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Friday, June 17, 2022

Alta dos combustíveis: entidades e políticos repercutem reajuste de preços da Petrobras - Globo

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, a partir de 18 de junho: o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).

Políticos e entidades criticaram o reajuste praticado pela empresa:

Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara dos Deputados:

"O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa - o Brasil - e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país."
"As ações da Petrobras desabam em Nova Iorque no dia em que aumenta o seus produtos. Prova maior da inconsequência corporativa de agir contra todo um país e o acionista controlador?"

Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado:

"Se a situação dos preços dos combustíveis está saindo do controle, o Governo deve aceitar dividir os enormes lucros da Petrobras com a população, por meio de uma conta de estabilização de preços em momentos de crise. Afinal, é inexistente a dicotomia Petrobras e Governo, pois a União é a acionista majoritária da estatal e sua diretoria, indicada pelo Governo. Além disso, medidas semelhantes estão sendo adotadas por outros países em favor de sua economia e de sua população."
"O Senado aprovou inúmeras matérias legislativas que estavam ao seu alcance e agora espera medidas rápidas e efetivas por parte da Petrobras e de sua controladora, a União. Já que o governo é contra discutir a política de preços da empresa e interferir na sua governança, a conta de estabilização é uma alternativa a ser considerada."

Décio Padilha, presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz):

"O verdadeiro problema é a questão da cotação internacional do barril de petróleo, e não o tributo. Não adianta zerar, acabar com o tributo. O problema é conjuntural e não se resolve com uma solução estrutural que é o ICMS que vai afetar a saúde e educação por muitos anos, uma vez que 25% do ICMS obrigatoriamente vai pra educação, e no mínimo 2% vai para saúde outros 25% temos que passar pras políticas públicas dos municípios."

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente e candidato a presidente da República:

"A gasolina do Bolsonaro, que ele disse que iria baixar, já anunciaram um novo aumento. Ele inventou que a solução é reduzir o ICMS, mas tudo que ele vai fazer é diminuir o dinheiro da educação e da saúde nos estados."

Ivan Valente (PSOL), deputado federal:

"Enxugando gelo. Gasolina aumenta 5,2% e diesel 24,2%. Para mostrar que não há redução de ICMS que dê jeito. Só retira mais dinheiro da educação e saúde. E privatizar a Petrobras vai explodir ainda mais os preços. É a Paridade com o dólar. Povo não aguenta mais."

Marcelo Labre (PL), deputado federal:

"A questão dos combustíveis já ultrapassou o limite do razoável. É preciso que sejam tomadas medidas extremas na Petrobrás para conter os abusos da política de preços. Já virou sabotagem."

Luiz Lima (PL), deputado federal:

"Exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial."
Entenda o aumento no preço dos combustíveis

Entenda o aumento no preço dos combustíveis

Na nota em que anuncia o reajuste, a Petrobras afirma que o mercado global de energia está atualmente em "situação desafiadora", por conta da recuperação da economia mundial e a guerra na Ucrânia.

A estatal aponta, ainda, que "é sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos", e que tem buscado equilibrar seus preços com o mercado global, sem o repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio.

REAJUSTE DE COMBUSTÍVEIS

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