Rechercher dans ce blog

Thursday, December 30, 2021

Embraer sobe e Magazine Luiza desaba: as líderes de alta e de queda do Ibovespa em 2021 - G1

Lista do painel de investimentos da Bolsa do Valores, B3, de São Paulo, SP, nesta quinta feira, 09. — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Lista do painel de investimentos da Bolsa do Valores, B3, de São Paulo, SP, nesta quinta feira, 09. — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A inflação alta e o avanço da Selic tiraram o brilho do setores varejista imobiliário na B3 em 2021, assim como do próprio Ibovespa, que fechou em queda de 11,93%.

Mas empresas de commodities tiveram ganhos, enquanto Embraer, estrela do índice no ano, decolou a bordo de sua subsidiária de carros voadores.

Confira as líderes de ganhos e de perdas do Ibovespa no ano:

Maiores altas

Embraer: +180,5%

A fabricante de aeronaves teve o melhor desempenho no Ibovespa, mesmo com os efeitos da pandemia no setor aéreo. A principal catalisador para o avanço foi o ânimo do mercado com a Eve, unidade de transporte aéreo urbano, que já recebeu milhares de encomendas de veículos elétricos de decolagem e pouso na vertical com previsão para entrega nos próximos anos. A Eve anunciou uma fusão em dezembro que a levará à Bolsa de Nova York e a avalia em 2,9 bilhões de dólares.

Braskem PNA: +176,3%

Resultados financeiros animadores, retomada de fornecimento de gás natural no México e avanço no processo de desinvestimento por seus controladores foram alguns dos motivos que fizeram a ação da petroquímica disparar no ano. Para completar, a empresa foi elevada recentemente a grau de investimento pela Fitch.

JBS e Marfrig: +75,8% e +73%

Impulsionadas pelos desempenhos das unidades operações nos EUA, os dois frigoríficos ganharam assentos entre as principais altas do Ibovespa em 2021. No caso da Marfrig, ainda houve a compra fatia de cerca de 31,7% na BRF e especulações de uma potencial tomada de controle no ano que vem.

Economista André Perfeito fala sobre perdas na Bolsa de Valores

Economista André Perfeito fala sobre perdas na Bolsa de Valores

Maiores quedas

Magazine Luiza: -71%

A ação da varejista foi a de pior desempenho no Ibovespa em 2021. O papel já caminhava para um ano negativo quando acelerou sua desvalorização no segundo semestre, em meio à escalada da inflação, ao ciclo de alta de juros e à competição no comércio eletrônico. No balanço do terceiro trimestre, a companhia registrou queda de quase 90% no lucro ajustado.

Via: -67,5%

Este foi mais um caso de uma varejista afetada pelo cenário macroeconômico e pela dinâmica do setor. Além disso em novembro a empresa anunciou revisões em provisões geradas por processos trabalhistas, que subiram de 1,2 bilhão de reais em junho para 2,5 bilhões de reais no fim de setembro.

Americanas: -58,2%

A Americanas é outra varejista com desempenho muito negativo no ano. No caso da empresa, o papel também foi afetado pelos efeitos de uma reorganização societária. A Lojas Americanas se fundiu com a B2W, com esta incorporando os ativos operacionais da Lojas Americanas, passando a se chamar Americanas, enquanto a Lojas Americanas virou uma holding. O grupo está em processo de simplificação societária e manterá apenas AMER3 como ação listada.

Eztec: -51,7%

A construtora Eztec foi fortemente atingida pelas restrições por conta da Covid-19 no pico da pandemia no país, no início do ano. Mesmo com a reabertura e o avanço da vacinação ao longo de 2021, a ação seguiu pressionada pelos impactos da alta de juros e do avanço da inflação. O índice Imobiliário caiu mais de 31% no ano e foi o de pior desempenho setorial na bolsa.

Adblock test (Why?)


Embraer sobe e Magazine Luiza desaba: as líderes de alta e de queda do Ibovespa em 2021 - G1
Read More

Bolsonaro sanciona novo marco cambial e permite que contas de pessoas físicas em dólar sejam criadas no país; veja mudanças - InfoMoney

Notas de real e dólar sendo trocadas
Notas de real e dólar sendo trocadas (Shutterstock)

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.286/2021, que dispõe sobre o mercado de câmbio brasileiro, o capital brasileiro no exterior, o capital estrangeiro no país e a prestação de informações ao Banco Central do Brasil.

Conhecida como o novo marco cambial do País, o texto moderniza a legislação atual, que é de 1935, e representa uma “revolução” no mercado de câmbio, de acordo com o Banco Central. A lei sancionada está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (30) e entra em vigor em um ano.

Principais mudanças

Dentre as principais novidades da nova lei, estão: mudança do teto do valor permitido durante viagens internacionais, de R$ 10 mil para US$ 10 mil ou equivalente; liberação para que pessoa física possa realizar no país operações de compra ou venda de moeda estrangeira em espécie no valor de até US$ 500 ou seu equivalente em outras moedas, de forma eventual e não profissional.

A norma também cria facilitação para que a compra e a venda de moeda estrangeira possa ser feita com outros agentes, e não apenas bancos e corretoras; abre caminho para que bancos e instituições financeiras possam investir no exterior; possibilita a abertura de conta em dólar no Brasil por um investidor estrangeiro ou em casos específicos que devem ser justificados ao Banco Central; e facilita o envio de remessa do exterior para uma instituição brasileira que tenha um correspondente bancário fora do país.

Leia também: O que são fundos cambiais e como funcionam?

Moeda brasileira para transações internacionais

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República ressalta que “a proposta possibilita que bancos e instituições financeiras brasileiros invistam no exterior recursos captados no país ou no exterior, além de facilitar o uso da moeda brasileira em transações internacionais”.

As instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central poderão usar os recursos para alocar, investir, financiar ou emprestar no território nacional ou estrangeiro.

A lei ainda abre maior possibilidade de pagamento em moeda estrangeira de obrigações devidas no território nacional e passa a permitir pagamentos de contratos de arrendamento mercantil (leasing) feitos entre residentes no Brasil, se os recursos forem captados no exterior.

Leia também: como ganhar dinheiro investindo com o dólar em alta?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pelo novo marco cambial, algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional (CMN) são transferidas para o Banco Central, “como a regulação das operações de câmbio, contratos futuros de câmbio usados pelo Banco Central e a organização e fiscalização de corretoras de valores de bolsa e de câmbio”.

