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Friday, March 31, 2023

Commodities agrícolas: Soja e milho fecham a semana em forte alta após relatório do USDA - Money Times

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  1. Commodities agrícolas: Soja e milho fecham a semana em forte alta após relatório do USDA  Money Times
  2. Soja: Óleo dispara mais de 2% e grão trabalha com altas de dois dígitos em Chicago nesta 6ª  Notícias Agrícolas
  3. China deve comprar mais soja brasileira. QUAL É O MOTIVO?  Agrolink
  4. Acompanhe os preços da soja após o relatório do USDA  Canal Rural
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Commodities agrícolas: Soja e milho fecham a semana em forte alta após relatório do USDA - Money Times
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Arcabouço o quê? Entenda em 5 passos o plano do governo Lula para equilibrar suas contas - UOL

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta quinta (30) sua proposta para equilibrar as contas públicas e evitar que dívida pública cresça de forma prejudicial ao país.

A proposta, também chamada de arcabouço fiscal (arcabouço significa esqueleto, ou seja, as regras que darão sustentação ao equilíbrio das contas), deverá agora ser apresentada ao Congresso.

O que é e para que serve um arcabouço fiscal

O arcabouço fiscal fixa regras, parâmetros e mecanismos para equilibrar as contas públicas, de forma que o governo não gaste mais do que suas receitas, aumentando a dívida pública de forma descontrolada. Isso dá previsibilidade e segurança aos credores, permitindo que os juros cobrados caiam.

Ele é necessário porque investidores e credores levam em conta a trajetória da dívida pública de um país para tomarem decisões. Se o tamanho dessa dívida se mostra crescente em relação ao PIB e não há sinais de que a alta possa ser controlada, credores podem ver risco maior de calote e passar a cobrar mais caro para emprestar dinheiro.

Com juros mais caros, financiamentos ficam menos atrativos, o crédito para o setor privado encarece, investidores ficam menos motivados a colocar dinheiro em empresas e projetos no país. A moeda também tende a se desvalorizar, o que aumenta o risco de inflação extra. Este cenário prejudica o crescimento econômico e, consequentemente, a oferta de trabalho.


Entenda em 5 pontos.

REGRA 1. Despesas terão crescimento limitado

O arcabouço estabelece que as despesas precisam crescer num ritmo menor que a arrecadação. A porcentagem proposta é de 70%. Por exemplo, se arrecadação crescer 1%, as despesas federais só podem crescer 0,7%.

Para fazer a conta de quanto poderá gastar no ano seguinte, o governo usará as receitas primárias líquidas nos 12 meses até junho do ano em curso. (receita primária é a receita não financeira, como, por exemplo, arrecadação tributária, royalties e transferências recebidas de outros entes públicos; receita primária líquida é a receita primária total menos transferências obrigatórias aos demais entes).

REGRA 2. Crescimento das despesas terá teto e piso

O crescimento real (descontada a inflação) das despesas, de acordo com a proposta do governo, não poderá ser menor que 0,6% nem maior que 2,5%.

Por exemplo, se as receitas subirem 4%, ao aplicar a regra 1 o aumento permitido para as despesas seria de 2,8% (70% de 4%), mas a regra 2 barra essa elevação pelo teto de 2,5%. Isso impõe um limite às despesas em tempos de bonança e aumenta a possibilidade de reduzir a dívida pública, já que sobram mais recursos.

Por outro lado, também num exemplo, se as receitas não subirem nada nos 12 meses de referência, a regra 1 deixa de valer e será permitido um crescimento dos gastos de 0,6%. Isso permite que as despesas não sejam estranguladas em anos de crise

REGRA 3. Despesas com educação, saúde e emendas são exceção

A regra 1 não vale para os gastos com saúde e educação, já que essas despesas têm valores mínimos já estabelecidos pela Constituição. Nessas áreas, as despesas poderão crescer no mesmo ritmo das receitas. O mesmo vale para emendas parlamentares.

REGRA 4. Se economia não for suficiente, aperto nas despesas será maior

Na sua proposta de arcabouço fiscal, o governo estabelece um compromisso de reduzir o deficit fiscal atual (deficit fiscal o corre quando gastos superam receitas), zerando esse déficit em 2024 e obtendo superávit (sobra de receitas, já que elas superam os gastos) crescente nos anos seguintes.

Esse compromisso propõe uma margem (banda) para cima e para baixo no resultado anual das contas públicas. Por exemplo, para 2025, o governo se compromete a obter um superávit de 0,5% do PIB, variando de 0,25% a 0,27% (as bandas são de 0,25 pontos percentuais para menos e para mais).

Se a economia obtida ficar abaixo da banda inferior, a regra 1 será mais apertada: em vez de as despesas poderem crescer 70% da alta das receitas, só podem aumentar 50%.

REGRA 5. Se a economia for maior que o prometido, investimentos terão piso

Se a economia de recursos públicos ficar acima da banda proposta (entenda o que é essa banda na regra 4), o governo pode usar essa sobra de recursos para fazer investimentos em obras.

Isso aconteceria, por exemplo, se o governo obtivesse em 2024 um superávit de 3% do PIB, enquanto seu compromisso para o próximo ano é de zerar o déficit. Como 3% está acima da banda superior, de 2,5%, ele tem licença para investir o excedente.

Nesse caso, passa a existir um piso de investimentos, de cerca de R$ 75 bilhões em valores de hoje, corrigidos pela inflação de cada ano.

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Arcabouço o quê? Entenda em 5 passos o plano do governo Lula para equilibrar suas contas - UOL
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Wednesday, March 29, 2023

Governo zera impostos federais para painéis solares até 2026 - UOL Economia

O governo federal zerou os impostos cobrados sobre painéis solares. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (29).

O que aconteceu

  • A isenção vale até 31 de dezembro de 2026. Não serão cobrados Imposto de Importação, IPI e Pis/ Cofins.
  • A isenção vai valer para as empresas que fazem parte do Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores). A expectativa é de que a isenção estimule o investimento em infraestrutura verde e em novas usinas de energia solar. Esta é a avaliação do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

Com a expansão do programa para a indústria de painéis solares, uma das mais dinâmicas atualmente, espera-se um aumento significativo desses montantes nos próximos anos, com a geração de empregos de qualidade em diferentes estados do país Nota no site do MDIC

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Governo zera impostos federais para painéis solares até 2026 - UOL Economia
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Light (LIGT3): O que pesou nos resultados para as ações desabarem quase 20% nesta quarta - Money Times

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  1. Light (LIGT3): O que pesou nos resultados para as ações desabarem quase 20% nesta quarta  Money Times
  2. Light (LIGT3): ação desaba 16% após prejuízo bilionário e com atenção à estratégia para manter operações  InfoMoney
  3. 'Não vamos colocar band-aid', diz CEO da Light sobre reestruturação  Pipeline
  4. Light renegocia dívida e tenta tratamento diferenciado em renovação da concessão  UOL
  5. Light (LIGT3) descarta recuperação judicial e devolução da concessão  InfoMoney
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Light (LIGT3): O que pesou nos resultados para as ações desabarem quase 20% nesta quarta - Money Times
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Tuesday, March 28, 2023

Disparou! Ibovespa (IBOV) recupera os 100 mil pontos em dia de ata do Copom; HAPV3 avança 18% - Money Times

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  1. Disparou! Ibovespa (IBOV) recupera os 100 mil pontos em dia de ata do Copom; HAPV3 avança 18%  Money Times
  2. Ibovespa: o que o comunicado tirou a ata do Copom devolve? Por que o índice subiu 1,52% e recuperou os 100 mil pontos nesta terça  InfoMoney
  3. Ibovespa fecha em alta e volta aos 101 mil pontos após ata do BC  G1
  4. SALDO DO DIA - 28/03/23 | De volta aos 100 mil  Valor Investe
  5. Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Hapvida (HAPV3) e Ambev (ABEV3) levam Bolsa de volta aos 100 mil; Rede D’Or (RDOR3) cai  InfoMoney
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Disparou! Ibovespa (IBOV) recupera os 100 mil pontos em dia de ata do Copom; HAPV3 avança 18% - Money Times
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Otto Alencar chama ex-CEO da Americanas de "bandido" - Poder360

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  1. Otto Alencar chama ex-CEO da Americanas de "bandido"  Poder360
  2. Caso Americanas: presidente era 'centralizador', diz CEO que revelou rombo  UOL Economia
  3. Lojas americas | Agência Brasil  EBC
  4. Caso Americanas: “Lamentável e gravíssimo”, repete presidente da CVM  Metrópoles
  5. Como o 3G reagiu ao rombo da Americanas, de acordo com seu ex-CEO  O Antagonista
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Otto Alencar chama ex-CEO da Americanas de "bandido" - Poder360
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Friday, March 24, 2023

ANS suspende comercialização de 32 planos de saúde - EBC

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 32 planos de saúde de oito operadoras por causa da grande quantidade de reclamações nos últimos três meses de 2022.

