoais, para quem quisesse “passar trote” na vítima. O boletim de ocorrência foi registrado na tarde de sexta-feira (dia 21) na Depac do Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), em Campo Grande.
A reportagem teve acesso a áudio da ligação. João repete a palavra “bundão” por várias vezes, diz que nem em sonho o cliente construiria uma empresa como a Hurb, que a viagem ficaria para 30 de fevereiro de 2026 (data inexistente). O homem ainda pergunta a outra pessoa o que o cliente ganhou. A resposta foi que ganhou “uma coisa mole que se botar a mão fica dura”.
Chamada – Ao Campo Grande News, Miguel disse que recebeu a ligação nos primeiros minutos de sexta-feira (dia 21) e tinha o contato de João salvo por já ter falado com ele no passado.
“Ele estava reclamando de eu estar reclamando das coisas que estão acontecendo na Hurb”, diz. O cliente conta que tem quatro pacotes e que precisou remarcar um com destino ao Egito. “Tenho outra viagem para novembro, mas não tenho certeza se será cumprida”.
Após o telefonema, ele conta que o próprio diretor postou os vídeos com a ligação no grupo de WhatsApp, além dos dados pessoais de Miguel: CPF, telefone, e-mail, número de cartão. “No grupo, as pessoas começaram a alertar que eram dados pessoais”, diz Miguel.
Apesar do alerta, João responde que “eh pra quem quiser passar trote” e “sorry, that’s who I am” (desculpa, é assim que eu sou).
De acordo com a coluna Capital, do O Globo, os problemas na plataforma de viagens se avolumaram nos últimos tempos, com a conta de pacotes por entregar e diárias de hotéis atrasados somando R$ 140 milhões. A exposição de dados de clientes é crime e, pela Lei Geral de Proteção de Dados, pode gerar multa de até 2% do faturamento da empresa.
Em nota enviada ao Capital, a Hurb, empresa brasileira que está no mercado há mais de 12 anos, lamentou o ocorrido. "A companhia sempre prezou pela transparência e a relação de confiança que tem com os seus viajantes. Guiada pelo valor primordial de ser uma empresa feita de pessoas para pessoas e pela missão de democratizar viagens através da tecnologia, reforça que continuará colocando seus clientes e stakeholders sempre em primeiro lugar".
O Ministério da Fazenda anunciou que vai aumentar o “mínimo existencial”, valor que não pode ser tirado dos cidadãos superendividados para quitar dívidas.
Caso as dívidas deixem a pessoa com um restante menor que esse “mínimo existencial”, ela é considerada superendividada.
Segundo o ministério, o mínimo, que atualmente é de R$ 303, vai aumentar para R$ 600, mesmo valor do novo Bolsa Família.
A mudança faz parte de 13 medidas para estimular o mercado de crédito e impulsionar parcerias público-privadas em estados e municípios, divulgadas nesta quinta-feira (20/4).
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, disse que o decreto de alteração do mínimo existencial está em processo de elaboração e sua assinatura pelo presidente da República é “questão de poucas semanas”.
Mais sobre o assunto
No texto com a explicação de cada medida, também é incentivada a realização de mutirões de repactuação de dívidas pela União, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Antes dessa definição pelo aumento do “mínimo existencial” para R$ 600, havia uma outra proposta, não acatada, de não fixar um valor e deixar a avaliação de cada caso concreto pelo Judiciário.
A Fazenda disse esperar, com a adoção da medida, a ampliação da proteção aos superendividados no processo de concessão de crédito, sem ao mesmo tempo afastar os consumidores de boa-fé do mercado formal de crédito. A ideia é proteger esses últimos consumidores através de práticas de crédito responsáveis, assim como auxiliá-los em possíveis processos de conciliação de dívidas.
O presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, disse hoje (20), em São Paulo, que as empresas do setor consideram como um "primeiro passo" positivo o plano para cobrar impostos das importações das plataformas digitais estrangeiras, sugerido no início da tarde pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o ministro, o Brasil poderá seguir uma solução adotada por alguns países - conhecida como digital tax (impostos digitais) - para taxar produtos importados de varejo. A taxa é declarada pelo vendedor no país de origem do produto e recairá sobre a empresa vendedora e não sobre o consumidor final. Dessa forma, o imposto de importação é cobrado na origem e não na chegada [da mercadoria] ao Brasil.
"Hoje, quando a mercadoria chega ao Brasil e passa por uma fiscalização [e é taxada], o consumidor tem que pagar aquele imposto [que inicialmente não estava previsto]. Agora, isso vai passar a ser de uma forma transparente. Vai estar tudo no preço [inicial], e o preço, se é competitivo, ótimo", disse o presidente do IDV.
