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Tuesday, May 31, 2022

Campos Neto defende atuação do BC diante da dispersão da inflação para outros setores - UOL

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta terça-feira (31) as elevações recentes da taxa básica de juros (Selic) diante da pressão inflacionária persistente observada em energia e alimentos e da dispersão da alta de preços.

"Algumas pessoas podem dizer que, se é uma inflação de energia e alimentos, o Banco Central não deveria estar subindo os juros porque são elementos muito voláteis que eventualmente vão cair. O problema é que, quando você tem elementos voláteis que ficam com um preço alto por muito tempo, eles começam a contaminar o resto da cadeia e os núcleos começam a subir. É isso que o Banco Central tem feito", disse Campos Neto em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

O presidente do BC disse que o Brasil enfrenta uma inflação bastante alta, com o núcleo batendo 9,55%, e uma contaminação grande.

A audiência, pedida pelo deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), tinha o objetivo de discutir medidas de combate à inflação e o aumento da Selic.

No acumulado em 12 meses até abril, o IPCA (índice oficial de inflação) ficou em 12,13%, maior nível desde outubro de 2003 (13,98%). Na terça-feira da semana passada (24), o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) atingiu 12,20%, com elevação de 0,59% em maio, ante alta de 1,73% no mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador veio acima do esperado pelo mercado.

Segundo Campos Neto, "a inflação é o pior elemento em termos de distribuição de renda e planejamento". O trabalho do BC, afirmou, é fazer o máximo para trazer o indicador para a meta –ainda que a autoridade monetária já tenha reconhecido que há alta probabilidade de estouro em 2022 pelo segundo ano consecutivo.

O objetivo fixado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) a ser perseguido pelo BC para este ano é de 3,5% —com 1,5 ponto percentual de tolerância para mais ou para menos.​

No dia 4 de maio, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC elevou a Selic em 1 ponto percentual, a 12,75% ao ano. Para a próxima reunião, em junho, sinalizou uma provável alta adicional de menor magnitude. Considerando a defasagem dos efeitos da política monetária sobre a economia, o BC já mira 2023 como horizonte.

"Nosso trabalho é sempre fazer o máximo possível para a inflação estar na meta, mas sempre olhando o que consigo fazer para que esse processo aconteça com o mínimo de destruição do tecido produtivo da economia. Essa é a grande tarefa", afirmou aos parlamentares.

Na audiência, Campos Neto destacou que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2022 deve ser revisto para cima. No último relatório trimestral de inflação, o BC estimava alta de 1% do PIB para este ano. Os economistas, por sua vez, mostraram mais otimismo recentemente e passaram a projetar alta de 1,5% ou 2%.

"Quando a gente olha as projeções do FMI, o Brasil é um dos únicos casos que a previsão de crescimento subiu nos últimos meses para o ano de 2022. Aliás, vai subir mais do que está aqui, a gente teve reuniões na semana passada com economistas, a média dos economistas de mercado já está entre 1,5% e 2%", disse.

Quanto ao mercado de trabalho, o presidente do BC falou em surpresa positiva no dado informado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça.

Segundo o instituto, a taxa de desocupação recuou para 10,5% no trimestre encerrado em abril. É a menor marca para o período desde 2015 (8,1%), quando a economia enfrentava uma recessão.

De acordo com Campos Neto, já é possível vislumbrar um nível de desemprego abaixo de dois dígitos neste ano.

"A gente gerou mais empregos com renda menor, essa é a realidade, mas tem sido um movimento de geração de emprego surpreendente nos últimos meses", afirmou.

"A gente está começando a falar de desemprego neste ano que vai ser abaixo de dois dígitos, lembrando que antes da pandemia ele estava em 12%. A gente está com nível de desemprego bem melhor do que antes da pandemia", acrescentou.

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As 5 maiores altas e as 5 maiores baixas do Ibovespa no mês de maio - InfoMoney

Contrariando a máxima do “Sell in may and go away”, o Ibovespa fechou o mês de maio com ganhos de 3,22%, após um abril bastante negativo. A visão de que o Federal Reserve não será tão agressivo na subida de juros e os sinais de reabertura da economia chinesa foram fatores externos que ajudaram a impulsionar o mercado, assim como o investidor em busca de “pechinchas”.

Cielo (CIEL3) registrou mais um mês de forte alta, acumulando avanço de 74% em 2022, enquanto bancos também tiveram ganhos na esteira dos resultados do primeiro trimestre. Já o Magazine Luiza (MGLU3) teve um maio de forte queda, acumulando perdas de mais de 48% no ano, com papéis de empresas varejistas e techs ainda em baixa.

Confira os destaques de alta e de baixa do mercado em maio:

Maiores altas

Por mais um mês, a exemplo de abril, as ações da Cielo tiveram um forte desempenho positivo, em meio a perspectivas mais positivas para a companhia, encerrando maio com ganhos de 16,93%.

No final deste mês, o JPMorgan elevou a recomendação da ação da Cielo de neutra para ‘overweight’ (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com um preço-alvo de R$ 5. O banco também destacou a companhia como a sua preferida no setor de pagamentos.

A elevação de recomendação pelos analistas ocorreu após cinco anos entre recomendações neutra e underweight (exposição abaixo da média do mercado) pelo banco. Agora, na visão da casa, a credenciadora de maquininhas apresentou melhora operacional.

O banco justifica a mudança de visão sobre as ações da adquirente após alguns dados trazidos pela empresa em seu balanço do primeiro trimestre, com destaque para o fato de a Cielo ter estabilizado sua participação de mercado, conseguido repassar preços no pré-pagamento e ter mantido seus gastos de forma disciplinada.

“Somando esses fatores à proximidade do fim do ciclo de alta da Selic, agora vemos uma ótima perspectiva para a Cielo”, comentaram na ocasião os analistas Domingo Falavina, Guilherme Grespan, Yuri Fernandes e Marlon Medina.

Por outro lado, há quem esteja mais cético com os ativos. Em relatório recente, o Itaú BBA destacou a sua preferência para as ações do PagSeguro (negociadas na Bolsa americana) dentro do setor.

Os analistas veem a Cielo negociando a um múltiplo de 8 vezes o preço da ação sobre o lucro, semelhante ao PagSeguro, mas com menos espaço para crescer e reclassificar.

“É, no entanto, menos sensível a uma eventual descida da taxa de juros dada a sua menor participação de pré-pagamento. Também vemos mais desafios aqui para participar da aquisição a longo prazo da base atual de 27%, dadas as desvantagens inerentes de serviço e custo. O negócio da Cateno (emissora de cartões) é um destaque, mas dificilmente será avaliado de forma independente”. O BBA tem recomendação neutra para CIEL3, com preço-alvo de R$ 4,30 ao fim de 2022.

BRF (BRFS3)

Depois de uma sequência de fortes perdas, as ações da BRF tiveram um mês de alta com analistas já vendo possíveis catalisadores para a recuperação da companhia. No acumulado de maio, a alta foi de 15,24%.

Os resultados do primeiro trimestre de 2022 da BRF (BRFS3), divulgados em 4 de maio, não agradaram os investidores e as ações da companhia fecharam em queda de 6,52% no dia 5. Contudo, os papéis encerraram o pregão longe da mínima do dia naquela sessão, que chegou a ser de baixa de 13,84%. Analistas, como os do Credit Suisse, avaliaram logo na sequência do resultado que essa forte queda dos ativos poderia oferecer um ponto de entrada; no acumulado de 2022, os papéis ainda caem quase 40%.

A visão foi reforçada em relatório de meados do mês do banco suíço. O Credit revisitou o seu case de investimento da BRF  para incorporar os últimos resultados da empresa e as novas perspectiva à frente. Consequentemente, os analistas reduziram o preço-alvo de R$ 30 para R$ 22 por ação. Contudo, ainda há um sólido potencial de valorização, apontaram, o que justifica a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) dos analistas para as ações.

Os analistas ressaltaram que tinham um dos calls mais cautelosos com BRF nos últimos anos, mas agora estão na outra ponta.

Eles observam que a cadeia de produção da BRF é longa e complexa e normalmente demora alguns trimestres para voltar ao trilho. Porém, o pior ficou pra trás com um ajuste de oferta no primeiro trimestre de 2022.