A proibição do ingresso de novos clientes nesses planos entra em vigor no dia 29 de março, e terá duração de três meses.  De 1º de outubro de 2022 a 31 de dezembro de 2022, a ANS recebeu 42.043 reclamações, que tratam de descumprimento dos prazos máximos para consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial.

No total, os planos suspensos atendem 436.526 usuários.

A agência autorizou o retorno da venda de sete planos de duas operadoras, por não apresentarem mais risco de falhas na assistência à saúde aos beneficiários.

A ANS faz um monitoramento e avaliação das operadoras a partir das queixas registradas pelos usuários. Os planos com grande quantidade de reclamações têm a venda suspensa e são reavaliados trimestralmente. Aqueles que sanarem as falhas são liberados a comercializar novamente.

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ANS suspende comercialização de 32 planos de saúde - EBC
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Preços da soja e derivados degringolaram na semana - Agrolink

Esta semana foi de degringolada geral dos preços da soja e derivados em Chicago, assim como no Brasil. A tensão financeira com a crise bancária, especialmente nos EUA; a nova alta nos juros básicos dos EUA, deixando os títulos públicos estadunidenses ainda mais atrativos; e o recuo nos preços do petróleo para níveis ao redor de US$ 76,00 o barril, fato que puxa para baixo os grãos, especialmente o óleo de soja; e algumas revisões de safra no Brasil, indicando que, apesar da enorme quebra no Rio Grande do Sul, o país conseguiria atingir entre 153 e 155 milhões de toneladas, graças ao recorde de produção em outros Estados da Federação, derrubaram fortemente o bushel da oleaginosa. O fechamento desta quinta-feira (23) ficou em US$ 14,19 (a mais baixa cotação desde o dia 17 de novembro passado), contrae US$ 14,91 uma semana antes. Salientando que para novembro, momento da futura colheita dos EUA, o bushel já está em US$ 12,58.

Neste contexto, enquanto o mercado espera o relatório de intenção de plantio dos produtores estadunidenses, previsto para o dia 31/03, as exportações dos EUA melhoram um pouco, puxadas pela demanda chinesa. O volume embarcado na semana encerrada em 16/09 ficou em 716.618 toneladas, chegando próximo do teto da meta esperada para   aquela semana, e elevando para 44,1 milhões de toneladas o total embarcado no atual ano comercial. No ano passado, na mesma época o volume total era pouco superior a 42 milhões de toneladas.

Por outro lado, especialmente devido a forte quebra na safra da Argentina, um novo levantamento sobre a safra de soja 2022/23 da América do Sul, traz um volume total de 193,5 milhões de toneladas, contra 218,2 milhões projetados em novembro, porém, ainda 5% acima do produzido na frustrada safra do ano anterior, que foi de 184,7 milhões de toneladas. A área total semeada na região foi de 66,85 milhões de hectares, porém, a seca só permitirá a colheita de 64,33 milhões, ficando abaixo da área colhida do ano anterior, que foi de 64,5 milhões de hectares. Neste levantamento, a produção brasileira está estimada em 150,8 milhões de toneladas, devido a quebra no Rio Grande do Sul, com aumento de 16% sobre a safra anterior, que foi de 129,7 milhões de toneladas. Lembrando que a ABIOVE ainda estima safra um pouco acima de 153 milhões de toneladas, e que o Rally da Safra, coordenado pela Agroconsult, aponta 155 milhões de toneladas.

O levantamento indicou uma área total semeada no Brasil de 43,99 milhões de hectares, contra 42,11 milhões no ano anterior. Na Argentina, para uma área a ser colhida de 14 milhões de hectares (o plantio teria sido de 16,5 milhões), o potencial de produção está em apenas 27 milhões de toneladas. Ou seja, um recuo de 37% sobre as 43 milhões colhidas no ano anterior. Já no Paraguai, a área ficou em 3,8 milhões de hectares e a produção deverá alcançar 9,7 milhões de toneladas no somatório das safras de verão e inverno (lá tem-se duas safras no ano), contra apenas 4,54 milhões na frustrada safra anterior. Na Bolívia, a área teria atingido um novo recorde, de 1,49 milhão de hectares, com uma produção final estimada em 3,5 milhões de toneladas, ou seja, 18% abaixo do colhido em 2021/22, que foi de 4,25 milhões de toneladas. E no Uruguai, com uma área semeada de 1,22 milhão de hectares (+5% sobre o ano anterior), o clima seco trouxe a parte colhida para 1,05 milhão, com recuo de 13,9% sobre o esperado. Com isso, o potencial de colheita caiu 22% sobre o registrado em 2021/22 e 27% sobre o esperado inicialmente para este ano, devendo o volume total ficar em 2,5 milhões de toneladas. 

Pelo lado da demanda, uma situação que vem prejudicando muito os preços brasileiros da soja, está no fato de que a China, diante do atraso da colheita e oferta da nova safra do Brasil, vem comprando cada vez mais soja dos EUA neste momento. Nos primeiros dois meses de 2023 o aumento das compas chinesas junto ao país da América do Norte foi de 15,4%, tendo adquirido 11,6 milhões de toneladas. Já as importações chinesas, de soja oriunda do Brasil, caíram 36%, para 2,24 milhões de toneladas. Com isso, as importações totais de soja, por parte da China, no período considerado, somaram 16,2 milhões de toneladas, conforme dados da Âlfandega da China divulgados no início de março.

Este contexto, somado ao atraso nos embarques de soja junto aos portos brasileiros; ao alto de tempo de espera dos navios para embarcarem (em Paranaguá chegando a 30 dias); aos estoques de cobertura das fábricas moageiras, avançando para o maio/junho; e ao período de compras da China indo para maio e junho, fato que gera falta de espaço de armazenagem no interior do país; e mais a uma safra que, mesmo com os problemas gaúchos, ainda será recorde, está derrubando os preços dos prêmios nos portos nacionais. “Nos últimos dias, negócios foram registrados com prêmios de até 50 centavos de dólar negativos, ou seja, 50 centavos de dólar abaixo dos valores do bushel praticados na Bolsa de Chicago para o contrato maio/23.” 

Esta queda nos prêmios, acompanhada de forte recuo em Chicago, com um câmbio que voltou aos patamares de R$ 5,20 a R$ 5,25 durante a semana, derrubaram os preços da soja aos produtores do país. No Rio Grande do Sul, a média gaúcha veio para R$ 159,19/saco, sendo que as principais praças locais negociaram o produto a R$ 151,00/saco. Tais preços nominais não eram vistos desde o final de novembro de 2021 (mesmo assim, naquela época, as principais praças gaúchas ainda pagavam entre R$ 154,00, e R$ 155,00/saco). Lembrando que no ano passado, nesta época, a média de preço no Estado gaúcho batia em R$ 203,76/saco. Apesar disso tudo, atualmente os produtores brasileiros, em sua maioria, continuam segurando a soja colhida, na expectativa de preços melhores, apesar de a tendência, por enquanto, indicar dificuldades para isso. Claramente, entre outubro passado e fevereiro do corrente ano, ocorreu a melhor janela de vendas desta safra, até este momento. Mais uma vez se confirma a importância da estratégia de se fazer média de comercialização.

