O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (23), seguindo pessimismo externo, à medida que investidores processam decisões de política monetária dos principais bancos centrais do mundo e o que elas significam para o crescimento econômico global.
Investidores locais também acompanham a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em eventos em Paris. Lula esteve mais cedo no Diálogo de Alto Nível da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, com a agenda prevendo ainda almoço com presidente da França, Emmanuel Macron.
Na política doméstica, o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou na véspera (22) a versão preliminar de seu substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45), que altera o sistema tributário. A matéria prevê a fusão de 5 impostos em IVA dual e 3 alíquotas.
Ibovespa hoje: acompanhe o que movimenta Dólar, Juros e Bolsa Ao Vivo
Às 9h12 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com queda de 0,65%, a 120.730 pontos.
Nos EUA, os índices futuros de Nova York recuam e caminham para fechar a semana no vermelho, com possíveis aumentos de juros pesando no sentimento dos investidores.
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O Dow e o S&P 500 perderam 1% e 0,6%, respectivamente, desde o início da semana. O Nasdaq caiu 0,4%, a caminho de quebrar uma seqüência de vitórias de oito semanas e registrar sua pior semana desde abril.
Os ativos americanos têm sofrido depois que autoridades do Fed afirmaram que provavelmente aumentarão as taxas de juros novamente neste ano.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,31%, S&P Futuro recuava 0,47% e Nasdaq Futuro operava com queda de 0,59%.
Dólar
O dólar comercial operava com alta de 0,66%, cotado a R$ 4,803 na compra e R$ 4,804 na venda. Já o dólar futuro para julho subia 0,47%, equivalente a R$ 4,803.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa por toda a curva de juros. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de -0,04, a 13,04%; DIF25, -0,07 pp, a 11,09%; DIF26, -0,06 pp, a 10,46%; DIF27, -0,06 pp, a 10,46%; DIF28, -0,04 pp, a 10,62%; DIF29 -0,04 pp, a 10,77%.
Europa
As principais bolsas da Europa operam com baixa, à medida que os investidores estão repercutindo dados de atividade da zona do euro, Reino Unido, França e Alemanha.
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Ainda na frente de dados, a confiança do consumidor do Reino Unido, medida em uma pesquisa da GfK, subiu pelo quinto mês consecutivo e mais do que o esperado, apesar das intensas pressões do custo de vida e das preocupações com uma crise hipotecária que se aproxima.
Na véspera, o Banco da Inglaterra surpreendeu subindo os juros em 50 pontos-base depois que os números de crescimento salarial e inflação vieram acima do esperado.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam no vermelho, com os investidores digerindo dados de inflação do Japão e de Cingapura, bem como estimativas do banco au Jibun sobre a atividade manufatureira e de serviços do Japão.
A inflação do Japão em maio diminuiu ligeiramente para 3,2% em relação ao ano anterior, abaixo dos 3,4% de abril, mas ainda acima da meta de 2% do BOJ. O núcleo da inflação de maio ficou ligeiramente acima dos 3,1% esperados por economistas consultados pela Reuters.
Já a atividade comercial do Japão expandiu a um ritmo mais lento em junho, de acordo com estimativas do banco au Jibun. O índice composto de gerentes de compras caiu para 52,3 em junho, ante 54,3 em maio.
O índice de preços ao consumidor de Cingapura, por sua vez, subiu 5,1% na comparação anual em maio, abaixo dos 5,5% esperados pelos economistas consultados pela Reuters e o menor desde março de 2022.
O índice Hang Seng, de Hong Kong caiu 1,61%, liderando as perdas na região ao voltar de um feriado, puxado por ações de saúde e tecnologia. Os mercados da China continental estão fechados para um feriado na sexta-feira.
As cotações do petróleo operam com forte baixa e caminham para uma queda superior a 3% na semana, puxados por temores com a demanda e pelas perspectivas de crescimento econômico.
A valorização do dólar, que subiu 0,3% nesta semana, também pode pesar na demanda por petróleo ao encarecer o combustível para detentores de outras moedas.
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