“Os nossos cálculos de rentabilidade já indicam uma melhora no segmento de frango, com um aumento médio de 34% nos preços de produtos congelados e frescos no mercado doméstico, somado a uma redução de 6% no preço de grãos”, apontam os analistas. Já a rentabilidade nominal parece estar mais próxima do terceiro trimestre de 2021, quando a empresa entregou um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) considerado razoável.

Leia também: Como BRF (BRFS3), JBS (JBSS3), Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) lidaram com alta de custos, cenário externo e queda no consumo interno?

Já com relação aos suínos, também veem um alívio, com alta dos preços em 11% desde o primeiro trimestre que, quando somado com a redução de preço de grãos, traz um respiro para os produtores. “O cenário ainda não está fantástico, mas acreditamos que as margens devem melhorar gradualmente”, apontaram.

Bradesco (BBDC3;BBDC4

As ações de bancos tiveram um forte desempenho em maio, mas foram os papéis do Bradesco que se destacaram mais no setor; BBDC3 teve alta acumulada no período de 13,37%, enquanto BBDC4 subiu 14,14%. Os ativos buscaram reduzir a diferença após a divulgação dos resultados do 1T22, depois de terem registrado uma performance abaixo de seus pares depois do balanço anterior (4T21) publicado no início de fevereiro. A ação do banco teve uma performance pior no início do ano em meio a incertezas com relação a suas projeções.

Já sobre o 1T22, o BTG destacou, em análise de resultado, que as provisões para perdas com empréstimos superaram as expectativas do banco de apenas alguns meses atrás por uma ampla margem. A boa notícia, porém, é que a margem financeira bruta também veio à frente das expectativas. Isso levou o Bradesco a revisar seu guidance de forma significativa, mais alinhado com seu principal par, o Itaú (ITUB4).

Enquanto o crescimento do crédito foi mantido em +10-14%, a margem financeira com cliente foi revisada de +8-12% para +18-22%. As provisões para perdas com empréstimos gerenciais também foram aumentadas em R$ 2 bilhões, para uma faixa de R$ 17-21 bilhões. A receita de tarifas deve crescer 4-8% contra 2-6% antes, enquanto a expansão de opex (despesas operacionais) foi reduzida de +3-7% para +1-5%.

“O guidance para margem financeira de mercado não foi fornecido ‘oficialmente’, mas devido a uma Selic mais alta, essa linha deve ficar próxima de zero nos próximos trimestres, razão pela qual o impacto líquido no resultado final versus guidance anterior deve ser irrelevante”, apontaram os analistas.

O Credit Suisse ressaltou que o resultado de Bradesco estava sendo aguardado com expectativa, apontando ainda que muitos chegaram a esperar um número bem fraco e que poderia pesar no setor inteiro.

No final das contas, o trimestre ficou em linha com o que o banco suíço esperava e o guidance deu suporte para as estimativas da casa, com uma margem de clientes mais forte apesar das maiores provisões. “O controle de custo está na pauta e deve ser mais agressivo, enquanto que a perspectiva mais favorável para taxas de serviços deve ter um papel importante nos próximos trimestres”, avaliaram os analistas do banco suíço. O banco segue com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para o Bradesco, destacando o valuation.

Ainda entre os bancos, atenção para o Banco do Brasil (BBAS3), esse sim destaque da temporada no primeiro trimestre de 2022. Os papéis fecharam em alta, ainda que não no top 5, mas acumulando valorização de 12,21% em maio.

O banco estatal conseguiu superar ainda mais as projeções já otimistas do mercado, com muitas casas, como a XP e o Itaú BBA reforçando a preferência para a ação dentro do setor após o resultado.

Já o BBI elevou a recomendação para as ações do Banco do Brasil de neutra para outperform, também subindo o preço-alvo para o ativo de R$ 40 para R$ 45.

Para os analistas Gustavo Schroden, Otavio Tanganelli e Eric Ito, o primeiro trimestre de 2022 apresentou uma perspectiva positiva para o ano, quando o banco deve conseguir manter um baixo custo de risco, devido à sua carteira defensiva que tem menor exposição a pessoas físicas em comparação com seus pares. Já o NII – resultado líquido com intermediação financeira – do banco deve melhorar com taxas de juros mais altas, levando a uma expansão mais rápida dos lucros em 2022 e em 2023.

Leia mais: BB (BBAS3) em alta, Santander (SANB11) em baixa: analistas revisam recomendações para “bancões” após balanços

O lucro líquido ajustado foi um recorde de R$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), um desempenho 34,6% superior ao reportado no mesmo período de 2021. Na comparação com o quarto trimestre de 2021 (4T21), o aumento do lucro foi de 11,5%.  O consenso do mercado era de um lucro de R$ 5,34 bilhões, segundo os analistas consultados pela Refinitiv; ou seja, o dado efetivo superou em cerca de 24% as projeções.

Eneva (ENEV3)

Em meio ao cenário de crescimento visto para os próximos anos e rumores de aquisições, as ações da Eneva tiveram um forte desempenho em maio, subindo 13,56%. Com relação ao resultado do primeiro trimestre de 2022, publicado neste mês, o Itaú BBA apontou que a companhia de energia reportou números neutros, com o Ebitda em queda no comparativo anual, dado o baixo nível de despacho após a melhora no cenário hídrico.

Mas, de toda forma, manteve recomendação de “compra” para ENEV3, com preço-alvo de R$ 18,60, visto que enxerga promissoras vias de crescimento nos próximos anos.

A Eneva ainda informou nesta semana em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que ainda não assinou os documentos sobre possível aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse). No fim de semana, circularam notícias de que a empresa teria feito uma oferta de R$ 6 bilhões para aquisição da Celse com vistas a ampliar o parque termelétrico.

A Celse é a maior usina termelétrica da América Latina, com capacidade instalada de 1.551 MW. Seguindo a estratégia da Eneva, destaca a Levante Ideias de Investimento, a usina da Celse é movida a gás natural e possui infraestrutura para uma
nova planta adjacente, de 800 MW. Localizada em Barra dos Coqueiros, na região metropolitana de Aracaju, a usina utiliza gás natural liquefeito (GNL) importado para produção de energia, e tem capacidade de atender 15 % da demanda existente no Nordeste.

Para a Levante, se efetivada a compra, a notícia é positiva para a Eneva. “De fato, a Celse segue o perfil almejado pela companhia, utilizando gás natural para geração de energia e oferecendo preço muito competitivo, de maneira a ser sempre uma das primeiras térmicas a ser despachada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS)”, avalia.

Além da expansão de seus projetos térmicos com a Celse, os analistas ressaltam o ingresso da companhia no segmento de energia renovável, no final do ano passado, com a aquisição da Focus Energia, a qual já está incorporada às suas operações.

Ultrapar (UGPA3)

Após trimestres decepcionantes, a Ultrapar apresentou números dos primeiros três meses do ano que elevaram o otimismo com a empresa e fizeram a ação subir 13,34% em maio.

A Ultrapar apresentou resultados em linha com as estimativas da Eleven, com destaque para Ipiranga, que reportou um Ebitda de R$ 110/m³, com crescimento de 6% na comparação anual.

A receita líquida da companhia foi de R$ 34,0 bilhões (2% maior versus a projeção da Eleven e 42% na base anual), devido ao crescimento em todos os segmentos, com destaque para a Ipiranga. “O Ebitda das operações continuadas totalizou R$ 899 milhões (0,2% de alta frente a projeção da Eleven e 18,6% na base anual), um bom resultado, demonstrando recuperação da rentabilidade em Ipiranga e continuidade dos bons resultados em Ultragaz e Ultracargo”, apontou a casa de análise.

O volume vendido da Ipiranga foi estável em relação ao 1T21, no entanto, o Ebitda foi 7% superior, atingindo R$ 594 milhões, mesmo com maiores despesas com frete. A receita líquida do segmento totalizou R$ 28,7 bilhões, 44% acima na comparação anual, devido aos repasses dos aumentos nos preços dos combustíveis. O volume vendido da Ultragaz apresentou queda de 2% em relação ao 1T21, por uma menor demanda do mercado, mas os repasses dos aumentos de preços de GLP acabaram beneficiando o EBITDA do segmento, atingindo R$ 213 milhões, 42% superior ao 1T21.