Já nas demais praças brasileiras, o recuo igualmente foi importante, com o saco de soja fechando a semana entre R$ 138,00 e R$ 143,00/saco. Nestas regiões, a entrada da colheita é intensa, com o Mato Grosso já praticamente tendo encerrada a mesma, e o volume é recorde em muitas localidades. Um ano atrás, tais preços giravam entre R$ 177,00 e R$ 191,00/saco.

Dito isso, a colheita vem avançando no Brasil. Até o dia 17/03 a mesma atingia em torno de 65% da área total, contra 74,3% colhidos no mesmo período da safra passada, e aquém dos 67,5% da média histórica. 

Por sua vez, as exportações de soja, por parte do Brasil, atingiram a 563.600 toneladas diárias até a terceira semana de março, superando a média de 554.100 toneladas em igual período do ano anterior. 
 
Por outro lado, com base no Rally da Safra, a Agroconsult considera possível o Brasil alcançar o recorde de 155 milhões de toneladas de soja neste ano, apesar da forte quebra gaúcha. Isso seria possível graças a perspectiva de recordes de produtividade em oito Estados: Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, São Paulo e Rondônia. Neste cenário, a produtividade média brasileira atingiria 59,1 sacos/hectare. O resultado final virá quando tivermos realmente o volume colhido no Rio Grande do Sul, cujas quebras continuaram aumentando após o último relatório da Emater, já que não vieram chuvas consistentes e generalizadas até o momento, neste mês de março. Com cerca de 5% da área colhida no Estado, a produtividade média estacionava ao redor de 33 sacos/hectare. Ou seja, uma quebra ao redor de 50% em relação ao esperado. Se isso se confirmar até o final, as perdas totais gaúchas girariam ao redor de 10 milhões de toneladas de soja em relação ao esperado.

Especificamente sobre Santa Catarina, a área de cultivo foi elevada para 730.600 hectares e a produção daquele Estado atingiria 2,74 milhões de toneladas, quando o prognóstico inicial, na safra 2022/23, era de 2,61 milhões de toneladas. Somando à segunda safra – recém cultivada em 60.000 hectares – a produção em 2023 deve chegar próxima a três milhões de toneladas. 

Diante deste quadro, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) ainda espera que o esmagamento de soja no Brasil atinja um novo recorde neste ano, ao bater em 52,5 milhões de toneladas. A produção de farelo de soja ficaria em 40,2 milhões de toneladas e a de óleo de soja em 10,7 milhões. Vale mencionar que o consumo interno de óleo de soja foi atualizado para 8,95 milhões de toneladas, considerando que o governo federal autorizou a mistura de 12% de biodiesel, no diesel normal, a partir de abril. Já em termos de exportação, a entidade projeta os seguintes volumes: soja em grão com 92,3 milhões de toneladas, farelo de soja com 20,7 milhões, e óleo de soja com 2,15 milhões. A receita esperada com as exportações dos produtos do complexo soja pode superar os US$ 66 bilhões neste ano, o que seria mais um recorde histórico. Para a Abiove, em 2022, a colheita total de soja no Brasil teria ficado em 129,9 milhões de toneladas, e o esmagamento em 50,9 milhões.

Já nossas exportações, segundo a Secex, em 2022 ficaram em 78,7 milhões de toneladas para o grão, 20,4 milhões em farelo e 2,6 milhões em óleo. O valor total gerado pelas exportações do complexo soja, no ano passado, foi de US$ 61 bilhões. As vendas internas de farelo foram de 18,9 milhões de toneladas e as de óleo de 7,2 milhões, volume que inclui as vendas para mistura de biodiesel, na época mantida em 10% durante todo o ano.

Enfim, mesmo com o aumento da mistura de biodiesel para 12%, a partir de abril, os estoques finais de óleo de soja deverão crescer em 2023, caso a safra final supere as 150 milhões de toneladas. Tais estoques ficariam em 665.000 toneladas, contra  507.000 em 2022. O consumo de óleo de soja, para o biocombustível no Brasil, vai aumentar 23,5% em 2023, atingindo a 5,8 milhões de toneladas, enquanto o consumo brasileiro geral, de óleo de soja, deverá subir 12,4%, para 8,5 milhões de toneladas. No ano passado, o óleo de soja respondeu por cerca de 65% da produção de biodiesel, com outros óleos vegetais e gorduras animais respondendo pela oferta restante da matéria-prima. 

A análise é da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário - CEEMA
 

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Categoria petroleira reforça luta contra as privatizações e começa a aprovar estado de greve - FUP - Federação Única dos Petroleiros

Nas paralisações que envolveram as bases de todos os 13 sindicatos da FUP, trabalhadores do Sistema Petrobrás cobraram o cumprimento do projeto de reconstrução da empresa, que foi aprovado nas urnas. Assembleias já começaram e estão aprovando estado de greve pela suspensão das privatizações

[Da imprensa da FUP]

As trabalhadoras e os trabalhadores petroleiros, próprios e terceirizados, deram o recado aos bolsonaristas que ainda seguem entranhados na gestão da Petrobrás: tá na hora de já ir embora.

Da Refinaria de Manaus (Reman) à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, as mobilizações desta sexta-feira, 24, reforçaram a luta contra as privatizações e pela reconstrução imediata do Sistema Petrobrás.

Todos os 13 sindicatos da FUP realizaram atos pelo país afora, mobilizando a categoria petroleira, que começou hoje as assembleias, aprovando o indicativo de estado de greve. A consulta aos trabalhadores prossegue até o dia 07 de abril.

Trabalhadores aprovam estado de greve na primeira assembleia da Lubnor, refinaria que a gestão bolsonarista da Petrobrás quer concretizar a venda. Foto: Sindipetro CE

Os atos tiveram cobertura ao vivo pela manhã, no canal da FUP no Youtube, com participação dos trabalhadores que lideravam o movimento nos diversos estados do país.

“O recado está sendo dado. A categoria seguirá mobilizada, exigindo um basta às privatizações que continuam sendo tocadas de forma velada pela gestão bolsonarista, que ainda permanece e insiste em tirar a Petrobrás do povo brasileiro”, afirmou o diretor de comunicação da FUP, Tadeu Porto, que comandou a live (veja abaixo).

O coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, participou do ato realizado pelo Sindipetro Bahia na base de Taquipe, que faz parte do Polo Bahia Terra, um dos ativos da Petrobrás que estão na lista de privatização da gestão bolsonarista. Ele reforçou a importância da categoria continuar mobilizada e pressionando a nova gestão da empresa para que reveja os atos privatistas herdados do governo Bolsonaro.

No último dia 17, a diretoria da Petrobrás aprovou a continuidade da venda da Lubnor (CE) e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, na contramão da orientação do governo Lula, via Ministério das Minas e Energia, para que a empresa interrompesse as privatizações.

Apesar de quase três meses do governo Lula, a diretoria da estatal e o Conselho de Administração ainda seguem ocupados por indicados de Bolsonaro, que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos e boicotam as propostas de reconstrução da empresa.

Trabalhadores da Base 61, em São Mateus, no Norte Capixaba, um dos ativos que a gestão bolsonarista está tentando concretizar a venda. Foto: Sindipetro ES

O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, ocupa interinamente o cargo, pois precisa ser referendado pela Assembleia Geral Ordinária dos acionistas (AGO), e, enquanto isso, segue isolado no comando da empresa, até que a diretoria indicada pelo governo Lula assuma.

Somente na quarta-feira, 22, após pressão das entidades sindicais e sob a iminência de uma greve, o Conselho de Administração aprovou a nova diretoria, que tomará posse no próximo dia 29.

