Diante da pouca quantidade de produtos a R$ 1,99, os irmãos Arcolus, 38, e Raylla Nunes, 33, tiraram a cifra do nome de uma das lojas fundadas por seus pais. Agora, ela se chama só Opções e Variedades. A outra loja, a Opções 1,99, manteve o número.
Eles dizem que a pandemia derrubou em 27% o faturamento da loja principal, a de R$ 1,99, para R$ 220 mil ao mês em 2021. O lucro despencou 66% no ano, para R$ 30 mil mensais. Com os números abaixo do esperado, demitiram três dos dez funcionários.
O cliente só vem para comprar aquilo que já tem em mente. É difícil ele chegar aqui e levar algo a mais, como era antes [da pandemia].
Arcolus Nunes, comerciante
"O freguês reclama do preço, e a gente tenta explicar que isso é o mundo em que a gente está vivendo. Tem muitos que pedem desconto", diz Raylla.
No dia a dia, os irmãos mudaram estratégias de negócios. Antes, iam a regiões como Pari e rua 25 de março, dois polos do comércio popular em São Paulo, quase diariamente, para comprar produtos com fornecedores. Agora, só vão duas vezes por semana.
Eles também tentaram vender alimentos no ano passado, como arroz, feijão e macarrão, mas não deu certo.
"Comecei com [meio quilo de] café a R$ 12 e parei quando estava R$ 16. Os produtos vendiam bem, não encalhavam, mas não dá para competir com os supermercados", afirma Arcolus.
Com os reajustes nos preços, virou rotina nas lojas dos irmãos trocar as etiquetas de produtos pelo menos uma vez por semana. Antes da crise, faziam isso a cada dois ou três meses.
Quase nada a R$ 1,99: Inflação e dólar alto varrem produtos baratos das lojas de R$ 1,99, que mudam de nome e vendem até comida - UOL Economia
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