Os índices futuros dos EUA e bolsas da Europa amanhecem no campo negativo nesta segunda-feira (30), com investidores de olho na política monetária global. O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed deve desacelerar o ritmo de aperto monetário iniciado no ano passado nesta quarta-feira (1). De acordo com o monitor de juros do CME Group, 98,4% dos analistas acreditam que as taxas serão elevadas em 25 pontos-base, para o intervalo entre 4,50% e 4,75%.
Na Europa, também tem decisão de política monetária. A expectativa é que Banco Central Europeu (BCE) eleve os juros em mais 50 pontos-base na reunião que termina na quinta-feira (2).
Enquanto isso, a temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos segue a todo vapor, com os resultados das big techs no foco das atenções. Na quarta-feira saem os números da Meta, dona do Facebook. Na quinta, é a vez de Alphabet (controladora do Google), Apple e Amazon. Investidores estarão atentos aos resultados, visto que essas empresas embarcaram em uma onda de demissões no começo do ano.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil deve manter a taxa Selic em 13,75%, mas agentes do mercados estão ansiosos para entender como a instituição vê o cenário atual, com riscos vindos da frente fiscal, em que um novo quadro ainda não foi definido.
Em Brasília, termina o recesso parlamentar e os líderes do Senado e da Câmara serão eleitos na próxima quinta-feira (2).
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam abriram com baixa nesta manhã de segunda-feira, com os investidores se concentrando na próxima reunião do Federal Reserve, que começa amanhã (31). A reunião de dois dias terminará com o Fomc do banco central anunciando sua última decisão sobre taxa de juros.
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Agentes do mercado esperam que o Fed suba as taxas em 0,25 ponto percentual. Os investidores estarão procurando mais pistas sobre o quanto o banco central irá aumentar as taxas na luta contra a inflação.
A temporada de resultados corporativos também é destaque na agenda americana, com McDonald’s e General Motors divulgando seus números na terça-feira, seguidos pelos gigantes da tecnologia Apple, Meta Platforms, Amazon e Alphabet no final da semana.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), -0,52%
- S&P 500 Futuro (EUA), -0,72%
- Nasdaq Futuro (EUA), -0,97%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos nesta segunda-feira, com destaque para queda das ações do Adani Group, da Índia, depois que o conglomerado foi acusado de fraude e irregularidades pela Hindenburg Research.
Já os mercados da China fecharam com alta na volta do feriado de uma semana do Ano Novo Lunar.
- Shanghai SE (China), +0,14%
- Nikkei (Japão), +0,19%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -2,73%
- Kospi (Coreia do Sul), -1,35%
Europa
Os mercados europeus operam com baixa na sessão de hoje, enquanto a atenção nesta semana está totalmente voltada para as decisões de política monetária que virão dos bancos centrais, com o Fed anunciando sua próxima decisão de juros na quarta-feira, seguido pelo Banco da Inglaterra e pelo Banco Central Europeu na quinta-feira.
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O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre da Alemanha caiu 0,2% na comparação com o terceiro trimestre em termos ajustados. O consenso Refinitiv previa estabilidade na comparação com trimestre imediatamente anterior.
O resultado pode ser um sinal de que a maior economia da Europa pode entrar em uma recessão muito esperada como efeito da guerra na Ucrânia.
- FTSE 100 (Reino Unido), -0,24%
- DAX (Alemanha), -0,25%
- CAC 40 (França), -0,38%
- FTSE MIB (Itália), -0,18%
Commodities
Os preços do petróleo recuam após abertura positiva, apoiada por tensões no Oriente Médio após um ataque de drones no Irã e com a China prometendo no fim de semana promover uma recuperação do consumo que sustentaria a demanda por combustível.
As cotações do minério de ferro na China sobem forte no retorno dos negócios após feriado do Ano Novo Lunar.
- Petróleo WTI, -0,87%, a US$ 78,99 o barril
- Petróleo Brent, -0,69%, a US$ 86,05 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,98%, a 873,50 iuanes, o equivalente a US$ 129,35
Bitcoin
- Bitcoin, -0,88% a US$ 23.557,28 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda desta semana tem como destaque a primeira super quarta-feira do ano (1). O Banco Central do Brasil e o Federal Reserve, nos Estados Unidos, decidirão sobre o futuro da política monetária.
No Brasil, a taxa Selic deve ser mantida em 13,75%, mas todos estão ansiosos para entender como o Comitê de Política Monetária vê o cenário atual, com riscos vindos da frente fiscal, onde um novo quadro ainda não foi definido.
