Os preços do petróleo no mercado internacional registraram forte baixa nesta quarta-feira (7), com dados da economia chinesa renovando os temores dos investidores sobre o risco de desaceleração e possível recessão econômica global nos próximos meses.
Os preços do barril do tipo Brent registraram em queda firme ao longo de toda a sessão e fecharam o dia com desvalorização de 5,6%, a US$ 88,00 (R$ 459,55), renovando as mínimas desde o final de janeiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Dados da balança comercial do gigante asiático vieram significativamente abaixo das previsões, com o impacto negativo do aumento da inflação para a demanda no exterior, ao mesmo tempo em que o país voltou a conviver com novas restrições por causa da Covid-19 e com ondas de calor que interromperam a produção.
Os números divulgados nesta quinta mostraram que as importações de petróleo pela China caíram 9,4% em agosto em relação ao ano anterior, com a extensão das restrições de mobilidade por causa da pandemia reduzindo a demanda por combustível.
Em termos consolidados, as importações chinesas cresceram apenas 0,3% em agosto, de 2,3% no mês anterior, e bem abaixo do aumento previsto de 1,1%, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira.
Já as exportações aumentaram 7,1% em agosto em relação ao mesmo período do ano anterior, reduzindo o ritmo ante a alta de 18% em julho. Analistas esperavam um crescimento de 12,8%. Tanto as importações quanto as exportações cresceram no ritmo mais lento em quatro meses.
ADRs da Petrobras vão na contramão e têm leve alta
Na contramão dos preços do petróleo no dia, os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras, que chegaram a cair mais de 2% no início da sessão, inverteram de tendência e fecharam com leve alta de 0,2%.
Os ADRs são recibos de ações negociados nas Bolsas americanas vinculados aos papéis das empresas cotados na B3, que ficam sujeitos ao humor dos investidores em relação aos ativos em dia de feriado no Brasil.
Já o índice de mercado EWZ, que acompanha as ações brasileiras e é cotado no exterior com base na carteira teórica do MSCI Brasil, registrou alta de 0,9%.
Petróleo desaba no exterior com risco de desaceleração da China - UOL
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