O Ibovespa fechou em alta de 1,05% nesta quinta-feira (21), com ajuda, principalmente, da Vale (VALE3), mas seguindo também o movimento visto nos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira, com isso, voltou a renovar sua máxima histórica de fechamento em reais, aos 132.182 pontos, fechando acima dos 132 mil pontos pela primeira vez.
Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,87%, 1,03% e 1,26%. Por lá, investidores repercutiram principalmente a publicação do produto interno bruto (PIB) dos EUA do terceiro trimestre, que teve alta de 4,9% em termos anualizados, frente ao consenso de 5,2%.
“O mercado está cada vez mais fechado com a expectativa de um alívio na política restritiva de juros nos Estados Unidos. A leitura do PIB, PCE e pedidos semanais de seguro-desemprego fortaleceu essa visão dovish. O ritmo do crescimento ficou abaixo do esperado, enquanto a inflação registrou seu aumento mais lento desde 2020″, ressalta Diego Costa, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio.
Os treasuries yields para dois anos perderam 1,7 ponto-base, a 4,352%. No entanto, na ponta longa, os rendimentos pagos pelos títulos da dívida pública americana subiram levemente, com o de dez anos avançando 1,3 ponto, a 3,89%.
Apesar de alguns dados macroeconômicos mais fracos estarem, nas últimas semanas, repercutindo de forma negativa na Bolsa, com investidores temendo que as companhias trarão resultados menos animadores, os índices norte-americanos se recuperaram parcialmente das quedas da véspera, que foram consideráveis. Apesar do movimento de realização de ontem, investidores seguem, no geral, otimistas com o mercado acionário.
“Nesta quinta feira, o Ibovespa refletiu a continuação do otimismo e apetite ao risco que vemos nas últimas semanas, com os juros futuros continuando seu movimento baixista, o que se justifica pelas falas dos presidentes dos Bancos Centrais do Brasil, EUA e Europa”, diz Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital.
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A curva de juros brasileira fechou majoritariamente em tendência de queda. Os DIs para 2026 perderam dois pontos-base, a 9,61%, e os para 2027 ficaram estáveis, a 9,72%. Os contratos para 2029 foram a 10,11%, com menos um ponto, e os para 2031, a 10,33%, com menos dois pontos.
“No Brasil, o Banco Central também divulgou o RTI (Relatório Trimestral de Inflação), projetando uma inflação menor para o IPCA neste ano. A probabilidade de a inflação brasileira ultrapassar os limites do intervalo de tolerância da meta em 2023 (4,75%) caiu de 67% para 17%”, ressalta Costa, da B&T.
Quem puxou o Ibovespa para cima, como já mencionado, foram principalmente as ações ordinárias da Vale (VALE3), que fecharam com alta de 3,33%.
“As ações da Vale foram destaques de ganhos, seguida pelas demais mineradoras e siderúrgicas. As companhias acompanham o desempenho do contrato futuro de minério de ferro, que registrou o melhor pregão em duas semanas na bolsa chinesa de Dalian, com alta de 3,5%”, fala Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
“Nesta quinta-feira, Ibovespa tem mais um dia positivo nesta reta final do ano, puxado principalmente pelo desempenho forte de Vale. As ações da empresa seguem a valorização dos contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian, com expectativas de que a demanda chinesa pela commodity aumente e com estoques ainda baixos”, completa Júlia Aquino, analista da Rico.
O dólar, por fim, caiu 0,49%, a R$ 4,887 na compra e na venda, se beneficiando, segundo especialistas, da perspectiva mais otimista da inflação e do maior apetite dos investidores por risco.
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Ibovespa sobe 1,05% e fecha acima dos 132 mil pontos pela 1ª vez, com Vale e exterior; dólar cai 0,49% - InfoMoney
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