Do lado de Ultracargo, a capacidade estática média totalizou 955 mil m³, 13% superior ao 1T21, fruto da expansão de capacidade em Itaqui e do início das operações do terminal em Vila do Conde. Os reajustes contratuais e menores despesas beneficiaram o Ebitda da divisão, totalizando R$ 114 milhões, com margem de 58%, (alta de 23% e avanço de 4 pontos percentuais na base de comparação anual).

” A companhia apresentou um sólido resultado, demonstrando evolução gradativa da rentabilidade em Ipiranga e continuidade do bom desempenho em Ultragaz e Ultracargo, que deve melhorar os resultados futuros da companhia”, apontou.

Leia também: Ultrapar (UGPA3) utilizará capital de venda de ativos para acertar dívidas, mas não descarta aquisições

O Itaú BBA, por sua vez, afirmou que se a rede de postos conseguir entregar margens próximas de R$ 110 por metro cúbico com sustentabilidade, o mercado deve “ficar mais otimista com a tese de investimentos da Ultrapar, sustentando um bom desempenho das ações em 2022”.

Já o Credit Suisse se disse surpreendido, uma vez que esperava que as margens de distribuição da rede de postos cairia, por conta da alta dos combustíveis.  No entanto, os analistas observam que os investidores devem ter em mente que as margens do 1T22 podem ter sido altamente ditadas pela dinâmica da oferta, uma vez que os preços da gasolina e do diesel da Petrobras estavam significativamente abaixo da paridade internacional.

Confira as maiores altas do Ibovespa em maio:

Empresa Ticker Cotação Variação
Cielo CIEL3 R$ 3,95 +16,93%
BRF BRFS3 R$ 15,65 +15,24%
Bradesco PN BBDC4 R$ 20,50 +14,14%
Eneva ENEV3 R$ 15,58 +13,56%
Bradesco ON BBDC3 R$ 16,88 +13,37%
Ultrapar* UGPA3 R$ 14,37 +13,34%

*ação ficou em sexto lugar, mas foi considerada dado que duas posições no ranking ficaram para ações da mesma empresa, de diferentes classes (BBDC3 e BBDC4)

Maiores baixas

Magazine Luiza (MGLU3)

Mais um mês, mais uma queda para os ativos do Magazine Luiza, de 23,77%. Muitos fatores podem explicar a queda recente das ações após o forte desempenho passado, como a redução da demanda por eletrodomésticos e cenário de alta de taxa de juros não só no Brasil, mas no mundo, afetando ações de crescimento.

Neste mês, a companhia divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2022, com uma boa notícia: o Magalu conseguiu reverter as quedas de rentabilidade. Destaque para a expansão de margem bruta em 2,7 pontos percentuais (p.p.) na base anual, para 27,8%, beneficiada pelo repasse de preços e crescimento das receitas de serviços. As ações até chegaram a abrir com ganhos na sessão pós-balanço, em 17 de maio, mas fecharam com uma forte queda de cerca de 11%.

Alguns motivos contribuíram para esta virada nas ações apesar da rentabilidade ter apresentado sinais de melhora. Entre eles, a leitura pós-resultado de que o crescimento seguirá pressionado pelo cenário macro, além de ter havido uma forte queima de caixa de R$ 3,6 bilhões.

Assim, tanto o Bradesco BBI quanto a XP, esta última após conversa com investidores institucionais, destacaram que a visão é de que o papel ainda não é visto como barato, apesar da forte queda dos ativos. A análise é compartilhada até pelos mais otimistas que, mesmo vendo um bom potencial de valorização para o papel em relação ao seu preço-alvo, não veem grandes catalisadores de curto e médio prazo para a companhia.

Hapvida (HAPV3)

A Hapvida foi outra empresa cuja ação foi impactada pelos resultados do primeiro trimestre de 2022, levando a um mês negativo para o papel, que fechou em baixa acumulada de 23,38%. No pregão pós-balanço, também no dia 17, as ações desabaram quase 17%, com perdas de cliente e sinais de que as sinergias com aquisições demorariam mais para acontecer.

Os analistas do Bradesco BBI observaram que, mesmo excluindo os impactos negativos do Covid-19, aquisições recentes e redução de preços nos planos individuais, a sinistralidade caixa no 1T22  ficou bem acima dos níveis pré-pandemia no 1T20, ou 7,0 p.p. na Hapvida (62,8%) e 4,6 p.p na Notre Dame (72,8%). “Achamos que esses níveis são relativamente preocupantes, especialmente considerando a sazonalidade favorável e a pressão inflacionária atual, sugerindo riscos para nossas respectivas estimativas de 61,0% e 69,5% no longo prazo (excluindo sinergias)”, apontou o banco.

O time de research do banco destacou que as adições líquidas orgânicas foram mais fracas do que o esperado, devido ao alto churn (cancelamento) tanto no Hapvida quanto no Notre Dame. O ticket médio foi misto a fraco, com queda no Hapvida tanto para planos corporativos quanto para planos individuais. Em Notre Dame, no entanto, o tíquete médio aumentou em relação ao trimestre anterior.

Apesar dos resultados bem fracos, os analistas apontaram que ainda seguiam com visão positiva para os papéis. O Bradesco BBI segue com recomendação outperform para HAPV3, pois acredita que os preços atuais das ações refletem zero de sinergia da fusão com a Notre Dame (contra um valor presente líquido que estima de R$ 29 bilhões ou 50% do valor de mercado) e ainda está 20% abaixo de seus valores justos para as empresas independentes. O preço-alvo para a ação é de R$ 14.

Petz (PETZ3)

O ambiente de alta da taxa de juros e de aversão ao risco no começo do mês afetou principalmente as ações de tech e varejistas, incluindo a Petz, que caiu 20,35%. As sessões pós divulgação do resultado do primeiro trimestre de 2022 também foram bastante negativas para a companhia, apesar de ter registrado números positivos nos primeiros meses do ano. Apenas na sessão pós-resultado, em 6 de maio, os ativos caíram expressivos 12,72%.

Entretanto, apontou a XP, há potencial para esse movimento de queda ser revertido frente a uma normalização do humor de mercado e entrega de resultados do lado da companhia.

A XP destacou em relatório ainda ser interessante notar que o primeiro trimestre de 2022 foi o primeiro em que o Zee.Dog foi totalmente refletido nos resultados da empresa, com vendas crescendo 50% na base anual, enquanto o Ebitda ainda foi negativo em R$ 3 milhões.

Contudo, avaliam os analistas, os números devem melhorar nos próximos trimestres à medida que a companhia comece a se beneficiar das sinergias entre as operações a partir do segundo trimestre, sendo a totalidade das mesmas a serem refletidas até o fim do primeiro semestre de 2023.

O BBI também aponta que, embora haja alguma pressão sobre a margem Ebitda, os principais fatores adversos são a aceleração das aberturas de lojas e a aquisição da Zee.Dog, ambos os quais consideramos “bons” ventos contrários, uma vez que contribuirão significativamente para o crescimento da receita futura e diluição de custos.

CVC (CVCB3)

Mesmo com os dados trimestrais apontando recuperação com a retomada das viagens após o período de fortes restrições por conta da Covid-19, as ações da companhia não tiveram um bom desempenho em maio, com queda de 17,65%. A empresa divulgou seus números do 1T22 no dia 10 e, no dia seguinte, fechou em queda.  De acordo com análise do Bradesco BBI, a companhia apresentou resultados mistos no trimestre, mas com destaque positivo para o Ebitda.

“É reconfortante ver o Ebitda positivo (embora pequeno) pelo segundo trimestre consecutivo, com despesas sob controle (crescendo apenas 12% em relação à 2019) e alavancagem operacional correndo através dos resultados. As reservas no Brasil ainda estão fracas e, embora tenha havido uma melhora ao longo do trimestre, destacamos que a Gol atingiu uma receita estável em relação a 2019, enquanto a receita da Azul aumentou 26% (em comparação com a queda de 35% da CVC Brasil)”, apontaram.

