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Wednesday, December 15, 2021

André Corrêa diz que GNV pode subir 50% em janeiro - Diario do Vale


Deputado se junta a sindicatos de revendedores de combustíveis contra alta pedida por concessionária no valor da tarifa do gás natural

Rio e Sul Fluminense – Diante da perspectiva de aumento em torno de 50% na tarifa do gás natural em todo o estado do Rio de Janeiro, a partir de 1° de janeiro, as diretorias dos dois principais sindicatos de combustíveis do estado, da capital e do interior, reuniram-se nesta segunda-feira, 13, em duas oportunidades, com o Governo do Estado.
Durante a tarde, os representantes dos postos foram recebidos na sede da Agenersa (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro), pelo presidente da agência, Rafael Menezes. No início da noite, os líderes foram ao encontro do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah. O deputado estadual André Corrêa (DEM) articulou as duas agendas e conduziu o grupo.
Preocupados com aumento anunciado pela concessionária Naturgy e seus desdobramentos, tanto para a revenda quanto para o público consumidor, diretores do Sindestado-RJ (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência, com atuação estadual) e Sindicomb (Sindicato dos Postos Revendedores do Município do Rio) buscaram apoio parlamentar na Alerj junto ao deputado André Corrêa para, juntos, tentarem reverter a situação.
Os revendedores temem o colapso nas vendas do combustível que integra o programa de transferência de renda do cidadão fluminense, com impacto direto para taxistas, motoristas de aplicativos e para toda a cadeia do gás no Estado.
O estado do Rio de Janeiro é o maior produtor de gás natural do país, e também o maior mercado consumidor veicular do insumo.
Durante a reunião na Agenersa, o presidente Rafael Menezes informou que a agência reguladora “vem acompanhando o caso e que temos noção da importância que isso (o aumento anunciado) pode causar em diversos setores da sociedade”. O presidente da Agenersa informou que o assunto irá constar na pauta da última sessão regulatória da agência, agendada para o próximo dia 28 de dezembro.
Rafael Menezes concordou que o reflexo do reajuste é importante, e que pretende analisar todas as manifestações técnicas. Pelos cálculos da Agenersa, com o reajuste, o preço final do metro cúbico do GNV nos postos de combustíveis pode variar entre R$ 5,90 e R$ 6,20.
André Corrêa entende que a possibilidade de aumento como “absurda”:
— O reajuste afetaria não só os motoristas, incluindo taxistas e motoristas de aplicativos, mas prejudicaria o fornecimento de gás à indústria e ao comércio, além de penalizar milhares de famílias que recebem o gás encanado em suas residências.”, enumerou o deputado. André Corrêa avalia que o aumento pode ter como consequência o colapso na economia fluminense: “Não é exagero afirmar que isso (o aumento proposto pela Naturgy) vai afetar toda a população e pode derrubar a retomada da economia do estado do Rio de Janeiro — avaliou.
Ainda segundo o deputado, com base em análise realizada pela própria Agenersa em sua última Revisão Quinquenal, haveria possibilidade de redução na margem de comercialização do gás em até 80% no interior e em cerca de 13% do preço praticado na capital.

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