Ainda não investe no exterior? Estrategista da XP dá aula gratuita sobre como virar sócio das maiores empresas do mundo, direto do seu celular – e sem falar inglês

Adblock test (Why?)


Bolsonaro sanciona novo marco cambial e permite que contas de pessoas físicas em dólar sejam criadas no país; veja mudanças - InfoMoney
Read More

Dólar tem alta anual pela quinta vez seguida contra o real; entenda - G1

Cédulas de dólar — Foto: Divulgação

Cédulas de dólar — Foto: Divulgação

Em 2021, o dólar registrou alta anual pela quinta vez seguida. Com o resultado do pregão desta quinta-feira (30), a moeda americana acumulou valorização de 7,47% no ano em relação ao real.

A última vez que o dólar teve um recuo anual foi no fechamento de 2016, quando terminou o ano com queda de 17,69%.

Mas é importante ressaltar que a base de comparação naquele ano era bastante alta após o conturbado processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), fato político que impulsionou uma alta de 48,4% do dólar em 2015.

O referencial altíssimo ajudou com que houvesse em 2016 a primeira desvalorização da moeda dos Estados Unidos em relação ao real desde 2010.

De lá para cá, foram cinco novas altas de 2017 a 2021. E, desta vez, nem mesmo os quase 30% de alta do dólar em 2020 frearam o ímpeto de subida.

Veja abaixo quanto o dólar acumulou a cada ano.

Pandemia e as contas públicas

O primeiro boletim Focus do ano previa que o câmbio terminaria o ano de 2021 em R$ 5 por dólar. Seria, portanto, um cenário de redução comparado com os R$ 5,1872 do fechamento de dezembro do ano passado.

As projeções do mercado financeiro não se confirmaram porque houve uma acentuação da crise nas contas públicas, uma frustração das expectativas de crescimento do país e uma contínua instabilidade política em Brasília.

O orçamento público ficou ainda mais combalido desde a pandemia do coronavírus. O governo de Jair Bolsonaro (PL) foi obrigado a engolir um déficit primário recorde de quase R$ 750 bilhões em 2020.

Só em despesas com a Covid-19, foram gastos cerca de R$ 540 bilhões de acordo com o Tesouro Nacional. Nesse cenário, a dívida bruta do setor público brasileiro avançou 15 pontos percentuais em 2020, para 89,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Também na virada do ano, a taxa básica de juros do país, a Selic, seguia em 2% ao ano. A deterioração das contas públicas e juros em mínimas históricas diminui o que o mercado financeiro chama de “prêmio de risco”.

Em outras palavras, colocar dinheiro nos títulos do Tesouro, por exemplo, traz pouco ganho financeiro enquanto o endividamento do país cresce rápido — o que ameaça o próprio pagamento desses títulos.

Os dólares, portanto, ficam mais propensos a sair do país em busca de títulos mais seguros. É quando a cotação sobe.

Dólar sobe

Essa era a fotografia do país para iniciar o ano de 2021. E a diminuição do prêmio de risco do Brasil seria mais aceita pelos investidores se o país tivesse demonstrativo de que tinha um plano para arrumar as contas públicas.

O que aconteceu foi o inverso. Dali em diante, dois episódios agravaram a situação.

A segunda onda da Covid-19 ampliou o impulso fiscal para financiar, por exemplo, a nova rodada do Auxílio Emergencial. Pairavam dúvidas sobre como seria financiado o programa, pois a equipe econômica era contra uma nova declaração de estado de calamidade — medida que permitiu o estouro de gastos durante a pandemia.

A aposta era a aprovação da PEC Emergencial, que destravaria os recursos. E a proposta andava lentamente. Somado a isso, havia uma briga no Congresso Nacional em torno do Orçamento de 2021, que não havia sido aprovado no ano anterior como de costume.

Com o país precisando de novo direcionamento de dinheiro para a pandemia, os parlamentares haviam reduzido a previsão de gastos com despesas obrigatórias e aumentado o valor das emendas parlamentares — aquelas que deputados e senadores podem direcionar para os próprios redutos eleitorais.

“O risco-país explodiu ao ver o que se pretendia fazer com o Orçamento logo depois de um ano de déficit primário recorde. Junto, o dólar vinha forte no exterior. Foi o pior momento do câmbio”, lembra Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

No dia 9 de março, em meio ao impasse, o dólar chegou à sua pior cotação do ano: R$ 5,7919. E houve um fato extra que causou um dos pequenos surtos no mercado em 2021.

No dia anterior, foi publicada a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, de anular todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

2021: Ano de juros, inflação e dólar altos e de manobra no teto de gastos

2021: Ano de juros, inflação e dólar altos e de manobra no teto de gastos

Com os processos de volta à estaca zero, Lula deixou para trás a inelegibilidade que carregava pela Lei da Ficha Limpa. E ele lidera as intenções de voto nas pesquisas para presidente nas eleições de 2022.

Na visão do mercado financeiro, um eventual governo Lula teria potencial de ampliar gastos públicos em um Orçamento combalido.

Em geral, esse é o mecanismo. Sempre que uma agenda mais “fiscalista” — de corte ou redução de gastos — prevalece, o risco-país diminui e os dólares voltam a entrar.

Dólar cai, mas logo sobe

Do pior momento, o dólar embalou uma queda expressiva conforme a vacinação contra a Covid-19 acelerava e o Banco Central do Brasil iniciava o ciclo de alta dos juros. Para os investidores, a imunização representa menos restrições à economia. Os juros mais altos elevam o prêmio de risco.

No dia 24 de junho, menos de quatro meses depois do recorde nominal do dólar, o câmbio chegou ao menor valor no ano: R$ 4,9034.

De junho em diante, o dólar engatou novamente o curso de alta pois as notícias positivas se esgotaram. Em sequência, houve a descoberta da variante delta do coronavírus, o debate sobre a PEC dos precatórios, o furo do teto de gastos, a chegada da variante ômicron e, por fim, os indicativos de alta de juros nos Estados Unidos. Tudo regado às crises políticas renovadas constantemente pelo presidente Bolsonaro, cujas ameaças golpistas criavam mais tensão entre os poderes.

