O volume dos serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% entre os meses de julho e agosto, acumulando o quarto resultado mensal positivo seguido. No acumulado do ano, a alta atinge 8,4% e, em 12 meses, chega a 8,9%. Com esse resultado, o setor está 10,1% acima do patamar pré-pandemia e 0,9% abaixo do seu nível mais alto, que foi atingido em novembro de 2014. Frente a agosto de 2021, houve alta de 8%%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e foram divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados vieram acima do esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv estimava alta de 0,2% na comparação mensal e 6,9% na anual.
O avanço do volume de serviços em agosto foi acompanhado por três das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para outros serviços (+6,7%), que se recuperaram da queda de 5,0% no mês anterior, e informação e comunicação (+0,6%), que avança 1,8% nos últimos dois meses.
A outra expansão do mês foi dos serviços prestados às famílias (+1,0%), seu sexto crescimento seguido, período em que acumulou 10,7% de alta. Em sentido oposto, os transportes (-0,2%) exerceram a única influência negativa de agosto. Já os serviços profissionais, administrativos e complementares mostraram estabilidade no mês (0,0%).
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A média móvel trimestral aponta alta de 1,0% no trimestre encerrado em agosto de 2022 ante o nível do mês anterior, mantendo o comportamento positivo desde agosto de 2020. Quatro das cinco atividades acompanharam o crescimento do índice global: transportes (+1,0%); serviços prestados às famílias (+0,7%); outros serviços (+0,7%); e informação e comunicação (+0,4%). Os serviços profissionais, administrativos e complementares mostraram ligeiro decréscimo neste mês (-0,1%).
Agosto de 2022 ante agosto de 2021
Na comparação com agosto de 2021, a alta de 8% no volume do setor de serviços foi a 18ª taxa positiva seguida. Nessa comparação, quatro das cinco atividades tiveram alta e 63,9% dos 166 tipos de serviços investigados mostraram desempenho positivo.
O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+13,6%) deu a principal contribuição positiva, impulsionado pelo aumento de receita das empresas de transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros, aéreo de passageiros, ferroviário de cargas, gestão de portos e terminais, transporte por navegação interior de carga e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (+7,3%); dos serviços prestados às famílias (+22,0%) e de informação e comunicação (+2,9%).
A única taxa negativa do mês nessa comparação anual foi de outros serviços (-2,4%), pressionado pela menor receita das atividades de administração de fundos por contrato ou comissão, recuperação de materiais plásticos, atividades de pós-colheita e consultoria em investimentos financeiros.
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Acumulado
No acumulado do ano, a expansão de 8,4% foi puxada por quatro das cinco atividades pesquisadas com taxas positivas em 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados.
A contribuição positiva mais importante nessa comparação veio dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+13,8%). Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (+32,2%), profissionais, administrativos e complementares (+7,7%) e de informação e comunicação (+2,8%). A única taxa negativa foi de outros serviços (-5,0%).
Regiões
Houve altas em 18 das 27 unidades da Federação, na comparação com o mês imediatamente anterior. Os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (+1,6%), Distrito Federal (+5,0%), Minas Gerais (+1,0%) e Rio de Janeiro (+0,5%). As principais influências negativas vieram do Paraná (-7,1%), Goiás (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).
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