A Equatorial Energia (EQTL3) pode ser atingida. Ela atua na distribuição, geração, transmissão e comercialização de energia elétrica bem nos estados mais atingidos pela seca: Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Amapá e Goiás. Além disso, segundo a agência de classificação de risco Moody's, empresas desse setor têm agora menos flexibilidade financeira para lidar com um evento climático do que tinham na última "edição" do El Niño, em 2016.
Alimentos e bebidas perdem, já que eventos climáticos extremos afetam a produção agrícola. "Muitas empresas dependem de matérias-primas agrícolas para seus produtos", diz André Vasconcellos. Isso resulta em aumento dos custos de produção e interrupções na cadeia de abastecimento. Nesse conjunto estão Camil (CAML3) São Martinho (SMTO3), Jalles Machado (JALL3 e JALL4) e Ambev (ABEV3). A Camil, por exemplo, é muito dependente da safra de arroz. A Ambev, da cevada e do milho. Além disso, a falta de previsibilidade do clima (com invernos quentes e repentinas ondas de frio no verão) pode prejudicar a logística de vendas da empresa.
Turismo é prejudicado. Destinos turísticos podem ser afetados por inundações e secas - como acontece agora na Amazônia. Isso representa perda de receita para empresas relacionadas a hotéis, restaurantes e serviços turísticos. Na Bolsa, uma das mais afetadas pode ser a CVC Brasil (CVC33).
Operadoras de rodovias, como CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) não escapam. Elas podem ter perdas com chuvas, inundações e rodovias interditadas.
A construção civil pode ser prejudicada. Enchentes, tempestades e deslizamentos de terra podem causar danos a propriedades e infraestrutura, afetando empresas relacionadas à construção civil e reparos. Também atrasa obras em andamento. Nesse caso, segundo o Santander, perdem Tecnisa (TCSA3), JHSF (JHSF3), Cury (CURY3) e Eztec (EZTC3).
As companhias de saúde também ficam na mira. Com o aquecimento global, as mudanças drásticas de temperatura, o risco de surgimento de novas doenças e epidemias aumenta e isso pode afetar o horizonte de crescimento das companhias do setor. Na pandemia, as empresas de convênio já sofreram bastante e podem ser afetadas novamente, com aumento das despesas, assim como as seguradoras. Investidores de Hapvida (HAPV3) e Qualicorp (QUAL3) devem ficar atentos.
Ações Desastres Naturais Perdas - UOL Economia
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