Estado de greve

Durante as paralisações desta sexta, os sindicatos iniciaram as assembleias, discutindo com os trabalhadores a necessidade de intensificar as mobilizações e aprovar estado de greve, pressionando para que a nova gestão e o governo Lula consigam suspender os processos de privatização que ainda estão sob a gestão dos bolsonaristas.

A resposta dos trabalhadores nas primeiras assembleias vem sendo de aprovação dos indicativos da FUP e dos sindicatos.

A decisão sobre os processos de privatização que tiveram início na gestão de Bolsonaro mas não foram concluídos deverá ser pauta da próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobrás e caberá à AGO, prevista para 27 de abril, a deliberação final.

A FUP tem realizado diversas ações políticas e jurídicas para que a União cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados no CA a votarem pela suspensão das privatizações.

Confira as bases que realizaram mobilizações

Amazonas

Refinaria Isaac Sabbá (Reman)

Bahia

Base de Taquipe – São Sebastião do Passé 

Rio de Janeiro

Refinaria Duque de Caxias (Reduc)

Heliporto de Farol de São Thomé, Campos dos Goytacazes

Ceará

Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor)

Rio Grande do Norte

Polo Guamaré, Refinaria Clara Camarão

Pernambuco

Suape – Refinaria Abreu e Lima e  Terminal da Transpetro

Espírito Santo

São Mateus, Base 61

Minas Gerais

Refinaria Gabriel Passos (Regap)

São Paulo

Refinaria de Paulínia (Replan)

Refinaria Capuava (Recap)

Terminal da Transpetro em Guarulhos

Mato Grosso do Sul

Termelétrica LCP, Três Lagoas

Distrito Federal

Terminal da Transpetro e sede da Petrobrás em Brasília (Esbras)

Paraná

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)

Usina do Xisto (SIX)

Santa Catarina

Terminal da Transpetro de Itajaí

Rio Grande do Sul

Refinaria Alberto Pasqualini (Refap)

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Banco do Brasil oferece até 95% de desconto em ação de renegociação de dívidas - Extra

Os acordos, nesses casos, podem ser contratados por meio da Central de Relacionamento (número 40040001 para capitais ou 08007290001 para demais regiões), app BB, whatsApp (enviando #renegocie para o número 61 40040001), internet banking e agências.

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Thursday, March 23, 2023

Depois da ‘Super Quarta’, a ‘Super Queda’: Ibovespa (IBOV) atinge menor patamar desde julho de 2022 - Money Times

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  1. Depois da ‘Super Quarta’, a ‘Super Queda’: Ibovespa (IBOV) atinge menor patamar desde julho de 2022  Money Times
  2. Ibovespa cai 2,3%, perde os 98 mil pontos e fecha no menor patamar desde julho: o que esperar agora?  InfoMoney
  3. Um dia após BC manter juros, Bolsa cai 2%, fecha aos 97 mil pontos e atinge o pior patamar desde novembro de 2020  Jovem Pan
  4. Por que a bolsa caiu 2,46% e perdeu o patamar de 100 mil pontos  GZH
  5. Ânimos entre governo e BC se exaltam e Ibovespa perde os 100 mil pontos  VEJA
  6. Ver cobertura completa no Google Notícias

Depois da ‘Super Quarta’, a ‘Super Queda’: Ibovespa (IBOV) atinge menor patamar desde julho de 2022 - Money Times
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Jean Paul vê diretoria de controle como entulho da Lava Jato na Petrobras - Política Estadão

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem defendido em reuniões fechadas com aliados que a Diretoria de Governança e Conformidade, criada em 2014 para evitar casos de fraudes e desvios de recursos, é um entulho da Operação Lava Jato e engessa a administração da estatal. Prates critica principalmente a prerrogativa de que a diretoria dispõe de vetar projetos da empresa antes de serem encaminhados para a análise do Conselho de Administração (CA). A atribuição, segundo ele, tornou a área mais influente do que estruturas análogas existentes em outras companhias. Assim, o presidente cogita rebaixá-la ao status de cargo executivo vinculado à área jurídica ou ao CA.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. 02/03/2023. Foto: Pilar Olivares/REUTERS

A diretoria de Governança e Conformidade é a única que não foi incluída no programa de reestruturação em curso na Petrobras, o que foi interpretado por executivos como um sinal de que passará por alterações.

Questionada, a assessoria da companhia informou que encomendou um estudo sobre as práticas as melhores práticas de controle interno no mercado. “Áreas de compliance em geral não são funções estatutárias”, disse. “O mais comum é ter um executivo independente da gestão, vinculado à área jurídica ou vinculado diretamente ao Conselho de Administração”.

A estatal informou, porém, que não pretende fazer alterações antes do fim do mandato do atual diretor, Salvador Dahan, com o fim previsto para maio, e que “eventuais mudanças seguirão todo o rito de aprovação previsto na regra vigente e serão comunicadas ao mercado”.

Pessoas próximas ao presidente da Petrobras avaliam que, antes de efetuar a alteração, Jean Paul quer deter o controle sobre o conselho, com a nomeação dos indicados pelo atual governo.

A ideia tem respaldo de sindicalistas, segmento próximo do PT. “(A diretoria) gerou nicho de mercado para pessoas ligadas ao lavajatismo dentro da companhia. Pode ser um staff ou uma gerência ligada à presidência, mas uma diretoria é um exagero”, diz o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

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Dahan ocupa o cargo desde 2021 e, antes de ir para a petroleira, comandou as áreas de controle no Grupo Gerdau e na Nissan. A escolha é feita pelo conselho a partir de uma lista tríplice elaborada por uma empresa de recrutamento independente.

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Wednesday, March 22, 2023

Governo eleva estimativa de receita em R$ 117 bilhões e reduz projeção de déficit para 1% do PIB em 2023 - InfoMoney

O governo apresentou, nesta quarta-feira (22), o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, com reestimativas para os principais indicadores das contas públicas em 2023.

O documento, divulgado conjuntamente pelo Ministérios da Fazenda e pelo Ministério Planejamento e Orçamento, mostra uma melhora nas estimativas para o resultado primário, reduzindo o déficit de R$ 228,1 bilhões (2,1% do Produto Interno Bruto) para R$ 107,6 bilhões (1,0% do PIB) − patamar considerado como objetivo pelo ministro Fernando Haddad (PT) no primeiro ano de gestão.

A maior parte da mudança é explicada por um aumento de R$ 117 bilhões nas estimativas para a receita primária total, de R$ 2,259 trilhões conforme a Lei Orçamentária Anual de 2023, para R$ 2,376 trilhões.

Neste campo, o destaque fica com R$ 54,6 bilhões adicionais nas projeções em Cofins, R$ 26 bilhões no repasse dos patrimônios não reclamados do PIS/Pasep, R$ 18,7 bilhões em Imposto de Renda e outros R$ 9,2 bilhões em PIS/Pasep.

No caso da Cofins, o aumento reflete a reoneração parcial dos combustíveis, que entrou em vigor em 1º de março, com a edição da Medida Provisória nº 1.163/2023, além da própria exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos de PIS/Cofins.

Do lado das despesas, houve uma redução nas projeções em R$ 10,6 bilhões, passando de R$ 2,034 trilhões na LOA de 2023 para R$ 2,023 trilhões.

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Contribuíram para a mudança nas estimativas a redução de R$ 7 bilhões nas despesas planejadas com o programa Bolsa Família, em razão de “pente-fino” feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social, e de R$ 5,8 bilhões em benefícios previdenciários.

Com isso, as projeções de espaço em relação aos limites impostos pelo teto de gastos − regra fiscal que limita a evolução de despesas em um ano à inflação acumulada no exercício anterior − passaram para R$ 13,6 bilhões, aumento de R$ 10,2 bilhões ante o estimado na LOA.

Em apresentação a jornalistas, o secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Rogério Ceron, destacou que o relatório traz estimativas conservadoras por não incorporar questões ainda não materializadas, e disse que os números mostram um esforço do governo federal em busca do equilíbrio das contas públicas.

