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Monday, May 22, 2023

Bolsas operam sem direção definida, com foco nas negociações sobre teto da dívida dos EUA; falas de Campos Neto e mais destaques - InfoMoney

Os mercados mundiais amanhecem sem direção única nesta segunda-feira (22), no início de uma semana marcada pela ata da última reunião do Fed, segunda leitura do PIB do primeiro trimestre dos EUA e pela inflação dos gastos de consumo pessoal (PCE), enquanto investidores seguem acompanhando as negociações sobre o teto da dívida nos Estados Unidos.

O presidente dos EUA, Joe Biden e o presidente da Câmara , Kevin McCarthy, devem se encontrar hoje para continuar as negociações sobre o teto da dívida americana.

No domingo, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que “escolhas difíceis” precisarão ser feitas sobre quais contas não serão pagas se o teto da dívida não for aumentado e reafirmou seu alerta de que os EUA podem deixar de pagar sua dívida já em 1º de junho .

Por aqui, todos os olhos estarão voltados para a votação do novo projeto de arcabouço fiscal no plenário da Câmara dos Deputados, que está prevista para esta quarta-feira (24).

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O relator do projeto, deputado Claudio Cajado, apresentou sua versão final aos líderes partidários na segunda-feira passada (15) e, dois dias depois, a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de urgência do projeto de lei do marco fiscal (PL 93/23).

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Já o presidente do BC, Roberto Campos Neto, profere palestra no evento “Dois anos de autonomia do BC: lições para o futuro”, promovido pela Folha de S. Paulo.

No cenário corporativo, a Oi (OIBR3;OIBR4), em nova recuperação judicial, após adiamentos, divulgará seus resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22) hoje (22), depois do fechamento do mercado.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam entre leves perdas e ganhos, com foco nas negociações tensas sobre o teto da dívida do país.

O presidente Joe Biden e o presidente da Câmara , Kevin McCarthy, devem se encontrar nesta segunda-feira para continuar as negociações. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que os EUA podem dar calote em sua dívida já em 1º de junho.

A agenda da semana tem uma lista relativamente leve de dados econômicos, destacados por uma segunda leitura do PIB do primeiro trimestre, na quinta-feira, e pelo medidor de inflação dos gastos de consumo pessoal, na sexta-feira. A divulgação da ata da reunião do Fed na quarta-feira também pode esclarecer como os integrantes da autoridade monetária estão pensando na possibilidade de novos aumentos de juros.

Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, disse na última sexta-feira que as taxas de juros podem não ter que subir tanto quanto o esperado para conter a inflação, dadas as tensões atuais do setor bancário.

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Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), +0,01%
  • S&P 500 Futuro (EUA), -0,03%
  • Nasdaq Futuro (EUA), +0,05% 

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, com as ações em Tóquio ampliando seu rali, enquanto o Banco Popular da China manteve suas taxas de juros de referência inalteradas pelo nono mês consecutivo.

A China manteve sua taxa básica de juros de empréstimo de 1 ano inalterada em 3,65% e sua taxa básica de empréstimo de 5 anos inalterada em 4,30%, em linha com as expectativas de economistas consultados pela Reuters.

  • Shanghai SE (China), +0,39%
  • Nikkei (Japão), +0,90%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), +1,17%
  • Kospi (Coreia do Sul), +0,76% 
  • ASX 200 (Austrália), -0,22%

Europa

Os mercados europeus operam mistos, com investidores de olho nas negociações sobre o teto da dívida nos Estados Unidos e nos resultados das eleições gregas.

Na Grécia, o Índice Composto Geral de Atenas subiu 7% depois que o partido conservador governista, Nova Democracia, garantiu uma liderança firme nas eleições de domingo. As negociações agora começarão sobre a formação de um governo de coalizão, já que ficou aquém da maioria parlamentar.

  • FTSE 100 (Reino Unido), +0,32%
  • DAX (Alemanha), -0,06%
  • CAC 40 (França), -0,04%
  • FTSE MIB (Itália), -0,16% 
  • STOXX 600, +0,18%

Commodities

Os preços do petróleo operam entre perdas e ganhos, com a cautela em torno das negociações do teto da dívida dos EUA e as preocupações com a recuperação da demanda na China compensando a menor oferta do Canadá e dos países da Opep+.

As cotações do minério de ferro na China tiveram baixa no pregão desta segunda-feira, com traders preocupados com recuperação da China estar vacilando após os fracos relatórios de dados econômicos nas últimas duas semanas.

  • Petróleo WTI, -0,14%, a US$ 71,45 o barril
  • Petróleo Brent, +0,12%, a US$ 75,67 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 2,65%, a 716,00 iuanes, o equivalente a US$ 101,87 

Bitcoin

  • Bitcoin, -0,25% a US$ 26.832,82 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

A agenda da semana tem como destaque a ata da última reunião do Federal Open Market Committee (Fomc). Na quarta feira, o Federal Reserve divulgará a ata da sua última reunião de política monetária, quando aumentou a taxa básica de juros em 0 25 ponto percentual. “O documento será importante para avaliar a possibilidade de encerramento do ciclo de altas nos EUA”, aponta o Bradesco.

No dia seguinte, será publicado o PIB do primeiro trimestre dos EUA, enquanto o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) para abril sairá na sexta-feira.

No Brasil, o destaque vai para a inflação medida pelo IPCA-15 de maio, a ser divulgada na quinta-feira (25) pelo IBGE. “Esperamos alta mensal de 0,64%, com a taxa anual estável em 4,2%”, avalia o Itaú, destacando que provavelmente haverá pressão de alimentação em casa, principalmente in natura. No que diz respeito ao núcleo da inflação, serviços devem ficar praticamente estáveis na margem, enquanto bens industriais podem desacelerar.