"Então, essa é uma medida que, parece-nos, vai ser um primeiro passo que nós vamos apoiar, que é tornar com que o imposto seja pago na transação [inicial]", acrescentou.
Regras idênticas
Jorge Gonçalves, que se reuniu com Haddad durante a tarde, afirmou que o plano do governo é fazer com que tanto as empresas estrangeiras vendedoras de varejo como as nacionais trabalhem sob as mesmas regras.
"O ministro mencionou que, pela manhã, tinha falado com uma dessas plataformas [estrangeiras], que vai ter um plano de adequação desse tipo de comércio. Vai ter um plano de adequação, todos no país vão trabalhar sob as mesmas as regras. Ou seja, nós podemos ter a perspectiva de que a competição vai ser mais justa. Isso é muito bom, entendemos que é um passo importante", destacou.
Ele avaliou que não haverá aumento da carga tributária, mas apenas uma mudança na forma de cobrar o imposto de importação.
"Ao nosso ver, não tem nenhum aumento de carga, nem para o consumidor, nem para a empresa. Simplesmente, vamos seguir o que está estabelecido. O nosso competidor lá fora pode praticar o preço que quiser. Se ele quiser incluir [o imposto] no preço, que ele já deveria estar pagando, ótimo" salientou.
Preço
O presidente do IDV disse, ainda, que apresentou uma série de sugestões do setor para apreciação do ministro, e que o instituto foi convidado a participar do grupo de trabalho do governo que discute o tema.
"Além do preço, que é o mais visível para o consumidor, o tema envolve a questão, por exemplo, do produto ter certificação. Aqui no Brasil, se a gente compra um brinquedo, aquele brinquedo passou pelo selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), passou pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), tem vários pontos e nós vamos trabalhar para que o país seja um país aberto", finalizou.
A AGU (Advocacia-Geral da União) pediu ao STF(Supremo Tribunal Federal), nesta quarta-feira (19), a extinção da ação que discute se é devida a revisão dos valores do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Nos bastidores, ministros do STF acreditam que o caminho ideal para resolver a questão seria encontrar um meio-termo que não ocasionasse os gastos calculados pela AGU em R$ 300 bilhões, em petição apresentada em 2014.
Uma solução seria usar outra base de cálculo, mas sem conceder efeito retroativo, ou seja, só corrigir os valores daqui para frente, sem atrasados. Também há possibilidade de os ministros decidirem que a corte não deve ser a responsável por deliberar o caso, mas outro órgão, como algum ministério do governo federal ou o próprio Congresso.
O caso chegou ao Supremo em 2014, após estudo encomendado pelo partido Solidariedade e pela Força Sindical apontar perdas consideráveis ao trabalhador. Na época, o levantamento mostrou que a correção dos valores trouxe prejuízo de 88,3% ao dinheiro depositado no FGTS de 1999 até 2013.
Em memorial encaminhado aos ministros, a AGU sustentou que as leis 13.446/2017 e 13.932/2019 já alteraram a remuneração das contas, pois o FGTS começou a distribuir uma parcela de seus lucros aos cotistas.
"Com isso, a remuneração das contas passou a ser influenciada, não apenas pela correção monetária (com base na TR), mas também pela capitalização de juros de 3% ao ano e pela distribuição dos resultados positivos auferidos", disse o órgão.
Para a AGU, a mudança afasta integralmente o argumento central do autor da ação de que a correção não acompanharia a inflação, em prejuízo financeiro aos trabalhadores.
"Embora não se trate, rigorosamente, de revogação ou modificação dos dispositivos especificamente impugnados, a alteração legislativa mencionada atinge o núcleo do objeto", declarou.
O órgão afirmou que, por isso, não é mais possível afirmar que a remuneração do correntista seja a indicada na petição inicial da ação.
A AGU argumenta ainda que o FGTS não é um mero bem pertencente ao trabalhador, uma vez que também consiste em instrumento de financiamento de projetos de interesse social nas áreas de habitação, saneamento básico, infraestrutura e saúde.
O órgão cita que, somente em habitação, as contratações realizadas com recursos do FGTS beneficiaram mais de 355 mil famílias em 2021 e geraram ou mantiveram cerca de 1,1 milhão de postos de empregos.
"O equilíbrio do fundo depende do pagamento dos saldos de FGTS aos trabalhadores pela mesma Taxa Referencial, sob pena de se inviabilizar a realização dos programas sociais referidos", diz. Por fim, a AGU alerta de que eventual procedência da ação implicaria redução na geração de empregos e na quantidade de pessoas atendidas pelos investimentos do FGTS.
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