Nos Estados Unidos, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deve desacelerar o ritmo de aperto monetário iniciado no ano passado. De acordo com o monitor de juros do CME Group, 98,4% dos analistas acreditam que as taxas serão elevadas em 25 pontos-base, para o intervalo entre 4,50% e 4,75%.
Mas a decisão sobre juros não é o único evento de importância na agenda americana. Na sexta-feira (3) será divulgado o payroll, com os dados oficiais do mercado de trabalho nos EUA. O consenso Refinitiv prevê que 185 mil vagas de emprego tenham sido geradas no país em janeiro (ante 223 mil em dezembro). E para a taxa de desemprego, projeta um crescimento de 3,5% para 3,6%.
Na Europa, também tem decisão de política monetária. A expectativa é que Banco Central Europeu (BCE) eleve os juros em mais 50 pontos-base na reunião que termina na quinta-feira (2). Mas antes disso, na quarta, sai o índice de inflação ao consumidor de janeiro, com uma esperada desaceleração de 9,2% para 9,1%.
Brasil
8h: IGP-M de janeiro
8h: Confiança de serviços
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8h25: Boletim Focus
9h30: Resultado primário de dezembro
12h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com o Deputado Federal Rodrigo Maia (PSDB) (fechado à imprensa)
15h30: Lula se reúne com chanceler da Alemanha
EUA
12h30: Índice de atividade industrial do Fed Dallas
Japão
20h30: Taxa de desemprego
20h50: Produção industrial
20h50: Vendas varejo
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3. Noticiário econômico
Lula recebe hoje chanceler da Alemanha para discutir acordos bilaterais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, às 15h30, para reunião bilateral e, às 18h, o encontro reunirá delegações empresariais de Brasil e Alemanha.
Scholz deve anunciar o envio de mais R$ 170 milhões para o Fundo Amazônia, um mecanismo que capta doações e investimentos internacionais para o combate ao desmatamento e promoção de ações de conservação na maior floresta tropical do mundo.
O líder alemão também tratará sobre um potencial aumento do comércio bilateral e a ratificação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
4. Noticiário político
Moraes nega suspensão da posse de 11 deputados eleitos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou neste domingo (29) um pedido para barrar a posse 11 deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo suposto envolvimento na invasão das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Com a decisão, os parlamentares eleitos poderão tomar posse na próxima quarta.
A decisão ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) defender o arquivamento da ação, que havia sido ingressada por um grupo de advogados.
O pedido envolveu os deputados Dr. Luiz Ovando (PP-MS), Marcos Pollon (PL-MS), Rodolfo Nogueira (PL-MS), João Henrique Catan (PL-MS), Rafael Tavares (PRTB- MS), Carlos Jordy (PL-RJ), Silvia Waiãpi (PL-AP), André Fernandes (PL-CE), Nikolas Ferreira (PL-MG), Sargento Rodrigues (PL-MG) e Walber Virgolino (PL-PB).
5. Radar Corporativo
A Petrobras (PETR4) informa que recebeu na última sexta-feira (27), à vista, o montante de R$ 1,3 bilhão, referente ao complemento da compensação firme (earnout) do exercício de 2022, do bloco de Sépia.
O montante já inclui o valor do gross-up dos impostos incidentes referentes às participações de 28%, 21% e 21% da TotalEnergies EP Brasil Ltda, PETRONAS Petróleo Brasil Ltda e QatarEnergy Brasil Ltda, respectivamente, em Sépia.
A estatal espera receber a totalidade do pagamento relativo ao earnout do exercício de 2022, de responsabilidade dos parceiros dos blocos de Sépia e Atapu, até o dia 31 de janeiro de 2023.
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PetroRecôncavo (RECV3)
A PetroRecôncavo (RECV3) assinou contrato de compra e venda para compor o portfólio de suprimento de gás natural da Sergas, distribuidora de gás natural do Sergipe.
O contrato tem vigência de dez anos a partir da data de sua assinatura. Os volumes firmes previstos são de 50.000 m³/dia de gás natural no segundo semestre de 2023 e 100.000 m³/dia de gás natural de 2024 a 2032.
O início do suprimento está condicionado à assinatura entre a Sergas e a TAG de contrato de transporte do gás natural, correspondentes às saídas dos pontos de entregas determinados pela compradora, contrato este que está em fase de negociação.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)
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