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Monday, June 5, 2023

Tesouro Direto: juros caem e teto dos prefixados vai à mínima em 1 ano e 7 meses após fala de diretor do BC - InfoMoney

Uma fala do diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), Mauricio Moura, teve grande impacto nas taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (5) ao dar um sinal de corte da taxa básica de juros no Brasil.

Questionado sobre o nível atual da taxa básica de juros, o diretor do BC disse que a Selic “vai voltar a cair em algum momento”, assim que as condições permitirem. Esta frase foi suficiente para levar o rendimento do Tesouro Prefixado 2033 ao menor patamar desde outubro de 2021.

Em dia de agenda esvaziada, outro tema repercutido foi o Boletim Focus. No relatório, os agentes do mercado financeiro diminuíram a estimativa para o IPCA deste ano de 5,71% para 5,69%. Foi a terceira queda seguida nas projeções. A estimativa para 2024 caiu de 4,13% para 4,12%. Já as projeções para 2025 e 2026 continuaram no mesmo patamar, de 4%.

Para o PIB de 2023, houve elevação nas estimativas, de 1,26% para 1,68%. Essa foi a quarta revisão para cima do PIB deste ano na pesquisa. A mudança acontece após a divulgação do PIB do primeiro trimestre na semana passada – cujo crescimento de 1,9% na comparação trimestral surpreendeu os analistas.

No Tesouro Direto, a rentabilidade anual do Tesouro Prefixado 2033 caiu de 11,34% na sessão de sexta-feira para 11,18% na última atualização de hoje, às 15h21. A última vez que o título oferecia taxa inferior no início da sessão foi em 25 de outubro de 2021, há 1 ano e 7 meses.

O Tesouro Prefixado 2026 pagava 10,68% ao ano, abaixo dos 10,88% observados na sessão anterior. O taxa do Tesouro Prefixado 2029 caía de 11,22% para 11,09%.

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Nos títulos atrelados à inflação, destaque para o Tesouro IPCA+ 2029, que entregava rentabilidade real de 5,25% ao ano, contra 5,32% na última sexta-feira.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta segunda-feira (5): 

Em live semanal do Banco Central, Mauricio Moura listou três vetores principais para permitir a queda da selic. O primeiro deles, a inflação corrente mais baixa ou indicando queda à frente. Nesse ponderou que, embora a tendência seja de queda hoje, os próprios economistas preveem que ela irá subir um pouco nos próximos meses e depois voltar a cair em 2024. O segundo, as expectativas futuras. E o terceiro, o balanço de riscos.

Moura destacou que a meta de inflação não é escolhida pelo próprio BC, mas sim pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e chegou a compará-la com as metas de vendas estabelecidas no comércio.

Para a Selic, os agentes do mercado financeiro mantiveram a projeção de 12,5% no fim deste ano. A estimativa é a mesma há sete semanas. A de 2024 também foi mantida, em 10,0%, pela 16ª semana seguida e a de 2025 está em 9,0% há 16 semanas. A de 2026 foi mantida em 9,0%.

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No câmbio, a estimativa para o dólar em 2023 caiu de R$ 5,11 para R$ 5,10. A projeção para 2024 recuou de R$ 5,17 para R$ 5,16, enquanto a de 2025 foi mantida em R$ 5,20. A previsão para 2026 continuou em R$ 5,25.

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