“Esse relatório é formal, ele acaba sendo, em alguma medida, conservador em algumas estimativas, não incorpora questões que ainda não estão materializadas, indica que estamos trilhando um caminho seguro, [para] gradativamente recuperar a credibilidade fiscal e a solvência do país”, afirmou.

Os números, no entanto, não incluem os impactos do reajuste adicional do salário mínimo, que passará de R$ 1.302,00 para R$ 1.320,00, conforme anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em fevereiro.

Segundo o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, Paulo Bijos, isso não foi feito porque a equipe econômica considera, para a elaboração do documento, a grade de parâmetros disponibilizada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, que ainda não havia inserido os números referentes ao novo patamar do salário mínimo.

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Caso se confirme a promessa de que o valor de R$ 1.320,00 entrará em vigor a partir de 1º de maio, o impacto estimado pelo Planejamento é de cerca de R$ 4,5 bilhões, com base nos efeitos sobre a Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Isso não implicaria a necessidade de contingenciamento, tendo em vista que o espaço frente à meta oficial é superior a R$ 100 bilhões e que o espaço frente ao teto é da ordem de R$ 13 bilhões. Ou seja, nem por uma regra fiscal, nem por outra, haveria necessidade nem de contingenciamento para cumprir meta, nem de bloqueio para cumprir o teto de gastos”, afirmou Bijos.

Os cálculos também não consideram o acordo firmado pela União com os 27 governadores para compensar as perdas de receitas geradas pelas novas legislações referentes à cobrança de ICMS, com impacto estimado em R$ 26,9 bilhões, a ser incorporado gradualmente nas contas públicas.

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Tuesday, March 21, 2023

Haddad vê boa vontade da política e projeta aprovação de arcabouço e reforma tributária ainda em 2023 - InfoMoney

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o apoio da Câmara e do Senado será importante para que as propostas da nova regra fiscal e também da Reforma Tributária avancem sem percalços no Legislativo. Em fala que marcou o encerramento de um seminário promovido pelo BNDES, o atual chefe da pasta afirmou que antes mesmo da tramitação nas Casas, o ambiente em conversas preliminares é de cooperação.

O chefe da Fazenda afirmou que é importante “ter um plano de voo definido”, e de acordo com seu cronograma, o planejamento é que as medidas sejam aprovadas ainda em 2023. De acordo com Haddad, até o fim do primeiro semestre deverá ser concluída a discussão na Câmara, com o debate no Senado iniciando posteriormente.

Além do engajamento dos presidentes das Casas, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o bom andamento dos projetos, o ministro da Fazenda fez um aceno à oposição ao afirmar que a postura dos parlamentares contrários ao governo está baseada atualmente em um diálogo construtivo. Nos bastidores, tem sido ventilada a possibilidade de que PP ou União Brasil fiquem com a relatoria do novo arcabouço, o que poderia configurar um cenário não tão favorável ao governo.

“A oposição tem discernimento para separar o que é governo e o que é Estado. Estamos criando um ambiente favorável de concluir no primeiro semestre com a apresentação, e aprovar no segundo semestre”, disse Haddad.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o texto da nova regra fiscal deverá ser divulgado publicamente após a viagem da comitiva presidencial à China. Em entrevista ao site Brasil 247, o mandatário argumentou que a apresentação da proposta implica diretamente em um tempo de permanência no país, para que sejam concedidas explicações detalhadas à sociedade.

No início da sua fala feita por meio de videoconferência, o ministro da Fazenda reafirmou a necessidade de garantir a sustentabilidade das contas públicas para “honrar compromissos de campanha”, com o crescimento da economia e a execução de políticas públicas sociais, além de estabelecer novos compromissos ambientais.

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“O atual arcabouço [teto de gastos] pode ser substituído por uma regra mais inteligente e flexível, que conduza o país para menor risco para descontrole inflacionário e trajetória de dívida, que descortine um horizonte e nos permita tratar com mais dignidade o cidadão brasileiro”, frisou.

Além da interlocução com parlamentares com o objetivo de aprovar as diretrizes que vão contemplar o tom da política fiscal neste mandato de Lula, Fernando Haddad também busca a convergência de representantes dos diversos setores da economia para aprovar a nova âncora.

Serviços e agronegócio têm se sentido desprestigiados com a perspectiva de oneração excessiva na reforma tributária, e já se manifestaram de maneira contrária à implementação de uma alíquota única. O ministro disse que o governo tem demonstrado a sensibilidade necessária para analisar as reivindicações de cada setor.

“Vamos substituir um sistema tributário caótico para que as pessoas saibam exatamente o que devem. Tirar da informalidade setores que estão encadeados nas atividade econômica, mas não estão incluídos no sistema tributário”, defendeu.

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Monday, March 20, 2023

Alckmin diz que ‘nada justifica’ juro real de 8% e afirma que ‘inflação tira do mais pobre e dá para o mais rico’ - Jovem Pan

Durante participação em seminário, o vice-presidente afirmou que o país precisa se desenvolver sem retomar a alta da inflação

PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO Alckmin Alckmin revelou que nova âncora fiscal e reforma tributária são pautas prioritárias do governo
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, criticou o patamar de juros da economia brasileira nesta segunda-feira, 20. Durante participação em seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ele declarou que não há nada que justifique o juros real de 8% no Brasil e que é preciso que o país trabalhe para se desenvolver com estabilidade, mas sem retomar a alta da inflação. “Não pode voltar a inflação. Inflação não é socialmente neutra, ela tira do mais pobre para os mais ricos”, discursou. De acordo com uma pesquisa realizada pela MoneYou e pela Infinity Asset Management em fevereiro, o Brasil é o país com a maior taxa de juros reais do mundo há pelo menos nove meses. Alckmin ainda revelou que o governo deve encaminhar ao Congresso o projeto da nova âncora fiscal nos próximos dias e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está empenhado na aprovação da reforma tributária. O vice-presidente ainda defendeu a reoneração dos combustíveis realizada pelo governo e iniciativas voltadas para o desenvolvimento inclusivo, citando como exemplo o aumento real do salário mínimo.

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Friday, March 17, 2023

Preço futuro do boi gordo sobe com novos casos de febre suína na China - Farmnews

Vale lembrar que um dos fatores que motivou a alta dos preços do mercado pecuário no Brasil em 2020 (clique aqui) foi justamente o surto da febre suína africana, que fez a produção de carne suína cair significativamente na China em 2019 e impulsionar as exportações de carne tanto bovina como suína do Brasil.

E por falar no assunto, clique aqui e confira como evoluíram os dados de exportação de carne bovina brasileira pela China desde 2016!

Esse foi um dos motivos que favoreceu a alta no mercado futuro do boi gordo no dia 16 de março, como ilustrado na primeira Figura abaixo, considerando o contrato com vencimento em maio de 2023 (BGIK23) . Pois é, a questão sanitária internacional mostra que o mercado pecuário no País tem pouco espaço para quedas, já que embora a expectativa de oferta no Brasil tenda a aumentar pela fase do ciclo pecuário, no mundo a oferta e a demanda segue ajustada e qualquer desequilíbrio pode novamente impulsionar a alta das carnes do Brasil. Vamos ficar atentos!

Afinal, o que é a febre suína africana, como ela se espalha, quais os riscos à saúde e à produção de alimentos no mundo? Clique aqui e confira!

A Figura a seguir apresenta a evolução diária do preço esperado do boi gordo para maio de 2023 (BGIK23), em Reais por arroba, ao longo de 2023.

preço futuro do boi
Fonte: Dados da b3 (adaptado por Farmnews)

O preço futuro do boi gordo (BGIK23) encerrou o dia 16 de março cotado a R$293,0 por arroba e apesar da alta no dia, o valor segue relativamente estável desde o fim de fevereiro.

