O cálculo do salário-mínimo no Brasil é feito com base nos avanços da inflação do país ao longo do ano anterior. Nesse sentido, para reajustar o piso nacional, o Governo Federal utiliza como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Assim, com o resultado da previsão do INPC, a expectativa é de reajustar as aposentadorias do INSS em 6% para 2023. No entanto, essa ainda é uma projeção que pode sofrer algumas alterações.
Antes de mais nada, é preciso entender que durante o Governo de Jair Bolsonaro, o reajuste anual do mínimo federal era feito sempre de acordo com a inflação do ano anterior. Em contrapartida, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deseja mudar isso. Lula é a favor do aumento real do valor, medida aplicada durante todos os seus mandatos e no governo de Dilma Rousseff. A ideia, então, é que o reajuste seja feito acima da inflação. A seguir, saiba mais sobre.
Reajuste nas aposentadorias do INSS
A princípio, a previsão da equipe econômica é de que em 2023 o salário-mínimo de R$ 1.212 passe a ser de R$ 1.302, contando com o reajuste de 6% da inflação mais o aumento real de 1,4% previsto pela equipe de transição do novo presidente eleito, Lula (PT).
Ademais, é preciso destacar que os dados, divulgados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, também projetam o recuo da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 6,3% para 5,85%.
No entanto, o valor do reajuste ainda pode sofrer alterações. Isso porque a divulgação do índice exato da inflação de 2022 e, consequentemente, o índice a ser aplicado, só será feita pelo IBGE no dia 10 de Janeiro de 2023.
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Dessa forma, os valores reajustados do INSS passam a ser pagos a partir de Fevereiro de 2023; ou seja, logo após a divulgação da inflação, a próxima parcela já vem corrigida.
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Projeção dos valores da aposentadoria 2023
Portanto, caso se confirme o aumento do valor do piso nacional em R$ 1.302, veja como ficam os valores das aposentadorias do INSS para 2023:
| Valor do benefício em 2022 | Para quanto pode ir em 2023 |
| R$1.212,00 | R$1.302,00 |
| R$1.500,00 | R$1.590,00 |
| R$2.000,00 | R$2.120,00 |
| R$2.500,00 | R$2.650,00 |
| R$3.000,00 | R$3.180,00 |
| R$3.500,00 | R$3.710,00 |
| R$4.000,00 | R$4.240,00 |
| R$4.500,00 | R$4.770,00 |
| R$5.000,00 | R$5.300,00 |
| R$5.500,00 | R$5.830,00 |
| R$6.000,00 | R$6.360,00 |
| R$6.500,00 | R$6.890,00 |
| R$7.087,22 | R$7.512,45 |
Correção insuficiente, de acordo com o Dieese
A saber, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima todos os meses o valor do salário-mínimo necessário, baseado no custo da cesta básica.
E, de acordo com o órgão, em Outubro de 2022, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família composta por 4 pessoas deveria equivaler a R$ 6.458,86. Ou seja, um valor 5,33 vezes maior do que o mínimo atual de R$ 1.212.
Em suma, para chegar a este valor, o levantamento utiliza as despesas relacionadas à aquisição da Cesta Básica, produto que vem sofrendo constantes reajustes de uns tempos pra cá. O conjunto de alimentos essenciais que integram a cesta tem passado por recorrentes altas nos preços, conforme a coleta de dados feita em outubro, em 12 das 17 capitais brasileiras. E, por isso, o estudo aponta um valor tão alto.
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