Os analistas do banco também observaram que as reservas da Argentina e B2B (abaixo da média) tiveram desempenho superior ao do Brasil B2C dentro do mix da CVC.

“O caixa é um problema que tem causado alguma preocupação aos investidores, uma vez que uma recuperação total das reservas exigirá investimento em capital de giro, mas foi aprovada uma emissão de dívida de aproximadamente R$ 1 bilhão, então a situação parece confortável por enquanto”, destacaram.

Para eles, embora ainda haja um longo caminho para que a CVC se recupere totalmente, a aceleração das reservas ao longo do trimestre (atingindo seu ponto mais alto desde a pandemia) e o Ebitda melhor do que o esperado, devido ao rígido controle de custos, são pontos positivos. Dito isso, a visibilidade em torno de reservas completas e recuperação de margem permanece limitada e achamos que a empresa só entregará um lucro líquido considerável em 2024. Portanto, o BBI segue com recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 19.

A Eleven apontou que o prejuízo no trimestre totalizou R$ 167 milhões e seu aumento no período foi o ponto negativo do resultado na visão da casa pois ficou pior em R$ 84 milhões versus suas estimativas e aumentou em 104,7% na base de comparação anual, resultado principalmente das maiores despesas financeiras do trimestre e da revisão de saldos de tributos diferidos negativos em R$ 62 milhões.

Contudo, mantiveram recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,00, enxergando que a companhia está bem-posicionada para retomada do turismo no Brasil e no mercado internacional, apoiada em sua posição de liderança de mercado e inovações tecnológicas.

Banco Inter (BIDI11)

Em meio ao cenário desafiador para as ações de crescimento com alta de juros global, as units do Banco Inter registraram queda de 17,01%, apesar de boas notícias com relação a sua listagem nos EUA.

O Bank of America, neste mês, reduziu o preço-alvo do Banco Inter de R$ 36 para R$ 17, um corte de 53%, refletindo estimativas de lucro mais baixas.

Para os analistas, o ambiente operacional desafiador está pressionando o crescimento, embora o banco esteja focado em entregar uma operação lucrativa.

Contudo, a recomendação segue de compra para o ativo. “Ainda acreditamos que, como plataforma digital líder no Brasil, o Inter está bem posicionada para proporcionar um crescimento desproporcional nos lucros nos próximos anos”, afirma a análise.

“Além disso, vemos a próxima listagem da Nasdaq como positiva, pois deve fortalecer a posição como empresa global de tecnologia e aumentar os padrões de governança corporativa”, apontaram.

Confira as maiores baixas do Ibovespa em maio:

Empresa Ticker Cotação Variação
Magazine Luiza MGLU3 R$ 3,72 -23,77%
Hapvida HAPV3 R$ 6,72 -23,38%
Petz PETZ3 R$ 12,13 -20,35%
CVC CVCB3 R$ 10,92 -17,65%
Banco Inter BIDI11 R$ 12,59 -17,01%

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Servidores federais rejeitam proposta de reajuste de 5% e mantêm greve - Correio Braziliense

Fernanda Strickland

postado em 31/05/2022 06:00

 (crédito: Fonasefe/Divulgação)

(crédito: Fonasefe/Divulgação)

Mesmo o governo cortando R$ 14 bilhões do Orçamento para garantir reajuste de 5% aos servidores federais, várias carreiras do funcionalismo manterão paralisações para pressionar por aumento maior de salários. Ontem, funcionários da Controladoria-Geral da União (CGU) iniciaram a greve aprovada na última semana. Mas a categoria não é a única que está paralisada; os servidores do Banco Central (BC), por exemplo, já estão de braços cruzados desde o início de abril.

As lideranças das categorias afirmam que não vão suspender as greves porque consideram que o reajuste de 5% é insuficiente para repor as perdas provocadas pela inflação nos últimos anos. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), Rudinei Marques, explicou que, de janeiro de 2017 até agora, essas perdas, medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegam a 34%. "Conceder 5% não vai repor nem 15% da perda do poder de compra dos servidores" disse. "É claro que é melhor que nada, mas é completamente insuficiente. Amanhã (hoje), a partir das 14h, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, vamos dar um recado final para o governo."

O diretor da Federação dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU (Fenajufe), Thiago Duarte, criticou as justificativas do presidente para negar reajuste salarial (ver matéria ao lado). "Não aceitaremos que Bolsonaro jogue servidor contra servidor", disse. "Todos nós merecemos, e se tem dinheiro para Orçamento Secreto, tem também para a recomposição inflacionária emergencial", disse.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, disse que vai propor a continuidade da greve em assembléia que será realizada hoje.

Em nota, a Unacon Sindical disse que o reajuste linear de 5%, além de insuficiente diante da alta do custo de vida, não impede o desalinhamento remuneratório entre carreiras de Estado do Executivo, reconhecido pelo próprio governo no início deste ano.

"O percentual anunciado não repõe nem mesmo a inflação do último ano e mantém o cenário de perdas acentuadas para a carreira de finanças e controle", pontuou o sindicato.

Segundo levantamento da entidade, para retornar ao patamar remuneratório de janeiro de 2019, data do último reajuste, é necessária uma reposição de 24%. "O mesmo cálculo evidencia que o salário real dos auditores e técnicos federais de finanças e controle se encontra no menor patamar dos últimos 13 anos e, ainda, que as perdas acumuladas desde 2009 podem chegar, ao fim deste ano, a 40%", informa a nota.

O Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) informou que vai manter ações como a entrega de cargos de chefia e a operação-padrão nas fronteiras.

Saiba Mais

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Taxa de desemprego fica em 10,5% no trimestre encerrado em abril, melhor que a expectativa - InfoMoney

A taxa de desemprego no Brasil continua em trajetória de queda e ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, resultado bem melhor que o esperado pelo mercado (o consenso Refinitiv projetava 11%), apontam dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nesta terça-feira (31).

É a menor taxa para esse trimestre desde 2015 (quando estava em 8,1%) e uma queda de 0,7 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (de novembro a janeiro) e de 4,3 pontos percentuais na comparação anual (de fevereiro a abril de 2021, período em que o país sofria com o auge da segunda onda de Covid-19).

O número de pessoas ocupadas (96,5 milhões) é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e cresceu 1,1% na comparação com o trimestre de novembro a janeiro (1,1 milhão de pessoas a mais) e 10,3% com o mesmo trimestre do ano anterior (9 milhões de ocupados em um ano).

A população desocupada recuou 5,8% na comparação trimestral (699 mil pessoas) e 25,3% na anual (3,8 milhões de pessoas desocupadas a menos), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar das boas notícias, 11,3 milhões de brasileiros ainda não conseguem um emprego e o rendimento real habitual caiu 7,9% na comparação anual.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 55,8%, uma alta trimestral de 0,5 ponto percentual e anual de 4,8 pontos percentuais (quando estava em 51,1%).

Indicadores da Pnad Contínua de abril de 2022:

  • Taxa de desocupação: 10,5% (contra 11,2% no trimestre entre novembro e janeiro e 14,8% no trimestre de fevereiro a abril de 2021)
  • População desocupada: 11,3 milhões de pessoas (-669 mil no trimestre contra trimestre e -3,8 milhões na comparação anual)
  • População ocupada: 96,5 milhões de pessoas, maior da série histórica iniciada em 2012 (+1,1 milhão em um trimestre e +9 milhões em um ano)
  • Nível da ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar): 55,8% (+0,5 ponto percentual em um trimestre e +4,8 pontos percentuais em um ano)
  • Rendimento real habitual: R$ 2.569 (estabilidade na comparação trimestral e -7,9% na anual)

Com ou sem carteira assinada?

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) foi de 35,2 milhões de pessoas, alta de 2,0% frente ao trimestre anterior (690 mil pessoas) e de 11,6% na comparação anual (acréscimo de 3,7 milhões de pessoas).

O número de trabalhadores domésticos se manteve estável no confronto trimestral (5,8 milhões de pessoas) e subiu 22,7% no anual (mais 1 milhão de pessoas).

Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi o maior da série histórica (12,5 milhões de pessoas), apresentando estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 20,8% em um ano (2,2 milhões de pessoas a mais).