Bolsonaro durante protesto de 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo — Foto: PAULO LOPES / AFP

Bolsonaro durante protesto de 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo — Foto: PAULO LOPES / AFP

Primeiro a delta e depois a ômicron causaram calafrios nos investidores, que temem bloqueios à economia semelhantes àqueles dos primeiros dias de pandemia. A aversão a risco leva investidores para ativos mais seguros.

No Brasil, a delta teve efeitos relativamente brandos graças à vacinação avançada. A ômicron é recém-chegada e ainda se estudam os efeitos. Mas os solavancos de dúvida no exterior impactam toda a economia global.

E ainda na linha do problema com as contas públicas, pegou mal para o mercado o mecanismo de financiamento do Auxílio Brasil, novo programa social que substituiu o Bolsa Família, por fora do teto de gastos.

O programa custará em torno de R$ 84,7 bilhões em 2022, segundo o Tesouro. Para financiá-lo, o governo desagradou o mercado quando trabalhou para aprovar a PEC dos precatórios.

Depois da tramitação no Congresso, a medida liberou R$ 106 bilhões por meio de um teto com essas dívidas de decisão judicial sem possibilidade de recurso e uma mudança da base de cálculo do teto de gastos, que amplia a fatia para gasto público em ano eleitoral. (veja no vídeo abaixo)

Esse "drible" no teto foi encampado inclusive pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem agentes do mercado confiavam a imposição de uma agenda de controle rígido das finanças do país.

Câmara aprova mudanças feitas pelo Senado e conclui votação da PEC dos Precatórios

Câmara aprova mudanças feitas pelo Senado e conclui votação da PEC dos Precatórios

Enquanto isso, nos EUA…

No Brasil, a crise fiscal e a instabilidade política imperam para definir a cotação do dólar. Mas há uma pressão externa que mostrou os primeiros sinais em meados de 2021 e deve se intensificar no ano que vem: o aperto monetário por parte do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos.

A pandemia obrigou os bancos centrais a reduzir juros e dar empuxo financeiro aos países para recuperar suas economias. As principais medidas foram transferências diretas à população e apoio às empresas para que não quebrassem.

Enquanto as políticas monetárias ficaram mais frouxas, o coronavírus também desorganizou as cadeias produtivas em todo o mundo, causando crise de oferta em diversos setores. O resultado foi inflação global.

No Brasil, um dos exemplos mais latentes foi o mercado automotivo. Houve paralisação da produção por conta do vírus, falta de peças e semicondutores, junto com aumento do preço de insumos. A soma dos fatores atrapalhou a produção e entrega de carros novos, aumentando a procura por usados.

Mas mesmo economias desenvolvidas se desorganizaram. Nos Estados Unidos, a inflação ao consumidor chegou perto dos 7%, o que obrigou o Fed a reverter as políticas de incentivo à economia.

E isso significa aumento dos juros norte-americanos, da atual faixa de 0% a 0,25% ao ano. Títulos americanos com rentabilidade mais alta atraem o capital de investidores para o que se consideram os ativos mais seguros do mundo.

Banco Central dos EUA vai encerrar programa de estímulo em março e prevê três altas de juros em 2022

Banco Central dos EUA vai encerrar programa de estímulo em março e prevê três altas de juros em 2022

Novamente, o dólar se fortalece, mas, desta vez, contra todas as moedas e não só o real. É a nova pressão que países emergentes enfrentarão em 2022.

Para Kiran Kowshik, estrategista de câmbio do banco Lombard Odier, o Brasil e os demais países emergentes têm sofrido além do comum nos últimos anos para gerar um diferencial de crescimento de atividade econômica. O principal vetor é a desaceleração de economias importadoras de commodities, como a China.

Em outras palavras: nos momentos em que o dólar se fortalece, as moedas de todos os emergentes sofre desvalorização mais intensa e têm muita dificuldade para se recuperar.

Segundo o economista, o ambiente atual — de retorno da inflação que prejudica o crescimento global, em que o Fed está mais contracionista e há um choque em preços de energia —, há um inevitável desvio de fluxo de capital para o dólar.

"É um desafio que atinge a todos os emergentes, mas o Brasil tem como agravante uma crise fiscal muito séria. É um endividamento maior que economias semelhantes, sem plano de saída e com uma perspectiva de crescimento muito baixo", diz Kowshik.

Adblock test (Why?)


Dólar tem alta anual pela quinta vez seguida contra o real; entenda - G1
Read More

Salário mínimo será de R$ 1.212, maior que o previsto no Orçamento, indica integrante da equipe econômica - O Globo

BRASÍLIA – O valor do salário mínimo a partir de 1º de janeiro de 2022 será de R$ 1.212, de acordo com integrantes da equipe econômica do governo.

O novo valor, assim, será R$ 112 acima do atual salário mínimo e maior que o previsto no Orçamento. Na proposta original enviada ao Congresso em agosto, o governo projetou o valor do piso salarial em R$ 1.169, mas a inflação acelerou no segundo semestre com a alta nas contas de luz e nos preços dos combustíveis.

Auxílio Brasil:  Bolsonaro sanciona projeto que cria substituto do Bolsa Família, mas veta trecho que acaba com fila

Na semana passada, o Congresso aprovou a proposta orçamentária de 2022 com previsão de R$ 1.210 para o salário mínimo.

Para o aumento, o governo aplicou a previsão de alta de 10,02% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano, que serve de base para a correção do piso nacional. Isso significa que, pelo segundo ano consecutivo, não haverá ganho real para o salário mínimo, mas apenas a reposição da inflação.

Congresso terá que aprovar novo valor do mínimo

O novo valor constará de uma medida provisória (MP), que deverá ser publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira. A MP entra em vigor imediatamente, mas terá que ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Consignado:  Prazo para contratar crédito até 35% termina nesta quinta

O valor definitivo está sendo anunciado agora porque o governo aguardava mais informações para fechar a previsão para o INPC de dezembro deste ano.O IBGE só deverá anunciar o INPC fechado de 2021 no início de janeiro. Caso haja alguma defasagem, o governo fará a correção quando for anunciar a nova previsão do salário mínimo de 2023.

O governo não pode esperar porque muitas empresas precisam acertar as contas dos trabalhadores a partir de 1º de janeiro. Já para corrigir o valor dos benefícios do INSS, será utilizado o INPC consolidado. O percentual precisa ser definido pelo IBGE até 12 de janeiro para que tenha tempo hábil para rodar a folha.

