O governo Bolsonaro pediu à direção da Petrobras para segurar o reajuste no preço dos combustíveis, diz O Globo. De acordo com integrantes do Planalto, o presidente quer que os preços fiquem como estão pelo menos até a conclusão da votação pelo Congresso de projetos elaborados para tentar diminuir o valor do óleo diesel, da gasolina, do gás e da energia elétrica.
Membros do governo se reuniram hoje com a diretoria da estatal e um dos assuntos foi a possibilidade de reajuste. Participaram do encontro o Minas e Energia, Adolfo Sachsida, o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho — que está de saída do cargo –, o diretor de Comercialização e Logística, Cláudio Mastella, e o presidente do Conselho de Administração da estatal, Márcio Weber. De acordo com integrantes do governo, a reunião foi inconclusiva.
A estatal tem dito ao governo que há uma defasagem cada vez maior entre os preços praticados internamente e o valor do petróleo no mercado internacional, que tem subido recentemente. O mercado calcula que a Petrobras esteja vendendo o diesel e a gasolina, nas refinarias, com cerca de 20% de defasagem em relação aos preços internacionais. A Petrobras já alertou diversas vezes que manter um diferença grande de preços pode causar o desabastecimento no mercado local, especialmente de óleo diesel, já que há necessidade de importação deste combustível.
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