O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) também manteve-se estável na comparação trimestral, mas subiu 7,2% na anual (mais 1,7 milhão de pessoas).

O número de empregadores apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior (4,1 milhões de pessoas) e cresceu 11,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (414 mil pessoas a mais).

Por fim, o número de empregados no setor público (11,5 milhões de pessoas) apresentou estabilidade nas duas comparações.

População empregada:

  • Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos): 35,2 milhões de pessoas (+690 mil na comparação trimestral e +3,7 milhões na anual)
  • Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões de pessoas (estável no trimestre contra trimestre e +1 milhão no confronto anual)
  • Empregados sem carteira assinada no setor privado: 12,5 milhões de pessoas (estável na comparação trimestral e +2 milhões na anual)
  • Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões de pessoas (estável e +1,7 milhão)
  • Empregadores: 4,1 milhões de pessoas (estável e +414 mil)
  • Empregados no setor público: 11 milhões de pessoas (estabilidade nas duas bases de comparação)
  • Taxa de informalidade: 40,1% da população ocupada (38,7 milhões de trabalhadores informais), contra 40,4% no trimestre anterior e 39,3% há um ano)

Informalidade e salários menores

Com isso, a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada (38,7 milhões de trabalhadores informais), uma queda de 0,3 ponto percentual na comparação trimestral (a taxa era de 40,4% entre novembro e janeiro) mas alta de 0,8 ponto percentual na anual (39,3% entre fevereiro e abril de 2021).

O rendimento real habitual ficou em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril, uma estabilidade frente ao trimestre anterior e uma redução de 7,9% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 242,9 bilhões) cresceu frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

“Embora tenha havido crescimento da formalidade, não foi observada expansão do rendimento médio real do emprego com carteira assinada no setor privado. Além disso, houve queda no rendimento do setor público”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

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Monday, May 30, 2022

Bitcoin sobe e volta a US$ 30 mil após 9ª semana de queda; Stepn (GMT) dispara 20% e “nova” LUNA é lançada - InfoMoney

O Bitcoin (BTC) inicia esta segunda-feira (30) em alta de mais de 5% no acumulado de 24 horas, apesar de ter chegado a sua nona semana seguida de perdas, renovando assim seu recorde negativo. O Ethereum (ETH), por sua vez, avança cerca de 7%.

O fim de semana foi de pouca oscilação após as criptomoedas caírem na sexta mesmo com um dia positivo nas bolsas americanas, que têm sido uma de suas principais referências. Hoje Wall Street fica fechada por conta do feriado de Memorial Day.

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Os traders de criptomoedas ainda estão com grande aversão ao risco depois destas nove semanas de perdas. O BTC está a caminho de uma queda de 20% este mês, embora tenha subido mais de 10% em relação à sua recente mínima de US$ 25.840 em 12 de maio.

No curto prazo, no entanto, os preços podem se estabilizar. “Houve vendas a descoberto maciças nas últimas semanas, o que pode ser um presságio de um short squeeze nas próximas semanas. Os fluxos de reequilíbrio no final do mês também podem ajudar”, escreveu David Duong, chefe de pesquisa institucional da Coinbase, em um relatório na última sexta.

“Se conseguir ultrapassar US$ 30 mil, pode disparar”, disse Joe DiPasquale, CEO da gestora de fundos de criptomoedas BitBull Capital, ao CoinDesk. “Mas, se continuar pressionado pelo sentimento de baixa, pode cair para sua próxima linha de suporte em torno de US$ 25 mil”.

Agora o mercado fica atento para um sinal de reversão da tendência negativa no curto prazo. Os gráficos de preços sugerem que o Bitcoin teve um forte suporte na marca de US$ 29 mil, um nível que foi testado várias vezes nas últimas semanas. Fechar abaixo desse nível pode significar que a criptomoeda pode cair para sua máxima de 2017 de quase US$ 20 mil, mostram os gráficos.

A resistência em US$ 30.500 continua existindo, no entanto, e um fechamento diário acima desse nível mostraria fortes sinais de recuperação.

“Será prematuro falar sobre uma contra-ofensiva de alta até que o Bitcoin fique acima de US$ 30.600, sua linha de resistência horizontal desde meados de maio”, explica Alex Kuptsikevich, analista sênior de mercado da FxPro. “O apetite de risco renovado nos mercados globais está alimentando as esperanças de uma reviravolta”, afirma.

Diante da forte correlação com as ações, outra boa notícia para o mercado cripto é a visão da MRB Partners, uma empresa global de pesquisa de investimentos, que do lado macro espera que os mercados tradicionais se recuperem caso as condições de crescimento global se mostrem resilientes.

A empresa está “presumindo que as expectativas das taxas de juros e os rendimentos dos títulos permaneçam calmos por um tempo, o que é provável, pois a inflação desacelerará temporariamente, primeiro nos EUA e depois em outros lugares. Os bancos centrais, por sua vez, provavelmente esfriarão brevemente suas visões mais hawkish“, disse a companhia.

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Entre as altcoins, destaque para a Stepn (GMT), projeto move-to-earn que paga pela prática de exercícios, que dispara mais de 20% tentando se recuperar das fortes perdas recentes após notícias de que ele iria bloquear o app na China em possível cessão à pressão regulatória.

A disputa ocorre sobre os dados armazenados pelo aplicativo, que segundo regras regulatórias da China não podem ser exportados para outros países, mesmo que as sedes das companhias não fiquem em território chinês. A Stepn fica registrada na Austrália.

O problema não afeta apenas o aplicativo em blockchain, grandes empresas como Apple e Tesla também estão envolvidas nessa questão, que não deve ser resolvida tão rapidamente.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h05:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 30.697,06 +5,81%
Ethereum (ETH) US$ 1.905,49 +6,92%
Binance Coin (BNB) US$ 316,31 +5,17%
XRP (XRP) US$ 0,3991 +4,09%
Cardano (ADA) US$ 0,5201 +12,22%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Waves (WAVES) US$ 5,54 +29,05%
STEPN (GMT) US$ 1,18 +22,97%
Helium (HNT) US$ 8,44 +18,88%
Elrond (EGLD) US$ 84,09 +17,78%
ThorChain (RUNE) US$ 3,06 +17,13%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 23,10 -3,54%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 32,60 -3,55%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 24,43 -6,32%
Hashdex DeFi (DEFI11) R$ 19,62 -9,94%
Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) R$ 20,31 -5,57%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 8,70 -2,24%
QR Ether (QETH11) R$ 6,02 -5,19%
QR DeFi (QDFI11) R$ 3,61 -3,98%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (30):

Lançamento da nova “LUNA 2.0”

O que foi anunciado pelo projeto Terra como um “renascimento” não parece ter começado muito bem no fim de semana, à medida que novos tokens LUNA foram emitidos e imediatamente caíram de preço.

Um elemento-chave do plano da Terra era entregar novos tokens LUNA aos detentores das stablecoins UST, que agora amargam grandes perdas, bem como aos detentores dos tokens LUNA mais antigos e existentes. Os tokens mais antigos agora foram convertidos em “LUNA classic” sob o código de negociação “LUNC”.

No momento da publicação, a capitalização de mercado desses tokens antigos era de cerca de US$ 700 milhões, muito abaixo dos cerca de US$ 40 bilhões a menos de dois meses atrás.

No entanto, não está totalmente claro para que os tokens LUNC serão usados, já que a maioria dos desenvolvedores do Terra agora deve mover a atividade para a cadeia de substituição recém-lançada – isto é, se eles não forem recrutados por outras blockchains.

Os novos tokens LUNA foram negociados inicialmente em 28 de maio por cerca de US$ 17, mas caíram logo depois e na manhã desta segunda operavam em torno de US$ 6,10.

No Twitter, alguns usuários reclamaram de estarem confusos com tudo, enquanto outros prometeram sacar imediatamente todo e qualquer token relacionado à Terra.

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Produtos seguem diminuindo tamanho, e qualidade também cai, dizem clientes - UOL Economia

Reduflação é o nome desse fenômeno

Para o economista e membro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) Carlos Caixeta, os consumidores estão notando o fenômeno chamado "reduflação": mistura de redução com inflação.

