Painel da B3, em São Paulo — Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Na sexta-feira, o índice fechou em alta 2,26%, a 112.253 pontos. Com o resultado, o índice acumulou queda de 5% na semana, e de 3,26% no mês. No ano, no entanto, ainda sobe 7,09%.
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O que está mexendo com os mercados?
Os mercados seguem atentos às incertezas em relação ao controle das contas públicas no futuro governo Lula. Além da questão fiscal, preocupa a indefinição da equipe econômica a partir do próximo ano.
Para cumprir com as principais promessas de campanha – com destaque para a continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600, um auxílio extra de R$ 150 para crianças pequenas e reajuste do salário mínimo –, o governo de transição planeja criar a PEC da Transição, que liberaria cerca de R$ 175 bilhões no Orçamento de 2023 além do teto de gastos.
O discurso adotado pelo presidente, para economistas, leva à desvalorização do real porque o furo do teto de gastos afugenta investidores, o país tende a se endividar com esse tipo de política, trazendo inflação maior, o que força o Banco Central a manter as taxas de juros elevadas e desvaloriza os ativos brasileiros.
Os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a estimativa de inflação para este ano, que passou de 5,63% para 5,82%. É o terceiro aumento consecutivo da estimativa. O mercado financeiro elevou de 2,76% para 2,77 a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Já para 2023, a previsão de crescimento ficou estável em 0,70%.
Os bancos tiveram uma desvalorização de R$ 96,8 bilhões em valor de mercado na semana passada. O recuo foi de R$ 833 bilhões para R$ 736,3 bilhões, de acordo com levantamento da Trademap divulgado pela GloboNews - queda de 11,6%. Quatro das 10 maiores quedas na semana passada entre as empresas listadas na B3 são bancos.
No cenário internacional, o Federal Reserve (BC dos EUA) pode considerar abrandar o ritmo dos aumentos de juros em sua próxima reunião, mas isso não deve ser visto como um "abrandamento" em seu compromisso de reduzir a inflação, disse o diretor do banco central norte-americano Christopher Waller no domingo.
A China anunciou medidas para sustentar o setor imobiliário, incluindo prorrogações de amortização de empréstimos com o objetivo de aumentar a liquidez no setor. Além disso, foram anunciadas medidas para flexibilizar políticas de controle da Covid-19, enquanto os tempos de quarentena para os viajantes que entrarem no país foram reduzidos.
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