O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) surpreendeu o mercado com seu novo boletim mensal de oferta e demanda divulgado nesta terça-feira, 9 de novembro, com os números da soja. Ao contrário do que se esperava, os dados atualizados foram altistas para as cotações da soja na Bolsa de Chicago e, por perto de 14h35 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam entre 26 e 28 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro de volta aos US$ 12,04 e o maio/22, referência importante para a safra brasileira, a US$ 12,38.
Logo na sequência da divulgação do boletim, as cotações da soja chegaram a subir mais de 30 pontos. E a oleaginosa puxa boas altas também no trigo e no milho, embora mais tímidas, uma vez que as mudanças foram menos substanciais para ambos os grãos.
SOJA EUA
A safra de soja 2021/22 dos Estados Unidos foi estimada pelo USDA em 120,45 milhões de toneladas, contra 121,05 milhões estimadas em outubro. A média esperada pelo mercado era de 121,93 milhões de toneladas. A produtividade, que era esperada também a ser revisada para cima, veio menor do que há um mês, em 57,38 sacas por hectare, contra 57,72 de outubro. Os traders esperavam uma média de 58,17 scs/ha.
Assim, os estoques finais norte-americanos, apesar de maiores do que a estimativa do mês passado, vieram abaixo do esperado ao virem em 9,25 milhões de toneladas. No mês passado o número era de 8,71 milhões e a média das expectativas de 9,8 milhões de toneladas.
As exportações foram reduzidas de 56,88 milhões para 55,79 milhões de toneladas. Já o esmagamento foi mantido em 59,6 milhões de toneladas.
A área plantada e colhida, por sua vez, foram mantidas em 35,29 e 34,97 milhões de hectares.
SOJA MUNDO
A produção mundial de soja também foi corrigida para baixo sendo estimada em 384,01 milhões de toneladas, contra 385,14 milhões do boletim de outubro. Assim, os estoques finais passaram de 104,57 para 103,78 milhões de toneladas.
A safra do Brasil ainda é estimada em 144 milhões de toneladas, mas a Argentina passou de 51 para 49,5 milhões de toneladas. O USDA ainda ainda revisou as importações de soja da China para 100 milhões de toneladas, contra 101 milhões do último reporte.
MILHO EUA
Para o milho a estimativa de produção foi elevada, porém, de forma bastante tímida. O número passou de 381,50 para 382,59 milhões de toneladas, frente à média das expectativas do mercado de 382,04 milhões. A produtividade foi revisada de 184,63 para 185,15 sacas por hectare. As projeções eram, em média, de 184,94 scs/ha.
Ainda assim, os estoques finais do cereal caíram nas projeções do departamento passando de 38,10 para 37,92 milhões de toneladas. Embora as exportações tenham sido mantidas em 63,5 milhões de toneladas, o uso do cereal para a produção de etanol aumentou para 133,36 milhões de toneladas, contra o número de 132,09 milhões do boletim de outubro.
MILHO MUNDO
A produção mundial de milho subiu de 1.198,22 para 1.204,62 bilhão de toneladas, elevando os estoques finais de 301,74 para 304,42 milhões de toneladas.
O USDA manteve sua projeção para a safra brasileira em 118 milhões de toneladas, com estoques finais de 8,93 milhões e exportações estimadas em 43 milhões de toneladas. Para a Argentina, porém, a produção de milho subiu de 53 para 54,5 milhões de toneladas, com estoques que passaram de 8,43 para 8,93 milhões de toneladas e exportações de 39 milhões de toneladas, contra o número trazido pelo USDA em outubro de 38 milhões.
O USDA ainda estimou um aumento no volume importado de milho pelo maiores importadores globais passando de 90,9 para 91 milhões. As importações chinesas do cereal são esperadas em 26 milhões de toneladas.
USDA surpreende com produção de soja menor nos EUA e Chicago sobe quase 2% nesta 3ª feira - Notícias Agrícolas
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