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Friday, June 24, 2022

Bolsas mundiais sobem à medida que investidores avaliam ameaças econômicas; IPCA-15 e mais assuntos do mercado hoje - InfoMoney

Os índices futuros de Nova York e bolsas da Europa operam em alta, mesma direção de fechamento dos mercados asiáticos na manhã desta sexta-feira (24), com investidores avaliando a inflação e os temores de uma recessão econômica.

Na semana passada, os bancos centrais fizeram movimentos agressivos para conter a inflação, e os investidores agora estão esperançosos de que o aumento dos preços ao consumidor será controlado à medida que os preços das commodities recuaram acentuadamente.

No entanto, esse caminho agressivo de aperto da política alimentou temores de uma recessão, que o presidente do Federal Reserve (Fed) dos EUA, Jerome Powell, disse ao Congresso na quarta-feira ser uma “possibilidade”, ao reiterar que o banco central está “fortemente comprometido” em reduzir a inflação.

Nesse sentido, os dados econômicos serão um foco importante hoje (24), já que os mercados tentam determinar se a economia dos EUA está entrando em recessão. Os dados de vendas de novas casas serão divulgados às 11h (horário de Brasília) e o relatório final de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan para junho também será divulgado às 11h.

A atenção se redobrará sobre a leitura final do índice de sentimento da Universidade de Michigan, com destaque para as expectativas de inflação de 1 e 5 anos; a aceleração dessas expectativas foi apontada por Powell como um fator determinante para a elevação da taxa básica de juros dos EUA em um ritmo maior de 0,75 ponto percentual.

No Brasil, tem IPCA-15 de junho (9h), um dia depois de o Banco Central confirmar a mensagem mais hawkish, elevando o juro neutro para 4% e admitindo uma taxa Selic mais alta, além da intenção de estender o aperto monetário por mais tempo.

Confira mais destaques:

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem na manhã desta sexta-feira (24), com Wall Street procurando uma rara semana positiva no que foi um primeiro semestre difícil.

A alta ocorre quando o mercado de ações parece ter encontrado alguma estabilidade esta semana, pelo menos no curto prazo. Após um rali de ontem (23), o S&P 500 subiu 3,3% na semana, enquanto o Nasdaq subiu 4% e o Dow, 2,6%.

Na véspera, os principais índices de Wall Street tiveram ganhos sólidos impulsionados pelo forte desempenho de ações defensivas e de tecnologia, que compensaram quedas de grupos economicamente sensíveis, em meio a temores de recessão nos EUA.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), +0,57%
  • S&P 500 Futuro (EUA), +0,68%
  • Nasdaq Futuro (EUA), +0,87%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com ganhos nesta sexta-feira (24), puxados pelas ações de tecnologia no mercado de Hong Kong.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,09%, fechando em 21.719 pontos, com o índice Hang Seng Tech subindo 4,05%.

No radar econômico, o núcleo de preços ao consumidor no Japão subiu 2,1% no mês de maio em relação ao ano anterior, em linha com as estimativas, segundo a Reuters. Isso está acima da meta do Banco do Japão de 2% de inflação. No entanto, os preços ao consumidor subiram apenas 0,8% se os alimentos frescos e a energia fossem retirados, disse a Reuters.

  • Shanghai SE (China), +0,89%
  • Nikkei (Japão), +1,23%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), +2,09%
  • Kospi (Coreia do Sul), +2,26%

Europa

Os mercados europeus operam em alta para encerrar uma semana volátil, com investidores globais avaliando a inflação e os temores de uma recessão econômica.

As vendas no varejo do Reino Unido caíram 0,5% mensalmente em maio, um pouco menos do que os -0,7% projetados por economistas em uma pesquisa da Reuters, enquanto o aumento mensal das vendas de abril foi revisado para baixo de 1,4% para 0,4%.

A confiança do consumidor do Reino Unido caiu para seu nível mais baixo desde o início dos registros, revelaram novos dados da empresa de pesquisa GfK na sexta-feira, enquanto o país enfrenta a inflação em alta de 40 anos, desacelerando o crescimento e uma crise de custo de vida em espiral para as famílias.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sofreu um duplo golpe durante a noite, quando seu Partido Conservador no poder perdeu duas importantes eleições para o principal partido da oposição, o Partido Trabalhista, e para os Liberais Democratas.

  • FTSE 100 (Reino Unido), +0,81%
  • DAX (Alemanha), +0,51%
  • CAC 40 (França), +1,46%
  • FTSE MIB (Itália), +0,63%

Commodities

As cotações do petróleo sobem nesta sexta-feira (24), com o mercado equilibrando os temores de uma demanda mais lenta devido ao arrefecimento da atividade econômica dos EUA com a incerteza sobre a oferta.

  • Petróleo WTI, +0,79%, a US$ 105,14 o barril
  • Petróleo Brent, +0,75%, a US$ 110,88 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,96%, a 736 iuanes, o equivalente a US$ 110,41

Bitcoin

  • Bitcoin, +2,31% a US$ 21.048 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, para junho será divulgado nesta sexta-feira (24). O Itaú antecipa um aumento mensal de 0,74%, levando a taxa anual a 12,10% (de 12,20% em maio). O Bradesco espera uma alta mensal de 0,73%, com núcleos ainda pressionados.