Embora o futuro do boi gordo para maio de 2023 ainda esteja pressionado pelo aumento de oferta (clique aqui), somada a insegurança quanto ao ritmo de recuperação do consumo interno e da retomada das exportações para a China, os novos casos de febre suína, por outro lado, adicionam uma expectativa positiva para a pecuária do Brasil. E esse é um fator que pode trazer forte pressão de alta no preço do boi gordo, conforme o desdobramento do impacto e do tamanho do surto no país asiático.

No mercado físico (Cepea), a recuperação de preço segue lenta (segunda Figura), ainda no aguardo do fim do embargo. O preço médio do boi gordo (Cepea) na parcial de março de 2023, até o dia 16, de R$275,0 por arroba, valor 5,1% abaixo da média nominal de fevereiro (R$289,7) e 20,1% menor que março de 2022 (R$344,7).

A Figura a seguir apresenta a evolução diária do preço esperado do boi gordo para maio de 2023 (BGIK23) e o preço do boi gordo no mercado físico (Cepea), em Reais por arroba, ao longo de 2023.

preço futuro do boi
Fonte: Dados do Cepea (adaptado por Farmnews)

O IBGE divulgou no último dia 15 de março os dados finais do abate de bovinos no Brasil e o destaque ficou para o aumento do abate de vacas que apresentou alta de 18,7% em relação a 2021, somando o 8,01 milhões de cabeças. Aliás, clique aqui e confira os dados anuais da taxa de abate de vacas entre 2010 e 2022!

Clique aqui e receba os estudos do Farmnews pelo WhatsApp!

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Petrobras (PETR4) diz não ver fundamentos para suspender desinvestimentos assinados: qual o impacto para as empresas do setor? - InfoMoney

A Petrobras (PETR3;PETR4) informou ao mercado nesta sexta-feira (17) que realizou um estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não verificou fundamentos para suspender os projetos em que já houve contratos assinados.

Já os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise, acrescentou a companhia.

As afirmações constam em resposta da diretoria executiva da Petrobras a um ofício do Ministério de Minas e Energia, que havia pedido a suspensão do programa de desinvestimentos da Petrobras por 90 dias e gerou temor para o setor. Segundo a companhia, essa resposta foi encaminhado para apreciação de seu Conselho de Administração.

Antes do comunicado de hoje da estatal, a Seacrest havia informado que a Petrobras convidou a empresa para reiniciar as reuniões de transição em relação à aquisição do Polo Norte Capixaba. Posteriormente, a 3R RRRP3) anunciou que a estatal ratificou a continuidade do processo de transição do Polo Potiguar, impulsionando os ativos e já dando indicações sobre o comunicado posterior pela estatal.

A Petrobras tem, atualmente, cinco contratos assinados, aguardando conclusão do negócio, para venda dos ativos:

  • a refinaria Lubnor, no Ceará, para a Grepar Participações, no valor de US$ 34 milhões;
  • Polo Potiguar (campos terrestres no Rio Grande do Norte), para a 3R Petroleum, no valor de US$ 1,38 bilhão;
  • Polo Norte Capixaba (campos maduros onshore no Espírito Santo, para a Seacrest, por US$ 544 milhões;
  • Polos Golfinho e Camarupim, no pós-sal da Bacia do Espírito Santo, para a BW Energy, por US$ 75 milhões;
  • Campos de Pescada, Arabaiana e Dentão, em águas rasas da Bacia Potiguar, para a Ouro Preto Óleo e Gás (hoje 3R), no valor de US$ 1,5 milhão.

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Desta forma, os analistas de bancos, como Goldman Sachs, JPMorgan e Bradesco BBI destacaram uma visão positiva para a 3R (que depois foi confirmada com o anúncio). A reação fortemente positiva dos ativos RRRP3, que subiram mais de 15% nesta sexta, ocorre uma vez que parte do recente desempenho ruim das ações da companhia pode ser explicado pelos riscos de a Petrobras não avançar com a venda dos ativos.

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O JPMorgan destaca que a confirmação do processo pela Petrobras deve ser visto como um catalisador muito bom para os 3R.

“Neste momento, falta à 3R apenas a licença ambiental do Ibama (condição precedente para a transação), que a empresa espera obter até o final do mês. Para constar, temos a avaliação do cluster Potiguar em nossos modelos de 3R”, avalia o JP, que tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra). O preço-alvo é de R$ 100, ou um potencial de alta de 268% em relação ao fechamento da véspera.

Por outro lado, o Goldman Sachs aponta que o comunicado não tem implicações para a Petroreconcavo, que estava em negociações para comprar Bahia Terra da estatal, mas o contrato não foi assinado. “Não vemos uma implicação direta das notícias de hoje para a empresa”, afirmou. Ainda assim, as ações subiram 2,75%, a R$ 21,30.

Cabe ressaltar que algumas casas já têm reduzido as suas estimativas para a Petroreconcavo, principalmente após as declarações recentes de Jean Paul Prates, CEO da Petrobras, que garantiu nesta semana que a estatal seguirá na Bahia, incluindo o Polo Bahia Terra.

“Em sua fala com os trabalhadores no Cepe, o presidente (Prates) garantiu que a companhia voltará a utilizar o complexo mobiliário do Torre Pituba como estação de trabalho da capital baiana. Prates reforçou ainda que a Petrobras fará investimentos no Estado, incluindo o Polo Bahia Terra”, disse a estatal em nota nesta semana, sem deixar claro como seriam esses investimentos.

O Polo estava sendo negociado com um consórcio formado pela PetroReconcavo e também pela Eneva (ENEV3), mas ainda não havia sido assinada a venda. O Bradesco BBI disse acreditar que a venda do ativo Bahia Terra nesta fase é vista como improvável.

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Thursday, March 16, 2023

Graciliano Rocha - Por que a crise dos bancos bate mais fraco no Brasil do que lá fora - UOL Economia

A quebra do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos, e a crise de liquidez que levou o Credit Suisse à lona vão bater mais fraco nos grandes bancos brasileiros do que em instituições no exterior. A regulação mais pesada do Brasil ajudou a minimizar o risco de contágio dos bancos locais pelo pânico com o setor bancário global.

O colapso do SVB, banco conhecido por ser muito forte no ecossistema de startups na Califórnia, foi rápido e trouxe à tona um risco subestimado dentro do mercado americano.

Quando as taxas de juros estavam baixas e os preços dos ativos estavam altos, o SVB comprou muitos papeis de longo prazo. Mas o Federal Reserve (a autoridade monetária dos Estados Unidos) passou a aumentar as taxas de juros no ritmo mais forte desde os anos 1980, fazendo os preços destes títulos despencaram. O banco então se viu com um enorme mico na mão e quebrou.

Nos Estados Unidos, a maioria dos bancos não é obrigada a contabilizar a queda no preço dos títulos que mantém até o vencimento. Somente os maiores bancos devem fazer essa conta, tecnicamente chamada de marcação a mercado. Mas, como teve problemas de liquidez (falta de dinheiro, em linguagem de gente), o SVB teve de vender títulos na baixa e as perdas não reconhecidas em balanço se tornaram reais.

É o medo da incerteza sobre a quantidade de títulos que perderam valor dentro da contabilidade de cada banco mundo afora um dos vetores do susto dos investidores com o sistema bancário.

Um relatório de analistas do JPMorgan, obtido pela coluna, considera que o risco de contaminação dos grandes bancos brasileiros é baixo por duas razões:

1) a queda nos preços dos títulos disponíveis para venda, detidos pelos bancos, já está refletida no valor contábil dos bancos. A Circular nº 3068 de 2001, que estabelece critérios para registro e avaliação contábil de títulos e valores mobiliários, manda que os bancos façam a marcação a mercado.

