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Friday, May 19, 2023

Precisamos focar em reformas estruturais, diz Campos Neto - G1

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. — Foto: Alan Santos/PR

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. — Foto: Alan Santos/PR

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (19) que o Brasil precisa focar em reformas estruturais que possam reduzir as taxas neutras (aquelas que não estimulam nem desestimulam a economia).

Durante discurso em evento promovido pelo próprio Banco Central, Campos Neto disse que o Brasil quase não fez reformas quando comparado a outros países emergentes, destacando que os números já refletem uma taxa neutra mais elevada, uma dívida mais alta e um “crescimento estrutural” menor.

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“Passamos muito tempo falando sobre a Selic [taxa básica de juros], se ela vai subir ou descer, mas quando olhamos à frente, precisamos focar no fato de que precisamos de reformas estruturais”, afirmou.

“Precisamos fazer coisas que baixem as taxas neutras. Quando eu vejo todas as reformas que estão sendo feitas em países emergentes, vejo que aqui não fizemos quase nada de movimentações nesse sentido. E precisamos fazer algo, porque esse endividamento, a taxa neutra mais alta e o crescimento baixo não são bons para o Brasil”, acrescentou o presidente do BC.

O banqueiro central ainda reforçou a necessidade de que a autarquia continue a atuar no combate à inflação. “Devemos perseverar na inflação e trazê-la para a meta”, acrescentou.

O evento promovido pelo BC brasileiro contou com nomes de vários bancos centrais pelo mundo. Durante os painéis, a maioria dos banqueiros centrais reforçou a necessidade de estabilidade financeira, mas sem abrir mão de perseguir a estabilidade de preços.

Em um vídeo gravado e apresentado em um dos painéis, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que mesmo diante dos riscos econômicos trazidos pela recente crise de confiança no setor bancário global, os bancos centrais precisam continuar atuando para baixar preços e evitar uma eventual recessão.

“Claro que os reguladores e supervisores ainda precisam ser extra vigilantes ao risco do setor. Ainda não estamos a salvo. Mas não podemos trocar a estabilidade financeira pela estabilidade de preços. Temos que perseguir ambas as metas ao mesmo tempo”, disse Lagarde.

A banqueira ainda acrescentou que é importante notar que enquanto a instabilidade financeira ainda é apenas um risco, a alta inflacionária já é uma realidade.

“Faremos o que for necessário para atingir sua meta, que é reduzir a inflação a 2%”, completou. 

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