Adblock test (Why?)


Salário mínimo será de R$ 1.212, maior que o previsto no Orçamento, indica integrante da equipe econômica - O Globo
Read More

Inflação bate retorno das aplicações no ano - Valor Econômico

Num ano em que o Ibovespa figurou entre os piores desempenhos globais, os juros subiram e a inflação corroeu o poder de compra do brasileiro, sobrou frustração para o investidor com o desempenho de sua carteira. No Brasil de 2021, nenhuma aplicação financeira conseguiu superar a inflação. Pela primeira vez em toda a série acompanhada pelo Valor e consolidada a partir do Plano Real, nenhuma das classes de aplicações, exceto o bitcoin, teve ganho real. A inflação ganhou do Ibovespa, da renda fixa, do dólar e até do ouro.

A mediana das mais recentes projeções da pesquisa de mercado Focus, realizada pelo Banco Central, aponta para um IPCA de 10,04% em 2021. Com isso, todas as classes apresentaram queda real nos rendimentos, quando descontada a inflação. Nem mesmo o dólar, que subiu 9,77% no ano, até ontem, teve forças para superar a alta de preços. Já o Ibovespa recuava 12,5% no consolidado de 2021, até o dia 29, enquanto o IMAB+5, que reflete uma cesta de títulos públicos atrelados à inflação com prazo acima de cinco anos, perdia 6,8%. O índice de renda fixa (IRFM) cedia 2,1%. O CDI, referência das aplicações de renda fixa, subiu só 4,4% no ano.

Nem o ouro, ativo considerado de proteção, cumpriu o papel de garantir ganho real. O ouro subiu apenas 2,69% no ano, até ontem. Exceção foi o universo dos criptoativos, onde o bitcoin teve expressiva valorização de 74,5% acumulada no período.

Segundo o gestor de multimercados da asset da XP, Bruno Marques, “a inflação, sem sombra de dúvida, foi o maior drama que a economia viveu neste ano”. Para o especialista, a forte pressão de subida de preços “não só desorganiza os processos econômicos como também prejudicou grande parte dos investimentos”.

Na virada do calendário para 2022, o alento é que os ativos brasileiros partem de uma base tão depreciada que especialistas em investimentos veem chances reais de recuperação. Não vai ser linear nem sem obstáculos, há muitas incertezas no caminho. Mas a percepção é que parte do risco eleitoral já foi antecipada nos preços dos ativos e que o aperto monetário promovido pelo Banco Central (BC) finalmente surtirá efeito nos índices de preços na economia.

De qualquer forma, com a taxa Selic em 9,25% ao ano, e a expectativa de que alcance e fique por um bom tempo nos dois dígitos, já há um porto seguro para o investidor. Mas não é o caso de jogar só na defesa, diz Rafael Bisinha, especialista em mercados locais do private bank do Citi.

Como nos preços, as taxas futuras já apontam uma Selic a 12%, 12,5% em 2022, o investidor pode se apropriar desses ganhos nominais se o juro básico parar de subir antes disso. “Tem uma oportunidade de ganho superior ao custo de oportunidade, remunerando o risco em época eleitoral”, diz. “A inflação em 2021 foi alta, mas no ano que vem deve ficar mais perto do teto, em 5%. Se a Selic ficar em 11%, 11,5%, versus uma inflação de 5%, tem um retorno real contratado da ordem de 5%, 6%, que é bem satisfatório.”

Bisinha também vê as Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B ou Tesouro IPCA) como uma boa alternativa de proteção para períodos mais longos. “Quando se pensa em inflação no médio e longo prazo persistente, normalmente está associada a algum desarranjo das contas públicas, há dúvidas se vai ter uma trajetória explosiva da dívida e o mercado está vivendo esse tipo de questionamento, está operando isso.”

Se, porventura, o descontrole não ocorrer e se restabeleça a âncora da meta de inflação, o melhor risco/retorno para alocação está nas NTN-Bs com vencimentos em 2026 e 2028, que em geral pagam prêmio de 5% acima da inflação, descreve Bisinha. “É um ganho bom para travar nesse horizonte de tempo. Se as coisas melhorarem no pós eleitoral, há razões para imaginar que o investidor não vai mais encontrar oportunidade como essas num título público”, afirma. “E se não derem certo no intervalo de três a quatro anos e a inflação sair do controle, é bom estar indexado ao IPCA, minimiza a perda do poder de compra dos recursos investidos.”

A Selic mais alta também traz o conforto de ter mais caixa para aproveitar oportunidades em ativos de risco como a bolsa. Após quedas colossais de alguns setores, Bisinha afirma ser recomendável ter munição para apertar o gatilho quando o ambiente de valorização se restabelecer. “Quem não está alocado em renda variável pode fazer em tranches.”

Para os ativos internacionais, especialmente bolsa, Eduardo Ventura, que lidera o private bank do Citi no Brasil, mantém uma visão positiva, a despeito das sinalizações do Federal Reserve (Fed, o BC americano) de redução de estímulos e até de ajuste monetário. “Lá fora há pouca convicção se a inflação é persistente ou não. É uma incerteza, mas é pouco provável que o BC vá esmagar o crescimento”, afirma. “Tem altas de juros no radar, mas nada muda no nosso cenário, seguimos construtivos com as empresas e com a recuperação dos lucros.”

Em 2021 foram as carteiras internacionais que salvaram o ano, com alta de 10% em dólar, diz Ventura. A percepção é que a renda fixa lá fora continuará proporcionando retornos magros e que o mercado acionário tende a produzir novas alternativas de ganhos. Bisinha acrescenta que não deve ser na mesma velocidade deste ano, em que impulsos monetários e fiscais proporcionaram valorizações expressivas.

Nos Estados Unidas, as estimativas são de crescimento de lucros das companhias listadas entre 8% e 10%. “E tem que pensar que as empresas pagam dividendos. Mesmo que não tenha tanta expansão dos múltiplos, tem ganhos dessa ordem para capturar”, diz Bisinha. Europa e Ásia são outros mercados promissores, enquanto na América Latina o Citi está preparado para usar o caixa se oportunidades surgirem em meio aos ciclos eleitorais em diversos países da região.