Além do IPCA-15, a semana reserva ainda as primeiras sondagens da FGV de maio do consumidor, na quinta, e da construção, na sexta (26).

Votação do arcabouço fiscal, IPCA-15, balanço da Oi “atrasado” e ata do Fomc: o que acompanhar na semana

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O Banco Central divulgará ainda a nota do setor externo, na sexta feira. O Itaú espera déficit de US$ 200 milhões em transações correntes, ante superávit de US$ 100 milhões registrado no mesmo mês do ano passado. A balança comercial deve registrar superávit de US$ 6,9 bilhões (com quantidade maior de petróleo e soja). Os economistas do banco projetam que o déficit em transações correntes em 12 meses alcance US$ 52,5 bilhões (2,7% do PIB).

O investimento estrangeiro direto deve apresentar resultado positivo de US$ 5,2 bilhões, resultando em superávit de US$ 83,9 bilhões em 12 meses.

Brasil

8h25: Boletim Focus

10h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, profere palestra no evento “Dois anos de autonomia do BC: lições para o futuro”, promovido pela Folha de S. Paulo

11h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se reúne com Marcos Pinto, Secretário de Reformas Econômicas

14h: Campos Neto tem reunião com representantes da TRUXT Investimentos (fechado à imprensa)

14h: Haddad se reúne com Gilson Finkelsztain, Presidente da B3

15h: Balança comercial semanal

15h30: Campos Neto tem reunião com representantes do Sistema OCB (fechado à imprensa)

16h: Haddad tem reunião com Márcio Elias Rosa, Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)

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17h: Haddad tem reunião com Fabiano Silva dos Santos, Presidente dos Correios

EUA

9h30: Discurso de James Bullard, presidente do Fed de St. Louis

11h50: Discurso de Thomas Barkin, presidente do Fed de Richmond

11h50: Discurso de Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta

zona do euro

11h: Confiança do consumidor

3. Noticiário econômico

Câmara vota arcabouço fiscal nesta quarta-feira

A semana no Congresso começa com a possibilidade de votação do Projeto de Lei Complementar das novas regras fiscais na Câmara, na quarta-feira (24). Oficialmente, a sessão ainda não foi convocada, mas, na semana passada, o relator da proposta, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), já tinha informado que, por acordo, o mérito do projeto seria votado no dia 24.

Para aprovar a proposta, são necessários pelo menos 257 votos, estando presentes os 513 deputados. A expectativa do governo é de que o texto passe com ampla maioria, como ocorreu com a urgência, na semana passada, quando o requerimento foi aprovado com 367 votos a favor e 102 contra.

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Em seguida, o texto segue para o Senado. O pedido dos senadores é para que, ao contrário da Câmara, onde o texto foi direto para o plenário por causa da urgência, na Casa o arcabouço fiscal passe por pelo menos uma comissão, provavelmente a de Assuntos Econômicos.

4. Noticiário político

Após G7, Lula mantém posição sobre guerra na Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite do último domingo (21), em declaração à imprensa, após participar da Cúpula do G7, no Japão, que mantém sua posição sobre a guerra na Ucrânia. O conflito militar no país europeu, invadido pela Rússia, foi um dos temas centrais do encontro, que contou a participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

“Ouvi atentamente o discurso do Zelensky no encontro. Ele certamente ouviu o meu discurso atentamente no encontro. E eu continuo com a mesma posição que estava antes. Estou tentando com a Índia, a China, a Indonésia e outros países, construir um bloco para a política de paz no mundo”, afirmou o presidente a jornalistas, ainda em Hiroshima, antes de embarcar de volta ao Brasil.

“O mundo não está precisando de guerra, o mundo está precisando de paz, de tranquilidade, para o mundo voltar a crescer e distribuir riqueza para quem passa fome no mundo”, acrescentou. Muito questionado sobre o assunto na coletiva de imprensa, o presidente respondeu que não foi ao encontro do G7 para discutir a guerra. Afirmou que foi debater economia e questões climáticas, e que há um foro específico, a Organização das Nações Unidas (ONU), para resolver o conflito entre russos e ucranianos.

5. Radar Corporativo

Petrobras (PETR4)

A Petrobras (PETR3;PETR4) recorrerá contra decisão do Ibama que negou pedido de licença para perfuração na Bacia da Foz do Rio Amazonas até meados da próxima semana, antes do vencimento do prazo legal, disse a empresa em comunicado ao mercado nesta sexta-feira.

“A Petrobras pretende apresentar o pedido de reconsideração antecipadamente ao vencimento do prazo legal, até o dia 24/05/2023”, disse a Petrobras.

CCR (CCRO3)

A concessionária AutoBAn, da CCR (CCRO3), aprovou a emissão de R$ 2,65 bilhões em debêntures simples com prazo de vencimento de cinco anos.

Os recursos obtidos com a emissão das debêntures serão utilizados para reforço de caixa da companhia, disse o comunicado, acrescentando que a liquidação financeira seguirá as condições habituais desse tipo de transação.

Hapvida (HAPV3)

A Hapvida informou que Irlau Machado Filho, que comandava a NotreDame Intermédica, está de saída do Conselho de Administração da empresa.

A Hapvida concluiu a aquisição da rival Intermédica no início do ano passado, e, por alguns meses, a nova companhia foi comandada conjuntamente por Machado e o atual presidente-executivo Jorge Pinheiro, à frente da Hapvida desde 2001.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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