Brasil

8h: Sondagem do consumidor divulgada pela FGV

9h: IPCA-15 de junho; consenso Refinitiv aponta para alta de 0,62% em relação à maio e de 11,98% na base anual

EUA

11h: Venda de casas novas

11h: Pesquisa condições de negócios de Michigan

11h: Confiança consumidor de junho

15h: Contagem de sondas Baker Hughes

3. Combustíveis e Petrobras seguem no radar

O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem o teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo, aprovado na semana passada pelo Congresso, mas vetou trechos incluídos pelo Senado que beneficiariam os Estados na compensação pela perda de receita com o tributo.

O projeto faz parte da ofensiva para reduzir os preços dos combustíveis, mas enfrentou resistência dos governadores, que preveem uma crise fiscal em 2023 com a redução das alíquotas de ICMS. O Senado, onde os chefes dos executivos estaduais têm mais poder de barganha, atendeu alguns pleitos levados pelos secretários de Fazenda, agora vetados pelo presidente.

Revisão na Lei das Estatais

O governo Bolsonaro recalibrou sua mira sobre a gestão da estatal e agora aponta para outros cargos e processos administrativos, na tentativa de controlar os preços dos combustíveis. Entre os alvos da medida provisória em elaboração para mudar a Lei das Estatais, há um cargo-chave: o de diretor de governança.

O Estadão apurou que um dos principais objetivos da MP é alterar o estatuto social da Petrobras, peça que rege a empresa; e colocar as mãos sobre a Diretoria de Governança e Conformidade, área criada em 2014, quando explodiram as denúncias da Operação Lava Jato.

Bolsonaro mostra confiança de que conseguirá alterar a composição da diretoria da Petrobras

“Está caminhando para resolver a coisa da Petrobras”, afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais, sem oferecer detalhes sobre o futuro da estatal.

Bolsonaro indicou Caio Paes de Andrade, secretário do Ministério da Economia, para assumir a presidência da Petrobras, mas a nomeação está travada. O Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negociam nos bastidores a posse de Paes de Andrade para o quanto antes.

Pacote de bondades

Medidas que incluem a ampliação dos recursos do Auxílio Brasil, do vale gás e a inclusão de um voucher para caminhoneiros, seguem no radar dos mercados.

Líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), confirmou haver discussão sobre incluir o aumento do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600, até o fim do ano, na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis.

No caso do vale-gás, atualmente em R$ 53, o valor também seria ampliado, assim como o número de pessoas que utilizam o benefício. Também seria incluída na PEC a criação de um voucher para caminhoneiros adquirirem diesel, no valor de até R$ 1 mil. Com o voucher nesse valor, a PEC dos combustíveis poderia custar até R$ 58,2 bilhões, segundo cálculo da gestora Ryo Asset.

4. Covid

Na última quinta-feira (23), o Brasil registrou 346 mortes e 69.231 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 152, aumento de 8% em comparação com o patamar de 14 dias antes.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 46.137, o que representa alta de 15% em relação ao patamar de 14 dias antes.

Chegou a 167.269.995 o número de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 77,86% da população.

O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 179.006.286 pessoas, o que representa 83,33% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 100.053.155 pessoas, ou 46,57% da população.

5. Radar Corporativo

O Ministério Público Estadual do Rio (MP-RJ) abriu inquérito para apurar indícios de improbidade administrativa da direção da Petrobras (PETR4, PETR3) nos reajustes dos combustíveis. A investigação civil foi instaurada em novembro na Procuradoria da República do Rio, mas foi remetida ao órgão estadual no dia 15 deste mês.

A investigação integra uma série de ações de órgãos distintos com o objetivo de apertar o cerco contra a estatal. Outra frente de investigação da Petrobras é comandada pelo Cade, que possui ao menos onze processos envolvendo direta ou indiretamente a empresa.

A estatal também confirmou a venda da totalidade de sua participação nos conjuntos de concessões marítimas denominados Polo Golfinho e Polo Camarupim, na Bacia do Espírito Santo, para a empresa BW Energy Maromba do Brasil (BWE). O valor total da operação é de até US$ 75 milhões.

A B3 (B3SA3) aprovou o pagamento de  juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 360 milhões, equivalentes a R$ 0,0606 por ação e a distribuição de R$ 413 milhões em dividendos (R$ 0,0694 por ação).

O crédito será realizado em 08 de julho de 2022.

Lojas Renner (LREN3)

A Lojas Renner (LREN3) aprovou JCP no valor de R$ 159 milhões, correspondentes a R$ 0,164187 por ação.

O pagamento será efetuado a partir do dia 11 de julho deste ano, a partir da base acionária em 28 de junho, com as ações sendo negociadas ex-JSCP em 29 de junho.

A varejista também informou o encerramento do programa de recompra de ações ON, após adquirir 18 milhões de papéis, ao preço médio de R$ 25,20. Montante representa 1,82% dos ativos em circulação.

A Sanepar (SAPR11) aprovou a distribuição de R$ 154,2 milhões em JCP, o equivalente R$ 0,0957 por ação ordinária, R$ 0,1052 por ação PN e R$ 0,5166 por unit.

O pagamento será realizado em data a ser definida, até abril de 2023. Os papéis serão negociados ex a partir de 1º de julho.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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