A balança comercial registrou superávit de US$ 11 bilhões em março, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta segunda-feira (3).
O valor representa aumento de 38,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o saldo positivo somou US$ 7,61 bilhões.
O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o superávit registrado em março também é o maior para todos os meses desde o início série histórica da balança comercial, em 1989.
Até então, o maior saldo positivo mensal havia sido registrado em junho de 2021 (+US$ 10,41 bilhões).
Segundo o governo, em março:
- as exportações somaram US$ 33,06 bilhões; o que é o maior valor já obtido.
- as importações somaram US$ 22,1 bilhões.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações, pela média diária, registraram alta de 7,5% em março na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as compras do exterior caíram 3,1% nesta comparação.
Razões para o aumento
O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão, afirmou que o forte aumento no saldo comercial em março deste ano está relacionado com a alta nas exportações de soja e de petróleo.
"Petróleo a gente teve uma concentração de desembaraços aduaneiros [liberações nas aduanas] nesse mês [de março], que fez com que os volumes crescessem. A soja, também, a gente tinha informado que o embarque se concentraria mais à frente. Que houve uma queda das exportações em fevereiro, com embarque mais robusto em março", declarou.
Parcial do ano
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, ainda segundo dados oficiais, a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 16,06 bilhões, contra um superávit de US$ 12,18 bilhões no mesmo período de 2022. O aumento foi de 29,8% pela média diária.
Nos três primeiros meses deste ano, as exportações somaram US$ 76,43 bilhões — aumento, pela média diária, de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 60,36 bilhões — queda de 1,9%.
Previsão para 2023 fechado
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a balança comercial deve registrar um superávit de US$ 84 bilhões neste ano. Com isso, deverá bater novo recorde. A série histórica tem início em 1989.
A expectativa é que as exportações somem US$ 325 bilhões neste ano, com queda de 2,8%. Já as compras do exterior devem somar US$ 241 bilhões, com recuo de 11,8% frente ao ano passado.
Destaques das exportações em março
- Soja: US$ 7,35 bilhões, com alta de 8,9% sobre março do ano passado
- Óleos brutos de petróleo: US$ 5,59 bilhões, com aumento de 53,8%
- Minério de ferro: US$ 2,36 bilhões, com queda de 19,7%
- Farelos de soja: US$ 1,11 bilhão, com elevação de 37,3%
- Carnes e aves: US$ 902 milhões, com aumento de 23,1%.
Principais compradores em março
- China e Macau: US$ 11,1 bilhões, com alta de 12,3%
- União Europeia: US$ 5,02 bilhões, com aumento de 6,4%
- Estados Unidos: US$ 3,12 bilhões, com elevação de 4%
- Mercosul: US$ 2,18 bilhões (+16,2%), sendo US$ 1,57 bilhão somente para a Argentina (+25,8%).
Balança comercial tem superávit de US$ 11 bilhões em março, maior saldo mensal desde 1989 - G1
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