"Durante os próximos 20 a 30 anos, mais de mil bilionários vão transferir cerca de US$ 5,2 trilhões aos herdeiros", diz banco suiço — Foto: Pixabay
Os novos bilionários acumularam mais riqueza via herança do que com trabalho pela primeira vez desde que o estudo "Ambições de Bilionários" do banco suíço UBS começou a ser produzido, em 2015.
O levantamento mais recente, divulgado nesta quinta (30), mostra que 137 pessoas entraram para o rol dos bilionários num período de 12 meses encerrados em abril.
Desse grupo, 53 entraram para a lista ao herdar US$ 150,8 bilhões (R$ 736 bilhões), 7% a mais que os US$ 140,7 bilhões (R$ 690 bilhões) obtidos via atividades profissionais pelos 84 outros bilionários.
O UBS afirma ainda que o dinheiro recebido de herança no patrimônio dos bilionários deve crescer com o tempo.
"Durante os próximos 20 a 30 anos, mais de mil bilionários vão transferir cerca de US$ 5,2 trilhões (R$ 25,51 trilhões) aos herdeiros", calcula o banco, que leva em conta o patrimônio de bilionários que já têm 70 anos ou mais.
Segundo o estudo do UBS, a quantidade de bilionários pelo mundo e a riqueza total do grupo também subiu no período de 12 meses encerrados em abril. O número de pessoas foi de 2.376 para 2.544 e a riqueza saiu de US$ 11 trilhões (R$ 54,19 trilhões) para US$ 12 trilhões (R$ 58,87 trilhões).
'Efeito Rei Charles'
Os novos bilionários não são necessariamente pessoas jovens como Clemente de Vecchio, que, aos 19 anos, e herdou uma fortuna estimada em US$ 9 bilhões (R$ 44,15 bilhões) após a morte do pai, Leonardo Del Vecchio, magnata fundador da Luxottica, em junho de 2022 (veja no vídeo abaixo).
“Muitas vezes eles têm mais de 50 anos”, disse Michael Viana, chefe de cobertura estratégica de clientes do UBS. "Na verdade, é mais o efeito Rei Charles III, eles [os novos bilionários] também têm idade bastante avançada quando assumem (a riqueza)".
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