2) Para os analistas do JPMorgan, mesmo as perdas embutidas mantidas até o vencimento -fonte da encrenca nos EUA- não são relevantes para os maiores bancos brasileiros. A exposição a perdas com esses títulos no balanço dos bancos era pequena em dezembro de 2022, segundo o relatório:

  • Itaú Unibanco: R$ 5 bilhões em perdas embutidas (3,4% do patrimônio líquido).
  • Bradesco, R$ 4 bilhões (2,4%)
  • BTG Pactual, R$ 250 milhões (0,6%)
  • Banco do Brasil, R$ 500 milhões (0,4%)
  • Santander Brasil, R$ 200 milhões (0,2%)

O relatório, datado de 10 de março, conclui a análise: "Vemos bancos de grande capitalização no Brasil em posições líquidas e os debates pairando mais sobre o custo subindo com o aumento da Selic do que sobre a escassez de recursos".

No mesmo caminho, foi a agência de classificação de risco Moody's, estendendo a análise para o restante da América Latina nesta quinta-feira (16): "Apenas o Bradesco e Banco de Crédito e Investimentos do Chile têm operações próprias nos Estados Unidos e os riscos destes bancos estão relativamente contidos dado que se tratam de operações pequenas".

***

Se você é acionista de um grande banco brasileiro, há outras razões para estar amuado. Desde o início do ano, o valor de mercado ("market cap", em dialeto faria-limer) de Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil e BB já encolheu R$ 74 bilhões (-11%, no total).

Há o fator das perdas com as Americanas, que pegou os bancos de surpresa em janeiro. A ação do Santander, por exemplo, atingiu seu pico este ano no dia 11 de janeiro, véspera da varejista surpreender o mercado com o anúncio do rombo de R$ 20 bilhões.

Mas a baixa nas cotações dos bancões é, sobretudo, um reflexo da fuga dos títulos de renda variável para a renda fixa com uma Selic alta (taxa básica de juros, hoje em 13,75%). Isso fez com que alguns títulos de renda fixa com bom rating (baixo risco) cheguem a oferecer uma remuneração do IPCA (inflação) mais 7% ao ano.

O lendário investidor Warren Buffett tornou famosa a frase "Never bet against America" (Nunca aposte contra a economia americana, em tradução não literal). Na Faria Lima foi feita uma adaptação um pouco mais amarga: "Nunca aposte contra a Selic."

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Wednesday, March 15, 2023

Ibovespa chega a cair mais de 2% com “efeito Credit Suisse”, mas fecha com perdas de 0,25%: o que atenuou a queda do índice? - InfoMoney

O Ibovespa fechou em queda de 0,25% nesta quarta-feira (15), aos 102.675 pontos, uma leve baixa em um dia marcado pela aversão ao risco no mundo por conta dos temores em relação à crise do Credit Suisse. Na mínima do dia, o índice chegou a cair 2,17%, a 100.692 pontos.

“Sabemos que a aversão ao risco continua muito forte. Se antes tínhamos o temor de um contágio devido ao que aconteceu no  Silicon Valley Bank, agora temor o temor de um contágio em virtude do Credit Suisse. É um grande banco com dificuldades em suas operações”, comenta Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.

O banco suíço, já há algum tempo, vem enfrentando adversidades em suas atividades. Hoje, a crise foi desencadeada pela afirmação do Saudi National Bank, maior investidor do CS, que afirmou que não fará mais aportes para auxiliar a instituição financeira.

A possibilidade da falência de um grande banco do mundo aumenta a aversão ao risco. O VIX, considerado o índice do medo, subiu 9,23%, aos 25.91 pontos.

No final do dia, o Banco Nacional Suíço anunciou, porém, que irá fornecer liquidez ao Credit Suisse caso seja necessário. Foi, em parte por isso, que os índices no Brasil e no mundo tiveram suas quedas amenizadas.

Após chegar a cair 2,15%, o Dow Jones fechou recuando 0,87%. O S&P 500 chegou a recuar 1,90%, mas fechou com baixa de 0,70%. O Nasdaq, que caiu mais de 1%, fechou com alta de 0,05%.

“Paira, no mercado, uma desconfiança em relação às instituições financeiras globais”, debate Madruga. “A gente teve ainda diversos movimentos bastante representativos no mercado. Os títulos do tesouro americano caíram, por exemplo. As crises nos dão indícios de que o Federal Reserve pode subir a taxa de juros em 25 pontos-base na sua próxima reunião e parar por ai”.

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Com a alta dos juros dificultando a vida dos bancos, e com as novidades neste noticiário ganhando força, cresce entre investidores a tese de que a autoridade monetária americana será mais branda em suas próximas decisões – evitando que a crise se fortaleça e também impedindo um aumento do risco sistêmico.

“Os dados divulgados hoje de inflação ao produtor (IPP) e Vendas no Varejo nos Estados Unidos demonstram que o aperto monetário parece começar a fazer efeito e pode oferecer uma pressão menor ao Fed em meio a toda turbulência”, afirma Leandro De Checchi, analista de Investimentos da Clear.

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O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos caiu 0,1% em fevereiro em dados dessazonalizados, ante uma alta ajustada de 0,3% em janeiro e um consenso de alta de 0,3%. As vendas das varejistas no mesmo país e no mesmo mês recuaram 0,4% na base mensal, ante consenso de queda de 0,3%.

Os treasuries yields para dois anos, com tudo isso, perderam 30,6 pontos-base, a 3,919%, e os para dez anos perderam 15,9 pontos, a 3,477%.

O dólar ganhou força mundialmente, com investidores procurando uma moeda segura em meio às tensões. O DXY, que mede a força da moeda americana frente a pares de países desenvolvidos, subiu 1,06%, aos 104.69 pontos. Frente ao real, a alta foi de 0,70%, com a divisa dos EUA negociada a R$ 5,294 na compra e na venda no fechamento.

“Por aqui, o Ibovespa iniciou o dia em forte queda, puxado principalmente por ações de empresas ligadas a commodities, mas recuperou-se durante o pregão com as altas do setor financeiro e Eletrobras. A curva de juros segue volátil, mas recua com a perspectiva de alívio na inflação global e expectativa com a divulgação de uma nova âncora fiscal”, explica o especialista da Clear.

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Os DIs para 2024 perderam 13 pontos-base, a 12,94%, e os para 2025, 20 pontos, a 12,04%. As taxas dos contratos para 2027 recuaram 10,5 pontos, a 12,50%, e as dos contratos para 2029, oito pontos, a 12,95%. Os DIs para 2031 foram a 13,15%, com menos oito pontos.

Entre as maiores altas do Ibovespa, com ísso, ficaram companhias ligadas ao mercado interno e mais alavancadas. As ações ordinárias da Méliuz (CASH3), que também divulgou seu resultado do quarto trimestre na véspera, subiram 14,44%, as da MRV (MRVE3), 7,19%, e as da Natura (NTCO3), 6,63%,

Quem segurou a queda do índice brasileiro foram, principalmente, as companhias exportadoras de commodities. As ações ordinárias da CSN (CSNA3) perderam 6,12%, as preferenciais da Gerdau (GGBR4), 4,66% e as ordinárias da 3R Petroleum (RRRP3), 3,58%.

O temor com a economia global, em meio à crise no sistema financeiro, se somou com uma produção industrial chinesa mais fraca do que o esperado em fevereiro, com alta de 2,4% ante consenso de 2,6%, e a dados do estoque de combustíveis nos Estados Unidos maiores do que o esperado.

O barril de petróleo Brent fechou em queda de 3,71%, a US$ 74,58, após ter recuado 6% durante o pregão.

Além da melhora no cenário global no final do dia, o Ibovespa também surfou nas expectativas quanto ao novo arcabouço fiscal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou que ainda não viu o projeto, mas mencionou que ele deve ser apresentado antes de sua viagem para a China, que acontece no final do mês.