Sob a ótica global, 2022 tende a ser um ano de transição de políticas econômicas frouxas para algum passo de aperto de liquidez nos países desenvolvidos, diz Luiz Sedrani, diretor de gestão da BV Asset. Sai de cena um pouco a covid-19 e entram os diferentes estágios de recuperação e de iniciativas para frear pressões inflacionárias.

Mesmo com altas de juros programadas ao longo do ano, Sedrani vê a renda fixa como alternativa menos promissora. Nos EUA, ele ainda vê incremento de resultados para as companhias. “Não vai ser o mesmo crescimento [de 2020 e 2021], já entra em velocidade de cruzeiro que vai estar sintetizada no desempenho do próprio S&P 500”, diz. “Ativos de risco continuam ok, não acredito numa debandada completa.”

Para os ativos locais, o executivo da BV Asset não acha que o fator eleitoral, a inflação e a questão fiscal tenham sido totalmente incorporados aos preços. Mas o ponto de partida é tão baixo que possibilita que tenham um desempenho melhor em 2022. Algumas questões, como o choque de energia, do petróleo, tendem a se dissipar, enquanto outras se acentuam. O cenário eleitoral precisa ficar mais claro e pode ser um gatilho para a reação à medida que o discurso dos candidatos molde o que pode ser 2023, sinalizando, por exemplos, quais nomes vão tocar a economia.

“Quando a gente olha para a bolsa, o desempenho das companhias foi bom, elas foram bem na geração de caixa e de receitas”, diz Sedrani. Até outubro, novembro, ele espera um ambiente de muita volatilidade, com o fim do último trimestre talvez apresentando uma janela de ganhos para os ativos de risco. “Pode ser um ponto de entrada - ou saída - para todos os ativos brasileiros quando começar a definir a eleição, a depender do discurso dos candidatos.”

Na gestão das carteiras, Sedrani vê um ano de posicionamentos mais táticos, de giro um pouco mais rápido, aproveitando movimentos extremos do mercado, além de olhar para fora do Brasil. Tanto aqui quanto no exterior, em bolsa vale ser seletivo, buscar ações com maior potencial, em vez da alocação passiva nos índices.

Na renda fixa, o executivo diz que a NTN-B com taxas entre 5% e 5,5%, além do IPCA, “é um baita juros”, o problema é o investidor aguentar o meio do caminho. “O juro real no Brasil é altíssimo, o mercado põe no preço uma série de coisas ruins, mas o governo tem capacidade de criar notícias negativas em sequência”, diz Sedrani.

Para um fundo que tem que atualizar o valor dos ativos a preços de mercado, esse tipo de alocação pode ser traiçoeira em momentos de estresse, mas a pessoa física que tenha condições de segurar os papéis até o vencimento pode usufruir de bons ganhos reais.

Depois de um 2021 que nem mesmo o investidor profissional ganhou dinheiro, há muito risco pela frente e não vai ser trivial montar posições para o investidor em 2022, diz Wilson Barcellos, CEO da Azimut Brasil Wealth Management. “Tanto no cenário interno quanto externo, o risco está assimétrico, se as coisas derem errado há muito para ajustar nos preços.”

No Brasil, o executivo avalia que parte do estresse político e macroeconômico já está embutido nos preços dos ativos. “Apesar do pano de fundo eleitoral, do problema fiscal e da inflação, a gente viu a bolsa ser ‘amassada’ ao longo do tempo em relação a outras bolsas do mundo, o dólar bater R$ 5,75 e o futuro projetando R$ 6,50.” Mas com o cenário nebuloso, Barcellos acha prudente ter alocações mais táticas, evitando posições estruturais, comprado, por exemplo, em bolsa e ficar estacionado para o médio e longo prazos. “Eu teria a parte boa da bolsa no Brasil, não muito consumo, varejo, talvez Petrobras, Vale, mesmo empresas financeiras, tem muito prêmio aí”, afirma.

Outro posicionamento estrutural que o executivo gosta são as NTN-Bs, com taxas na casa dos 5,5%, enquanto o mundo roda com juros reais negativos.

Embora o real seja uma das moedas mais depreciadas do mundo, o executivo diz que não dá para colocar as fichas na sua valorização. “Ruim ou bom, o preço é justo, o câmbio está marcado a mercado.” Ele afirma ser preferível delegar esse tipo de alocação a gestores especializados em moedas. Não dá para se fiar apenas nas boas condições do balanço em transações correntes.

Após a escalada de 2021, Marques explica que, na expectativa da gestora da XP, a inflação tende a atingir o pico entre o fim deste ano e o começo de 2022. “No primeiro bimestre do próximo ano, a inflação tende começar a desacelerar gradualmente”, afirma. Para o gestor, essa mudança de rumo abre oportunidades de investimento. “O BC está atuando e, com isso, o processo desinflacionário vai abrir algumas oportunidades como na curva de juros”, diz.

Adblock test (Why?)


Inflação bate retorno das aplicações no ano - Valor Econômico
Read More

Wednesday, December 29, 2021

Aliansce Sonae (ALSO3) confirma conversas com BrMalls (BRML3) para combinar negócios; ações sobem - InfoMoney

Em fato relevante, a Aliansce Sonae (ALSO3) informou nesta quarta-feira (29) que que iniciou conversas preliminares com a BrMalls (BRML3) sobre uma potencial combinação de negócios.

Entretanto, afirmou “que não existe acordo, oferta ou proposta acerca da referida potencial transação”.

Na abertura dos negócios, às 10h50, as ações da Aliansce subiam 2,93%, cotadas a R$ 21,82, enquanto as da BrMalls avançavam 2,83%, a R$ 8,35.

Avaliação

Para o Bradesco BBI, apesar da falta de detalhes sobre os termos das negociações, a possível operação tende a ser um operação de ganha-ganha para as empresas, “com muito senso estratégico”.

Segundo os especialistas, o viés construtivo decorre da combinação de ganhos de escala das operações, o que é cada vez mais importante no segmento de shoppings físicos, em meio à tendência ao omnichannel intensificadas pós-pandemia de Covid.

Além disso, apontam os especialistas, pode ocorrer uma diluição do risco de iniciativas de capital de risco na integração digital (por exemplo, descontinuidade do Centro de Entrega da BrMalls.

No mais, há potenciais sinergias em custos, como nas despesas gerais e administrativas, e de receita (alavancagem comercial com varejistas).

