O principal índice da Bolsa brasileira opera com fortes perdas – se consolidando abaixo dos 100 mil pontos – ao longo do pregão desta sexta-feira (17), na primeira sessão da B3 após a Super Quarta, quando ocorreram as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA. A bolsa conta hoje ainda com vencimento de opções de ações, trazendo mais volatilidade.
Por volta das 15h32, o Ibovespa registrava desvalorização de 3,64%, aos 99.070 pontos. Ao longo da primeira hora do pregão, a bolsa ensaiou em alguns momento manter-se acima dos 100 mil, mas sem força.
A aceleração das perdas veio junto com a piora das bolsas em NY, que haviam aberto em alta, mas perderam fôlego. No início da tarde, o Dow Jones recuava 0,21%, enquanto o S&P e o Nasdaq subiam, respectivamente, 0,16% e 1,37%, recuperando parte das perdas da véspera.
O dólar comercial, por sua vez, sobe 2,15%, cotado a R$ 5,133 na compra e R$ 5,134 na venda – na máxima do dia esteve valendo R$ 5,150. O dólar futuro avança 1,46%, a R$ 5,153.
Repercussões Fomc e Copom
Na quarta-feira, após o fechamento dos mercados, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, passando de 12,75% para 13,25% ao ano na última quarta quarta-feira (15). Para a maioria, a decisão veio em linha com o esperado.
Contudo, o fato de o Banco Central ter citado no seu comunicado a expressão “para o redor da meta” para a convergência da inflação, mencionado o ano de 2024 na sua análise e deixando a porta aberta para um ajuste de igual ou menos magnitude no encontro de agosto, chamou atenção.
O tom do comunicado foi considerado hawkish (preocupado com a inflação), mas o termo “ao redor da meta” indicaria uma postura dovish (menos preocupada com a inflação).
Na quinta-feira (16), feriado de Corpus Christi, com a B3 fechada, o termômetro do mercado para os investidores migrou para os ADRs (American depositary receipts) negociados nas bolsas dos EUA, e o índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR fechou com queda de 4,48%.
Também reagindo ao Copom, os juros futuros operam sem uma direção definida: DIF23, +0,02 pp, a 13,58%; DIF25, -0,05 pp, a 12,63%; DIF27, -0,02 pp, a 12,59%; DIF29, +0,04 pp, a 12,74%; e DIF31, +0,05 pp, a 12,83%.
Ações
Entre as maiores baixas por peso, destaque para Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3). As ações da mineradora despencam 5,85%, a R$ 76,89, acompanhando a forte queda do minério de ferro na China.
Já os papéis ordinárias e preferenciais da petroleira recuam, respectivamente, -9,45%, R$ 29,23, e -9,01%, R$ 26,45, mesmo após a estatal anunciar reajuste nos preços dos combustíveis.
Apenas cinco ações do Ibovespa operam no campo positivo: CVC (CVCB3, +6,92%; Hapvida (HAPV3), +2,01%; Cteep (TRPL4), +1,00%; CPFL (CPFE3), +1,33%; e Eletrobras (ELET3), +0,47%.
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