“Há dois temas bem engatilhados para dar um ânimo na Bolsa brasileira. O primeiro é o novo conjunto de regras fiscais, que se for bem acordado entre os ministros é algo positivo, para não ficar só no papel, ser bem percebido pelo mercado e dar a visão de que será atingido. O outro é a reforma tributária, que acho que está mais transparente e está sendo bem recebido pelo mercado”, afirma Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

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Ibovespa fecha em queda influenciado pelo temor ao risco - BM&C NEWS

Ibovespa fecha em queda em seu último pregão antes do segundo turno das eleições

Nesta quarta-feira (15), o Ibovespa fechou o pregão em queda, influenciado pelo sentimento de cautela que reina no mercado mundial, após falência de dois bancos americanos, que acabou instaurando uma crise no setor bancário que foi agravada pelas dúvidas em torno da saúde financeira do Credit Suisse. As ações do banco suíço atingiram a mínima histórica nesta quarta-feira e ainda contaminam os papéis de outros bancos.

O Credit Suisse viu retiradas de clientes de mais de 110 bilhões de francos suíços, ou R$ 625 bilhões, no quarto trimestre, enquanto uma série de escândalos, riscos herdados e falhas de conformidade continuam a atormentar o banco.

Entre os indicadores do dia, o Índice de Preços ao Produtos (IPP) dos EUA apresentou leve queda de 0,1% em fevereiro ante o mês anterior, mostrou o Departamento do Trabalho. O núcleo do IPP, por sua vez, ficou estável no segundo mês do ano, ante previsão de +0,4% das estimativas. No acumulado dos últimos 12 meses, o núcleo do IPP variou +4,4%, abaixo das previsões do mercado (+5,2%).

As vendas no varejo da maior economia do mundo, por sua vez, registraram leve queda de 0,4% em fevereiro na comparação mensal, para US$ 697,9 bilhões, de acordo com dados do Departamento do Comércio. As projeções do mercado indicavam baixa de 0,3% no período.

No Brasil, os destaques estão para as ações que divulgaram seus resultados trimestrais. Méliuz (CASH3) se coloca na liderança das altas do Ibovespa, enquanto CVC Brasil (CVCB3) e Localiza (RENT3) estão entre as maiores quedas do índice.

Confira o fechamento do Ibovespa e demais índices

  • Ibovespa: 102.673,80 (-0,25%)
  • S&P 500: 3.892,39 (-0,69%)
  • Nasdaq: 11.434,05 (-0,05%)
  • Dow Jones: 31.876,48 (-0,87%)
  • Dólar: R$ 5,29 (+0,70%)
  • Euro: R$ 5,60 (-0,78%)

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Tuesday, March 14, 2023

Imposto de Renda 2023: Como Declarar Aposentadoria do INSS - UOL Economia

Aposentado do INSS é isento ou tem de fazer declaração do Imposto de Renda 2023? O fato de ser aposentado não dá isenção. Depende de quanto a pessoa ganhou no ano passado.

Se, em 2022, você recebeu mais do que R$ 28.559,70 em aposentadoria ou pensão do INSS, ou se cai em alguma outra regra da Receita, então tem de declarar (veja aqui as regras completas do IRPF 2023 para saber se é obrigado).

Como declarar aposentadoria no IR?

  • Informe a aposentadoria na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica"
  • Os rendimentos de aposentadoria ou pensão, salvo exceções, são tributáveis e devem ser preenchidos na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica".
  • Se você fez a importação de dados da declaração do ano passado, ou se está usando a versão pré-preenchida (veja mais aqui), as informações das fontes pagadoras vão aparecer nesta ficha.
  • Nesse caso, verifique o lançamento e, se for preciso, selecione e clique em "Editar" para corrigir a informação.
  • Se estiver preenchendo a declaração manualmente, abra a ficha e clique em "Novo" para criar um lançamento.
  • Para saber os valores e informações a preencher, a fonte é o informe de rendimentos - no caso da aposentadoria pública, é o informe do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
  • Consulte o informe de rendimentos e insira o CNPJ e o nome da fonte pagadora - para a aposentadoria comum, é o INSS.
  • Em seguida, informe o valor dos rendimentos no ano, a contribuição previdenciária, o imposto retido na fonte, o 13º salário e o imposto retido sobre esse 13º salário.
  • Se tiver dependentes que recebem aposentadoria, você precisa repetir o procedimento para eles.
  • E, se além da aposentadoria você também recebeu salários em 2022, esses rendimentos do trabalho devem ser informados da mesma maneira na ficha de rendimentos tributáveis, repetindo os dados que estão no informe de rendimentos enviado pelo empregador.

Parcela extra de isenção

Aposentados e pensionistas com mais de 65 anos têm direito a uma parcela extra de isenção. É um valor adicional por mês que pode ser usado para diminuir a base de cálculo do Imposto de Renda.

  • O aposentado com mais de 65 anos pode abater R$ 1.903,98 por mês. São R$ 24.751,74 no ano, incluindo o 13º salário.
  • Nesse caso, o rendimento da aposentadoria deve ser "dividido" em duas fichas na declaração.
  • O valor de isenção, de R$ 24.751,74, vai em "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis", sob o código "10 - Parcela isenta de proventos de aposentadoria, reserva remunerada, reforma e pensão de declarante com 65 anos ou mais".
  • O restante da aposentadoria no ano vai em "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica".

Exemplo: um contribuinte de 75 anos que tenha recebido R$ 60 mil no ano em aposentadoria deve declarar a parte isenta (R$ 24.751,74) na ficha de rendimentos isentos. O excedente (no caso, R$ 35.248,26) deve ser registrado na ficha de rendimentos tributáveis.

O que mais entra na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica"?

Na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica" também devem ser informados os valores recebidos de planos de previdência privada com tributação progressiva.

Se o contribuinte é aposentado, mas ainda trabalha, e, portanto, recebe salários de pessoas físicas ou jurídicas, esses rendimentos devem ser informados aqui.

Em ambos os casos, basta seguir o mesmo passo-a-passo da aposentadoria, com base nas informações que estão no informe de rendimentos enviado pela instituição financeira.

O que não deve ser informado nesta ficha?

  • Cuidado para não se confundir, não devem ser informados nesta ficha os rendimentos de:
  • Venda de bens e direitos, como imóveis, que devem ser informadas em "Ganhos de Capital"
  • Vendas de ações na Bolsa, que entram na ficha "Renda Variável"
  • Atividade rural, que tem uma ficha específica
  • Pensão alimentícia, que entra em "Rendimentos Recebidos de Pessoa Física"
  • Previdência privada com tributação regressiva, que deve ser informada em "Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva"

Aposentado com doença grave

Para o contribuinte que é aposentado e tem uma doença grave prevista em lei, o rendimento da aposentadoria, que era tributável, se torna isento. Ainda assim, ele pode estar obrigado a apresentar a declaração.

  • Para informar manualmente a aposentadoria com doença grave, abra a ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis", clique em "Novo".
  • Em "Tipo de rendimento", escolha a opção "11 - Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia grave ou aposentadoria ou reforma por acidente em serviço".
  • Em seguida, informe se é o titular, e depois preencha o CNPJ da fonte pagadora, o nome (para a aposentadoria comum, é o INSS), o total do rendimento no ano, o imposto retido na fonte, o 13º salário, o imposto retido sobre o 13º salário e a contribuição previdenciária.

Quem é obrigado a apresentar a declaração?

  • O contribuinte aposentado também deve verificar se ele se enquadra em uma das oito regras a seguir:
  • Recebeu rendimentos tributáveis (como salários e aposentadoria) acima de R$ 28.559,70 em 2022
  • Ganhou mais de R$ 40 mil isentos, não tributáveis ou tributados na fonte no ano
  • Teve ganho de capital na venda de bens ou direitos (casa, por exemplo), sujeito à incidência do imposto
  • Realizou operações na Bolsa ou no mercado de capitais cuja soma foi superior a R$ 40 mil
  • Vendeu ações na Bolsa com ganhos líquidos sujeitos à incidência do imposto
  • Recebeu mais de R$ 142.798,50 em atividade rural ou tem prejuízo rural a ser compensado em 2022 ou nos próximos anos
  • Era dono de quaisquer bens, inclusive terra nua, no valor de mais de R$ 300 mil
  • Passou a morar no Brasil em qualquer mês de 2022 e ficou como residente até 31 de dezembro

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