Adicionalmente, já há uma percepção positiva sobre os padrões atuais de governança de ambas empresas, com controle descentralizado e acordo de acionistas já estabelecido, principalmente do lado da Aliansce, o que “pode preparar o terreno para uma empresa mais forte”.

Em relação à liquidez das ações, a expectativa é de que haja uma melhora significativa aos detentores de ALSO3. “Vemos isso como uma das principais razões para a ALSO negociar com um desconto de avaliação significativo para os pares”, acrescentaram.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cenário concorrencial com Aliansce e BrMalls

Mesmo sendo duas das maiores operadoras de shoppings do Brasil em área bruta locável (ABL), os analistas do Bradesco BBI não enxergam riscos significativos contra a fusão, por parte dos órgãos de defesa da concorrência.

“Apesar de serem dois dos maiores players do Brasil, só vemos questões de antitruste mais altas em três cidades de médio porte: Vila Velha-ES, Londrina-PR e Uberlândia-MG, nenhuma delas impondo barreira ao negócio”, informaram.

Adicionalmente, destacaram que o mercado em cidades maiores, como o Rio de Janeiro (onde ambas empresas têm exposição relevante), tende a ser mais fragmentado, com um maior número de concorrentes compartilhando os consumidores e ABL da cidade.

“Esta não é a primeira vez que as empresas estão analisando uma joint venture, mas desta vez pode acontecer, com ambas as ações perto de pandemias baixas – o que pode ajudar nas contas para pagar as contas.”

Comunicação à CVM

A manifestação vem por conta de notícias publicadas no Pipeline Valor e Brazil Journal de que as duas companhias iniciaram conversas para uma fusão.

Segundo a Aliansce Sonae, a empresa foi formada por meio de desenvolvimentos de shopping centers e combinações de negócios, incluindo a bem sucedida fusão entre Aliansce Shopping Centers e Sonae Sierra Brasil, em 2019.

“A estratégia da Companhia é seguir buscando oportunidades de crescimento, fortalecendo seu portfólio com ativos complementares, por meio de combinações de negócios e aquisições de shoppings líderes em suas regiões de atuação”, acrescentou.

Oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje. Assista aqui.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Adblock test (Why?)


Aliansce Sonae (ALSO3) confirma conversas com BrMalls (BRML3) para combinar negócios; ações sobem - InfoMoney
Read More

IGP-M sobe 0,87% em dezembro e fecha 2021 com 2ª maior variação desde 2002 - UOL Economia

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) subiu 0,87% em dezembro, após variar 0,02% no mês de novembro, segundo informações divulgadas hoje pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em comparação com os anos anteriores da série histórica, que teve início em 2002, esta é a segunda maior elevação do índice, motivada pelas transformações de consumo gerados pela pandemia.

Entre janeiro e dezembro de 2021, o índice conhecido como a 'inflação do aluguel' acumulou alta de 17,78%. Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,96% e acumulava alta de 23,14% em 12 meses, fechando o ano com a maior variação anual da série.

De acordo com informações divulgadas pela FGV, André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, afirmou que os números do mês foram influenciados pela aceleração de preços bovinos, reflexo da demanda doméstica e da retomada das exportações, além da aceleração dos preços de safras afetadas por geadas e secas, como o café.

'[Café e açúcar] também ajudam a explicar a elevação de 20,57% acumulada pelo IPA em 2021. Os preços da cana-de-açúcar avançaram 57,13% no ano, enquanto o preço do café subiu 152,35%, no mesmo período', detalhou Braz.

O IGP-M se tornou parâmetro de corretoras de imóveis e locatárias na hora de definir reajustes de contratos sobre imóveis. O índice apresenta a variação dos preços ao consumidor e também acompanha o custo de produtos primários, preços no atacado, matérias-primas e de insumos da construção civil.

Com o avanço da pandemia, o índice em 2020 ficou acima da inflação oficial do Brasil, medido pelo IPCA (Índice de preços no consumidor).

IPA tem elevação de 0,95% em dezembro

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) teve uma elevação de 0,95% em dezembro, após queda de 0,29 em novembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,53% em dezembro. No mês anterior, a taxa do grupo subiu 0,97%.

A principal contribuição para o resultado partiu do subgrupo combustíveis. A taxa passou de 8,60% para 0,25%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,70% em dezembro, ante 0,51% no mês anterior.

Já a taxa de Bens Intermediários passou de 3,38% em novembro para 1,02% em dezembro. O principal responsável por essa baixa foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual caiu de 2,13% para 0,40%.

Ainda de acordo com a FGV, o estágio das Matérias-Primas Brutas registrou alta de 1,22% em dezembro, ante queda de 4,84% em
novembro.

Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-15,15% para -0,52%), bovinos (-4,39% para 11,69%) e soja em grão (-2,85% para -1,03%). Em sentido oposto, destacam-se os itens aves (-1,37% para -5,08%), laranja (-1,35% para -4,10%) e algodão em caroço (1,41% para 0,05%).

IPC variou 0,84% em dezembro

Ante os 0,93% de novembro, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) variou 0,84% em dezembro deste ano. A Fundação Getúlio Vargas detalha que de seis a oito classes de despesa registraram decréscimo em suas taxas de variação, influenciando o resultado final.

A principal contribuição partiu do grupo Transportes (2,93% para 1,26%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 7,14% em novembro para 2,24% em dezembro.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,74% para 0,54%), Comunicação (0,17% para 0,05%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,17%), Despesas Diversas (0,22% para 0,13%) e Vestuário (0,62% para 0,61%).

Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve avanço de 0,30% no período, depois de subir 0,71% no mês anterior.

Adblock test (Why?)


IGP-M sobe 0,87% em dezembro e fecha 2021 com 2ª maior variação desde 2002 - UOL Economia
Read More

Tuesday, December 28, 2021

Juros ao consumidor disparam com Selic em alta e temor de calote - Economia & Negócios Estadão

A alta da taxa básica de juros (Selic) e o maior risco de calote, por causa da estagnação da economia, fizeram os juros ao consumidor, que já eram exorbitantes, dispararem em 2021. Entre janeiro e novembro, as taxas médias cobradas nos crediários do comércio passaram de 72,7% para 80% ao ano. Os juros do cheque especial, por sua vez, foram de 127,7% para 140,3%. E os do cartão de crédito, de 257,1% para 340,8%, segundo levantamento da Associação Nacional de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Nesse período, a Selic foi de 2% para 7,75% ao ano (em dezembro subiu mais um pouco e alcançou 9,25%). 