"Para evitar aumentar os preços, a empresa fabricante mantém o preço, mas reduz a quantidade do produto vendido, o que na prática é um aumento no valor pago pelo consumidor. Mudar a composição do produto significa escolher matérias-primas mais baratas, o que reduz os custos de produção e a necessidade de reajuste de preços", afirma.

Segundo Caixeta, é uma estratégia das empresas para continuarem vendendo. "As empresas procuram evitar aumento de preços porque os produtos ficam menos competitivos, reduzindo as vendas e comprometendo sua saúde financeira."

Pode ou não pode reduzir?

As empresas podem legalmente reduzir os produtos, mas com ressalvas. É o que explica o coordenador da área Cível, Relações de Trabalho e Consumo na Andrade Silva Advogados, Aldemir Pereira Nogueira.

As alterações até podem ser feitas, desde que corretamente informadas ao consumidor, conforme determinação do Ministério da Justiça (portaria 81, de 23 de janeiro de 2002) e do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990).

"O fabricante tem que informar de forma clara e específica a alteração do tamanho e do que o produto é feito. Exemplo: se o suco de uva tem maçã na composição, isso deve ser colocado de forma explícita na embalagem. Se houve redução da quantidade, deve-se colocar quanto era antes, para quanto foi e a porcentagem de redução, em letra legível na embalagem", explica.

Nogueira lembra que as empresas devem manter essa comunicação por pelo menos três meses.

Caso o consumidor perceba que o produto foi alterado, mas não houve informação adequada, pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor, e as empresas podem ser multadas por maquiagem de produto. Os valores chegam a R$ 9,9 milhões.

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Sunday, May 29, 2022

Soja: atenção para o que pode mexer com o mercado nesta semana - Canal Rural

ANÁLISE

Atrasos no plantio do milho podem provocar migração de área nos EUA; confira as dicas da consultoria Safras & Mercado

Criado em 29/05/2022 ÀS 9h02 Por Agência Safras - Atualizado em 29/05/2022 ÀS 19h05

O mercado da soja permanece dividindo suas atenções entre o clima para o avanço do plantio e desenvolvimento inicial da nova safra dos Estados Unidos, sinais de demanda pela soja norte-americana e finalização da colheita da América do Sul. No lado financeiro, a guerra entre Rússia e Ucrânia, a situação econômica global e o aparente fim do lockdowns na China adicionam volatilidade extra aos mercados.

Acompanhe abaixo os fatos que devem merecer a atenção do mercado de soja nesta semana. As dicas são do analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da consultoria Safras & Mercado:

– Os trabalhos de plantio da nova safra dos EUA voltaram a esboçar uma recuperação na semana passada, amparados por um clima menos úmidos sobre a maior parte dos principais estados do cinturão produtor. A baixa umidade permitiu um avanço mais rápido das máquinas, resultando em uma recuperação interessante de parte dos atrasos acumulados. Até o dia 15 de maio, 50% da área estava plantada, contra uma média de 55% das últimas cinco safras. Os atrasos na soja não chegam a trazer grande preocupação, visto que a janela para plantio se estende até meados de junho.

– Neste momento, o que chama mais a atenção é a situação do milho. O clima também permitiu uma boa recuperação dos atrasos acumulados, mas há dúvidas se haverá tempo para a semeadura de toda a área destinada ao cereal. Isso porque nesta semana houve o retorno de umidade elevada para boa parte do cinturão produtor, o que deve ter voltado a atrapalhar o avanço das máquinas. Se até o dia 12 de junho (já fora da janela ideal) a área de milho não tiver sido totalmente semeada, pode haver migrações de áreas para a soja, o que traria um potencial produtivo ainda maior para a safra da leguminosa.

– O relatório do USDA de evolução do plantio deverá trazer um avanço mais lento para soja e milho no próximo dia 30. Apesar disso, o clima nos próximos dias será menos úmido, o que deve voltar a possibilitar um melhor avanço das máquinas. É importante destacar que o clima, até o momento, é positivo para o desenvolvimento inicial das lavouras de soja e milho já semeadas. De qualquer forma, continuamos esperando muita volatilidade para Chicago frente ao mercado climático norte-americano.

– No Brasil, os trabalhos de colheita estão virtualmente finalizados, enquanto na Argentina as máquinas começam a avançar para a reta final. A safra sul-americana já está precificada em Chicago, e não deve haver novos ajustes importantes nas produções.

– A demanda chinesa pela soja dos EUA continua sendo o principal fator de sustentação para Chicago. Novas compras devem anunciadas nos próximos dias. Além disso, a demanda por esmagamento também deve continuar firme nos EUA. Esperamos que o USDA volte a trazer um corte nos estoques finais dos EUA em seu relatório de junho, mesmo que de forma pontual, o que pode manter a sustentação dos contratos mais curtos.

soja

Foto: CNA

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Saturday, May 28, 2022

Mega-Sena: quanto o prêmio de R$ 100 milhões rende por mês na poupança? - UOL Economia

A Mega-Sena pode pagar neste sábado (28) um prêmio de aproximadamente R$ 100 milhões. Quanto essa fortuna renderia por mês se fosse investida na poupança ou em títulos de renda fixa?

O UOL conversou com Jhon Wine, educador financeiro do Dsop, que traz dicas de investimentos de baixo risco. Os cálculos consideram os juros e a inflação de hoje.

O valor do prêmio divulgado pela Caixa já inclui o desconto de 30% da alíquota de Imposto de Renda, ou seja, o vencedor da Mega-Sena receberá a quantia líquida de cerca de R$ 100 milhões.

Poupança rende R$ 640 mil mensalmente

Queridinha dos brasileiros, a caderneta de poupança é rejeitada por especialistas em investimentos. O motivo é simples: o baixo retorno. Sua rentabilidade atualmente é de 0,64% ao mês, de acordo com a última atualização feita pelo BC (Banco Central), na quinta-feira (26).

A partir desses números, o vencedor da Mega-Sena terá um rendimento mensal de R$ 640 mil na poupança caso invista todo o dinheiro do prêmio, apontam os cálculos do especialista.

Vale destacar que há outras opções de títulos públicos e privados mais interessantes para o investidor.

No caso do Tesouro Direto, o investimento máximo é limitado a R$ 1 milhão ao mês por pessoa.

Tesouro Selic e CDB: R$ 770 mil e R$ 780 mil cada

Wine diz que títulos públicos, do Tesouro Nacional, e títulos de instituições privadas, como bancos, rendem mais que a poupança.

O Tesouro Selic, que é atrelado à taxa básica de juros, a Selic —hoje em 12,75%—, oferece um rendimento de 0,77% ao mês. Em 30 dias, o milionário da Mega-Sena terá uma renda adicional de R$ 770 mil.

Já um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) tem rendimento um pouco maior: 0,78% ao mês. Essa opção de investimento garante exatamente R$ 780 mil por mês.

Ambas as modalidades podem ser resgatadas antes da data de vencimento.

Tesouro IPCA rende mais de um milhão ao mês

O Tesouro IPCA oferece ainda mais dinheiro ao investidor de renda fixa, de acordo com o especialista. Essa aplicação está ligada ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação brasileira, atualmente em 12,13% no acumulado dos últimos 12 meses.

Esse título é mais recomendado para quem deseja resgatar o dinheiro em um futuro mais distante para comprar um imóvel ou carro, sugere o especialista. O governo disponibiliza opções com datas de vencimento de cinco a mais de 30 anos.

Com rendimento mensal de de 1,08%, o Tesouro IPCA com resgate em 2055 —a data de vencimento mais longa— rende R$ 1.080 milhão a cada 30 dias.

Wine afirma que o investidor deve respeitar o prazo de vencimento para resgatar o dinheiro, para evitar perdas causadas pela volatilidade dos preços dos ativos.

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Friday, May 27, 2022

Eletrobras (ELET3;ELET6) aprova possível integralização da Santo Antônio Energia após aumento de capital - InfoMoney

O Conselho de Administração da Eletrobras (ELET6;ELET3) aprovou a integralização, por sua subsidiária Furnas, da totalidade das ações da Madeira Energia – controladora da Santo Antônio Energia – que eventualmente sobrarem após um aumento de capital que pode não ser acompanhado pelos demais sócios no empreendimento.