 

Esse aumento forte é visto também em outras linhas, como empréstimo pessoal de bancos e financeiras e o crédito direto ao consumidor. Na média, as taxas nos financiamentos cobradas dos brasileiros subiram neste ano, até novembro, 15,81 pontos porcentuais, segundo a pesquisa da Anefac, que coletou as taxas junto às principais instituições financeiras, enquanto no mesmo período os juros básicos avançaram 5,75 pontos porcentuais. 

“Os bancos repassaram mais do que a alta da Selic para a taxa ao consumidor por conta da piora do cenário econômico, da expectativa de um risco maior de crédito”, diz Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac. 

Segundo ele, a perspectiva de piora da inadimplência ocorre não só por causa da inflação, que corrói a renda dos cidadãos, mas também pelo desemprego em patamares elevados. Além disso, há mais uma alta dos juros de 1,5 ponto porcentual já sinalizada pelo Banco Central (BC) para fevereiro e a expectativa de retração da economia para o ano que vem. Isso sem falar de uma eventual onda da covid-19 por causa da nova variante do vírus, acrescenta. 

Neste mês, depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC ter aumentado a Selic em 1,5 ponto porcentual, a Lojas Cem, por exemplo, rede de eletrodomésticos e móveis com quase 300 lojas no Sudeste do País, subiu 0,5 ponto porcentual os juros do crediário bancado com recursos próprios. 

A varejista diz ter aumentado o custo dos financiamentos ao consumidor porque a inadimplência dos clientes está um ponto porcentual acima da média histórica. “Não dá para manter a taxa de juros com a inadimplência mais alta”, afirma o supervisor geral da rede varejista, José Domingos Alves. 

Esse aumento generalizado de custos, porém, tem efeito direto sobre a atividade econômica, já que o consumidor acaba fugindo dos financiamentos para itens de maior valor. Isso já se reflete nos dados do BC. Em setembro e outubro, as linhas de crédito imobiliário, veículos, crédito consignado e crédito pessoal já recuaram em relação ao mês anterior na aprovação de novos empréstimos. Só o que subiu foram o cheque especial e o rotativo do cartão, que são créditos pré-aprovados.  

Risco 

Além da forte alta dos juros básicos e do aumento dos depósitos compulsórios, outro fator que tem pressionado para cima as taxas dos financiamentos ao consumidor é o risco de calote. Segundo Ribeiro de Oliveira, a inadimplência responde por um terço dos juros na ponta do consumidor. 

 

Em razão de várias medidas adotadas pelos bancos desde o início da pandemia – como pausar contratos, oferecer carência, postergar parcelas e dar mais flexibilidade na renegociação das dívidas atrasadas –, a inadimplência não aumentou. Mas, agora, com as expectativas se deteriorando e o País em estagflação, os especialistas afirmam que será difícil adiar o calote novamente. “Do jeito que estamos, com tantos números negativos, vamos ver um aumento da inadimplência a partir do primeiro trimestre, e essas expectativas negativas já estão refletidas nas taxas atuais de juros dos empréstimos”, prevê Oliveira. 

Nicola Tingas , economista-chefe da Acrefi, associação que reúne as financeiras, observa que sinais de aumento da inadimplência estão a caminho. O atraso entre 15 e 90 dias no pagamento das parcelas subiu em outubro especialmente na linha do rotativo do cartão de crédito e, em menor intensidade, no cartão parcelado, no cheque especial e no financiamento de veículos, segundo dados do Banco Central. “Há um risco alto de aumento da inadimplência no futuro”, alerta. 

Para ele, o aumento do atraso no cartão é sintoma de falta de dinheiro e estrangulamento do orçamento. No momento, as pessoas estão tentando acomodar o orçamento: atrasam a parcela do veículo para fazer a compra do supermercado, exemplifica. Mas, na sua opinião, se não houver uma melhora da atividade e da renda, o quadro pode piorar até o final do primeiro trimestre.

Adiamento 

Em setembro passado, a publicitária Loyde Cristina das Dores, de 24 anos, por exemplo, resolveu comprar um carro usado. Escolheu um Citröen C3 2015, que custava R$ 35 mil. Mas quando viu o efeito dos juros no financiamento, adiou os planos. 

Com uma entrada de R$ 10 mil, o saldo de R$ 25 mil seria parcelado em 48 vezes de R$ 1.040. O total financiado sairia por R$ 49.920. “Por conta dos juros, o valor a ser financiado foi de R$ 25 mil para quase R$ 50 mil. É desanimador. A gente tenta se organizar, juntar uma boa quantia, na intenção de reduzir as parcelas. E a realidade é que os juros nos fazem desanimar da compra”, afirma. /COLABOROU HELOISA SCOGNAMIGLIO

Adblock test (Why?)


Juros ao consumidor disparam com Selic em alta e temor de calote - Economia & Negócios Estadão
Read More

Estados vão à Justiça contra reajuste do gás pela Petrobras; Confira - O Antagonista

Estados vão à Justiça contra reajuste do gás pela Petrobras
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O estados do Rio e São Paulo irão à justiça contra o reajuste nos preços do gás proposto pela Petrobras às distribuidoras, diz o Globo.

As concessionárias de Sergipe, Alagoas e Ceará, em parceria com governos estaduais, já conseguiram liminares para frear o aumento médio de 50% nas tarifas de gás de cozinha, industrial e GNV, de carros, a partir do próximo sábado, dia 1º de janeiro.

As negociações para a renovação dos contratos de gás canalizado começaram em outubro, quando a estatal propôs reajustes de até 200% em razão do aumento do preço do dólar e do barril do petróleo.

A Abegás, que reúne as distribuidoras de gás canalizado, entrou com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), denunciando possíveis práticas anticompetitivas da Petrobras. A estatal, então, suspendeu as negociações e reduziu para 50% nos preços.

Notícias relacionadas:
Mais notícias

Adblock test (Why?)


Estados vão à Justiça contra reajuste do gás pela Petrobras; Confira - O Antagonista
Read More

Monday, December 27, 2021

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira Por Investing.com - Investing.com Brasil

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira © Reuters.

Por Daniel Shvartsman e Leandro Manzoni

Investing.com - A última semana do ano de negociação começou com uma nota não surpreendentemente tranquila. Enquanto os investidores esperam que um rali de Natal feche um ano de recordes nos principais índices, ainda há desafios com avanço da Covid-19 sob a cepa ômicron, como os cancelamentos de voos nos feriados de fim de semana deixam claro.

Notícias da China sobre novas restrições à listagem de IPO de empresas do país nos EUA marcam outro lembrete dos desafios que o gigante econômico apresentou aos investidores este ano, e o petróleo começa a semana com o pé errado.

No Brasil, perspectiva para ofertas de ações para 2022 é de desaceleração em relação a esse ano e desempenho das ações dos bancos são sinais de atividade econômica fraca para 2022.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na segunda-feira, 27 de dezembro.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Estragos moderados da Ômicron; rali de Natal ou semana lenta?

Embora grande parte da recuperação da semana passada e o resultado em máximas de todos os tempos tenham sido baseados em relatos de que a variante Omicron do Covid-19 está se mostrando mais amena do que as variantes anteriores, ou pelo menos representa menos risco de hospitalização, o fim de semana de feriado foi um lembrete do caos o vírus ainda pode causar na economia.

As companhias aéreas cancelaram quase 1.000 voos no dia de Natal nos EUA devido à falta de pessoal e, no atestado da Southwest (NYSE:) (SA:), problemas climáticos. As companhias aéreas dos EUA estão negociando em baixa na negociação pré-mercado. À medida que a contagem de casos continua a atingir novos patamares em lugares que vão de Nova York à Austrália, os cancelamentos são um lembrete de que mesmo, se os casos forem menos graves, como todos esperamos, a quarentena necessária ou a recuperação de casos leves ainda podem prejudicar uma economia já sobrecarregada.

Já os futuros dos EUA estão apontando ligeiramente para cima; os futuros do estão sendo negociados com alta de 0,28% às 09h21, enquanto os avançam 0,12% e os futuros do estão com ganhos de 0,28%. A última semana do ano é geralmente uma semana de negociação mais lenta devido ao fato de cair entre as férias de inverno, e não há muitas notícias econômicas nesta semana.

Mercados europeus estão ligeiramente mais altos no pregão do meio-dia, enquanto mercados asiáticos fecharam um pouco mais baixo. O caminho de menor resistência para os mercados este ano tem sido mais alto, e as primeiras indicações para segunda-feira são de que podemos estar indo nessa direção hoje. A questão, depois que o S&P fechou em máximos na semana passada, é se ainda há muito espaço para ir em 2021?

CONFIRA: Cotação dos principais índices futuros globais

2. China define novas diretrizes de listagem no exterior

A China lançou novas diretrizes para as empresas listarem ações no exterior. As diretrizes provavelmente tornarão mais difícil para as empresas chinesas listar entidades de interesse variável - V.I.E.'s - no exterior, mas fornecem uma estrutura legal que lhes permitirá fazê-lo.

Resta saber se, no contexto de um longo ano para as ações chinesas e várias repressões regulatórias em setores que vão da educação aos jogos, aos cassinos e à tecnologia, as novas diretrizes serão recebidas como um alívio bem-vindo por fornecerem certeza, ou se eles serão vistos como excessivamente severos. As avaliações iniciais são de baixa - Alibaba (NYSE:) (SA:), JD.com (NASDAQ:) (SA:), Baidu (NASDAQ:) (SA:) e Didi Global Inc ADR (NYSE:) estão entre as empresas chinesas cujas listagens nos Estados Unidos estão sendo negociadas com queda de mais de 1% no pré-mercado.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA no pré-mercado

3. Desafios para ofertas de ações no Brasil em 2022

O mercado de abertura de capital (IPO) e de oferta subsequente de ações (follow-on) terá uma desaceleração no próximo ano, após recorde de volume de R$ 154 bilhões movimentados em 2021 entre ofertas na B3 (SA:) e nos Estados Unidos. As informações são do jornal Valor Econômico.

Atividade econômica menor, expectativa de alta volatilidade devido às eleições presidenciais e a alta da deixarão os investidores mais cautelosos e influenciarão no número menor de listagens de empresas.

Especialistas consultados pelo jornal projetam 20 IPOs e entre 20 a 30 follow-nos em 2022, após 45 aberturas de capital e 25 ofertas subsequentes neste ano (desconsiderando as operações de listagens de empresas brasileiras nos Estados Unidos).

CONFIRA: Cotação das ações brasileiras

4. Petróleo começa a semana em baixa

O petróleo começou a semana com queda acima de 1% em Nova Yor. O começou a semana com queda de 1,36% a US$ 72,78, enquanto o petróleo tinha ligeiro recuo de 0,09% a US$ 75,72.

O petróleo subiu 4% ontem com o otimismo geral sobre a variante omicron e a recuperação econômica global, então ainda não se sabe se isso é apenas volatilidade genérica ou uma reação aos cancelamentos de voos e viagens lentas do consumidor durante a normalmente movimentada temporada de férias.

CONFIRA: Cotação das principais commodities globais

5. Desempenho de ações dos bancos é sinal de PIB fraco em 2022

A retração anual acumulada de 22% no na B3 é sinal de menor atividade econômica em 2022, de acordo com especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, corroborando estimativas pouca animadoras do mercado para o PIB do ano que vem.

Apesar de que os lucros dos bancos atinjam em 2021 os níveis de 2019, ano anterior à pandemia, as ações do setor não retornaram às máximas verificadas dois anos atrás, como ocorreu com o entre o fim de 2020 e o primeiro semestre desse ano.

A perspectiva de a taxa Selic atingir dois dígitos, apesar de aumentar o spread bancário (a diferença entre o valor dos recursos captados e os emprestados), vai diminuir o ingresso de capital na bolsa, reduzir a demanda por crédito (motor das receitas do setor) devido à expectativa de menor atividade econômica e aumentar a provisão contra inadimplência.

Adblock test (Why?)


Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira Por Investing.com - Investing.com Brasil
Read More

Com Selic a 11,25%, quanto rende investimento de R$ 1 mil? - Revista Oeste

Nesta quarta-feira, 31, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou pela quinta vez consecutiva a taxa básica de j...