A Santo Antônio Energia, que controla uma usina hidrelétrica de mesmo nome no Rio Madeira (TO), deve realizar um aumento de capital de cerca de R$ 1,5 bilhão até o fim deste mês para fazer frente a uma decisão arbitral desfavorável.

Nesta sexta-feira, a elétrica republicou seu balanço do primeiro trimestre, “no contexto da oferta pública de ações a ser realizada pela Companhia”, para incluir revisão da avaliação do auditor independente em relação à Santo Antônio, alertando para possível inadimplência.

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Ibovespa sobe mais de 1% acompanhando exterior; dólar cai abaixo dos R$ 4,80 - InfoMoney

A bolsa brasileira subiu novamente nesta quinta-feira (26), acompanhando a forte recuperação dos mercados americanos.

A ata da última reunião de política monetária dos Estados Unidos, divulgada ontem, confirmou o que muitos esperavam e afastou, momentaneamente, a percepção de que o Federal Reserve será mais agressivo nas próximas elevações de juros, explicam os analistas.

O Ibovespa subiu 1,18%, aos 111.889 pontos, após oscilar entre 110.338 e 112.100 pontos. O volume financeiro foi de R$ 27 bilhões.

As ações da Cielo (CIEL3) e da Magazine Luiza (MGLU3) foram os destaques positivos, subindo, respectivamente, 11,29% e 9,70%, seguidas pelas ações da Rumo (RAIL3) e Cosan (CSAN3), com ganhos de 6,92% e 6,54%, nesta ordem.

Além do dia positivo no mercado, contribui para a alta dos papéis da Cielo a elevação da recomendação das ações pelo JPMorgan para underweight, equivalente à compra. Já os papéis da Rumo e da Cosan subiram com mercado avaliando positivamente as projeções dos executivos feitas no Cosan Day.

Entre os setores, destaque positivo para as companhias de saúde, após a Agência Nacional de Saúde Suplementar permitir aumentos de até 15,5% para os planos de saúde individuais e familiares. SulAmérica (SULA11) e Hapvida (HAPV3) subiram, respectivamente, 5,41% e 5,22%.

As elétricas foram os destaques negativos da sessão de hoje (26). As Units da Energisa ([ativo=ENGI11) e Taesa ([ativo=TAEE11]) recuaram, respectivamente, 2,88% e 2,77%, seguidas das ações da Cemig (CMIG4), com perdas de 2,57%.

As ações da Eletrobras (ELET6) recuaram 2,54% em um movimento de realização, com expectativa de que a oferta de ações da estatal seja protocolada nesta quinta-feira na CVM e na SEC.

O dólar fechou em baixa após PIB fraco nos EUA e aprovação do texto de 17% no ICMS para energia e combustíveis. A moeda americana caiu 1,23%, a R$ 4,761, após oscilar entre R$ 4,751 e R$ 4,843.

No aftermarket, às 17h05, os juros futuros operam em baixa, com aprovação do teto para ICMS e queda do dólar. O DIF23, -0,56 pp, a 13,35%; DIF25, -1,63 pp, a 12,09%; DIF27, -1,41 pp, a 11,92%; DIF29, -1,07 pp, a 12,04%.

Em Wall Street, as bolsas fecharam em alta, caminhando para uma recuperação de uma longa série de quedas semanais.

O índice Dow Jones subiu 1,61%, aos 32.638 pontos. O S&P 500 avançou 1,99%, aos 4.057 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 2,68%, aos 11.740 pontos.

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Thursday, May 26, 2022

Planos de saúde individuais: ANS autoriza reajuste de até 15,5%, o maior da série histórica - Saúde Estadão

BRASÍLIA - Com o aval do Ministério da Economia, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou nesta quinta-feira, 26, um reajuste de até 15,5% no valor dos planos individuais e familiares. O argumento é de que houve aumento das despesas das operadoras, com procedimentos eletivos (não urgentes) em 2021. O reajuste, o maior da série histórica iniciada em 2000, foi aprovado em reunião da diretoria colegiada na tarde desta quinta por 4 votos a 1.

"O trabalho da agência, a gente foca, acima de tudo, na sustentabilidade do setor, pensando obviamente no melhor para o consumidor, na estabilidade das relações. A viabilidade da manutenção do setor para dar continuidade, entregando às famílias as coberturas assistenciais contratadas", disse o diretor-presidente Paulo Rebello na reunião.

Um total de 8 milhões de beneficiários devem ser afetados. O reajuste vale para para o período de 1º de maio de 2022 a 30 de abril de 2023. Para planos individuais e familiares, o aumento depende de autorização prévia da ANS. 

No ano passado, a agência aplicou reajuste negativo de -8,19% para o período de maio de 2021 a abril de 2022. As operadoras não puderam cobrar índices maiores que o definido, mas, sim, aplicar índices menores. A justificativa, na época, foi a queda das despesas assistenciais no ano de 2020 provocada pela covid-19.

O cálculo do reajuste da ANS para 2022 e 2023 teve a concordância do Ministério da Economia. Em ofício enviado à ANS, uma equipe da pasta afirmou que o aumento proposto pela agência deve ser "avaliado à luz dos recentes acontecimentos advindos da pandemia de covid-19, que impactou drasticamente o setor de saúde suplementar". 

"Se por um lado a demanda por tais serviços caiu consideravelmente em 2020, reduzindo os custos das operadoras naquele ano, por outro a demanda reprimida em 2020 foi bastante sentida em 2021, com um considerável crescimento no uso dos serviços dos prestadores de saúde pelos beneficiários, gerando uma elevação nos custos das operadoras, que por sua vez vinham de uma redução nos seus preços desde maio de 2021, além de congelamento nos preços por oito meses em 2020", apontou a equipe.

A agência só define o valor do rejuste dos planos individuais ou familiares. E não há limite de reajuste aos planos coletivos empresariais nem aos coletivos por adesão. O valor do aumento para esses casos é negociado entre as empresas e as operadoras de saúde. 

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) diz que o setor foi o único do País em que o reajuste em 2021 foi negativo. A entidade defende que considerando o período 2021/2022, "os planos de saúde tiveram um aumento médio anual de cerca de 2,98%, o que é um dos menores da história dos planos de saúde individuais e familiares."

E exemplifica: “o beneficiário que pagava R$ 100 para o plano de saúde em dezembro de 2020 pagaria agora, após 2 anos, o valor de R$ 106,04, já que a mensalidade foi reduzida em -8,19% em 2021, e o reajuste anunciado é de 15,5% em 2022. Em comparação, os mesmos R$ 100 em janeiro de 2020 equivalem hoje a R$ 115,03 reais após aplicado o IPCA de 4,52% de 2020 mais 10,06% de 2021.”

A Abramge reforça ainda que, com a publicação do índice pelo órgão regulador, o reajuste dos planos individuais e familiares será aplicado no mês de aniversário de contrato.

De acordo com a associação, pela primeira vez, em 2021, as despesas assistenciais ultrapassaram a marca de R$ 200 bilhões pagos pelas operadoras para os hospitais, clínicas e laboratórios. Como reflexo do forte aumento das despesas, as operadoras de planos de saúde fecharam o ano, no conjunto, com prejuízo operacional de aproximadamente R$ 1 bilhão.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante de 15 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde e planos, defendeu o reajuste. A diretora-executiva da entidade, Vera Valente, afirmou que o aumento reflete o crescimento dos custos.

"O aumento de itens diversos, como o preço de medicamentos e insumos médicos, a forte retomada dos procedimentos eletivos, o impacto de tratamentos de covid longa e a incorporação de novas coberturas obrigatórias aos planos de saúde, como medicamentos e procedimentos, impactam diretamente no reajuste. Além disso, o Brasil enfrenta a maior inflação geral em 19 anos, o que afeta diversos setores de atividade econômica, incluindo o mercado de planos de saúde”, disse.

Segundo o Estadão apurou, o governo Jai Bolsonaro tentou postergar o anúncio do índice de reajuste dos planos de saúde para depois das eleições para evitar desgaste político. Procuradas por um emissário da administração federal, as empresas do setor não aceitaram a proposta. 

Elas argumentaram que, se no ano passado, o reajuste negativo (em 8,19%) foi divulgado pela ANS na data certa, não haveria razão para postergar o anúncio de 2022 só porque o reajuste derivado da fórmula de cálculo adotada pela ANS desde 2018 foi de 15,5%. Apesar da tentativa de adiamento, ANS e Economia optaram por anunciar o reajuste ainda em maio, mês em que o índice é tradicionalmente divulgado.

Reajuste é descabido, diz advogado

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) faz análise contrária. "Os anos pandêmicos foram de intenso crescimento econômico para as operadoras de planos de saúde.” A entidade aponta que os consumidores pagaram uma cobrança retroativa de reajustes - os valores suspensos em 2020 durante o primeiro ano de pandemia. 

Dados do instituto verificaram que, apesar do reajuste negativo, a população usuária desses serviços lidou com aumentos da ordem de até 50% durante o ano de 2021. Ou seja, o desconto foi neutralizado pela recomposição. 

Coordenadora do Programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete se diz espantada com percentual tão elevado considerando os lucros das empresas de saúde, com a entrada de consumidores durante a pandemia. “A questão é que essa metodologia foi pensada para situações de normalidade sanitária. O comportamento dos custos na pandemia foi extremamente atípico, o que demandaria uma reavaliação do reajuste deste ano.”

O advogado e diretor do Instituto Brasileiro do Direito do Seguro (IBDS) Tiago Moraes afirma que o reajuste é "descabido". Segundo ele, o aumento "lesa o bolso do consumidor". "Não poderia jamais ser chancelado pela agência que tem como uma de suas principais atribuições zelar pelo bom desenvolvimento do mercado de seguros e planos de saúde", disse.

"As operadoras propalam que a taxa de sinistralidade dos planos de saúde ultrapassou 85% no ano de 2021, mas convenientemente se esquecem que no ano de 2020, por conta da pandemia, o número de consultas e procedimentos eletivos (não urgentes) caiu abruptamente, não tendo sido realizados durante boa parte do ano."

Checar possibilidades de migração é alternativa para clientes

Caso a ANS defina um percentual elevado e o cliente não consiga mais arcar com essa despesa, entidades de defesa do consumidor recomendam que o cliente tente trocar de plano dentro da mesma operadora. Dessa forma, é possível levar com ele as carências que já foram cumpridas.

A operadora é obrigada a fornecer uma lista de planos para os quais é possível fazer a migração. Outra possibilidade é tentar trocar de plano e de operadora fazendo portabilidade. Para isso, o beneficiário deve acessar o guia da ANS no site da agência.

Ao informar os dados do plano de saúde, o serviço fornece uma lista de outros para os quais é possível mudar. Só é permitido fazer portabilidade se o cliente estiver há pelo menos dois anos no plano de origem e em dia com o pagamento das mensalidades. O plano para o qual a pessoa pretende migrar precisa ser do mesmo valor ou mais barato. / COLABOROU CRISTIANE SEGATTO

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Planos de saúde individuais: ANS autoriza reajuste de até 15,5%, o maior da série histórica - Saúde Estadão
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Loja de pneus do DF cobrava preços mais altos para mulheres - Correio Braziliense

Darcianne Diogo

postado em 26/05/2022 19:58 / atualizado em 26/05/2022 20:29

Lojas foram interditadas pelo Procon-DF - (crédito: Procon/Divulgação)

Lojas foram interditadas pelo Procon-DF - (crédito: Procon/Divulgação)

A empresa Grid Pneus, interditada na terça-feira (24/5) durante uma operação do Procon-DF e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), definia preços distintos para os mesmos serviços a homens, mulheres e idosos. As duas unidades, das Asas Sul e Norte, estão interditadas por prazo indeterminado e o processo administrativo corre em segredo de Justiça. Em entrevista ao Correio, o diretor-geral do Procon-DF, Marcelo Nascimento, deu detalhes de como os funcionários das lojas agiam e enganavam os consumidores.

Além de treinar mecânicos para condenar peças de automóveis de clientes e, como recompensa, oferecer comissão, os donos da Grid elaboravam ordens de serviço sem autorização dos clientes e mantinham uma tabela de preço diferenciada para cada consumidor. Nas lojas, as equipes encontraram, por exemplo, uma ordem de serviço de “suspensão premium” em que, os preços variavam entre R$ 1,6 mil a mais de R$ 2 mil. “Se era mulher, era um valor. Idoso, era outro. Tecnicamente, para mulheres eles cobravam mais caro aquele mesmo serviço, fora a lesão que eles criavam ao cliente”, destacou Marcelo.

Em algumas ordens de serviço, os mecânicos cobravam ou não a mão de obra. A hora da mão de obra chegava a custar até R$ 600. Além disso, foram constatados serviços em duplicidade e até troca de nomes. Por exemplo, ao invés de alinhamento ou balanceamento, eles trocavam por “geometria”, a fim de confundir o cliente e tirar proveito.

O diretor do Procon-DF explica que os funcionários eram orientados a achar defeitos nos automóveis ou até criar defeitos. “Por exemplo, eles diziam que o carro estava com vazamento de óleo e amedrontavam o cliente, dizendo que, caso não fosse consertado, iria ter problemas de risco de segurança e colocar a vida em risco”, frisou.

  • Interditada pelo Procon-DF por enganar clientes e cobrar serviços extras, a Grid Pneus, loja de revenda e manutenção de pneus, treinava mecânicos para condenar peças de automóveis de clientes e, como recompensa, oferecia comissão Material obtido pelo Correio

  • Interditada pelo Procon-DF por enganar clientes e cobrar serviços extras, a Grid Pneus, loja de revenda e manutenção de pneus, treinava mecânicos para condenar peças de automóveis de clientes e, como recompensa, oferecia comissão Material obtido pelo Correio

Denúncia


Um ex-funcionário procurou a reportagem e relatou que, mesmo se o carro do cliente fosse novo, os mecânicos o “destruíam”. “Somos todos incentivados a vender, vender e vender em grupos do zap (whatsapp), e todos sabem que assim querem fazer com o cliente, que pague tudo que conseguir, arranca deles. Só falam em margem, margem de lucros”, desabafou.

O ex-funcionário também acusa os proprietários da Grid de administrarem outras lojas no DF e cometer os mesmos crimes. Por fim, o homem disse que se arrepende por ter, de certa forma, participado de certas situações na empresa.

Marcelo Nascimento orienta os consumidores a não caírem nesse tipo de golpe. Segundo ele, a primeira dica é buscar orçamentos em lojas diferentes. “Não faça orçamento só com uma loja. Faça pesquisas, entre na internet e converse com amigos e familiares”, finalizou.

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Petrobras fecha acordo para vender refinaria Lubnor por US$ 34 milhões - Globo.com

A Petrobras anunciou na quarta-feira que assinou um acordo com a Grepar Participações para vender a refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) e de ativos de logística associados.

O valor total da venda é de US$ 34 milhões (o equivalente a cerca de R$ 163 milhões), sendo 3,4 milhões já pagos, 9,6 milhões a serem pagos no fechamento da transação e 21 milhões em pagamentos diferidos.

A companhia acrescentou que a operação precisa ser aprovada pelo órgão antitruste brasileiro.

Localizada no Ceará, a Lubnor possui capacidade de processamento autorizada de 10,4 mil barris por dia. É uma das líderes nacionais em produção de asfalto, e a única unidade de refino no país a produzir lubrificantes naftênicos.

Em comunicado, a Petrobras destacou que a refinaria é o quarto ativo a ter um contrato de compra e venda assinado no âmbito do compromisso firmado pela estatal com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2019 para a abertura do mercado de refino no Brasil.

A Grepar é veículo societário de propriedade conjunta das empresas Grecor Investimentos em Participações Societárias Ltda., Greca Distribuidora de Asfaltos Ltda. e Holding GV Participações S.A.

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Petrobras fecha acordo para vender refinaria Lubnor por US$ 34 milhões - Globo.com
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Com Selic a 11,25%, quanto rende investimento de R$ 1 mil? - Revista Oeste

Nesta quarta-feira, 31, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou pela quinta vez consecutiva a taxa básica de j...