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Tuesday, November 23, 2021

Bolsonaro afirma que quer rever paridade internacional do preço da Petrobras - Jornal O Globo

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que busca rever a política da Petrobras de impor paridade internacional para os preços de combustível. Bolsonaro, contudo, não entrou em detalhes sobre como isso seria feito.

Veja também:EUA desafiam Opep e liberam parte de sua reserva estratégica de petróleo para conter alta de preço

— (A Petrobras) É uma empresa também que eu não tenho domínio sobre ela, tem seu aparelhamento. Ela busca o lucro. Tivemos problema sério no passado, além da corrupção, a questão da paridade com o preço internacional. Estamos buscando rever essa questão — disse o presidente, durante entrevista para o Portal Correio, da Paraíba. 

Questionado sobre se o governo já tem estudos sobre a alteração dessa política, no entanto, Bolsonaro falou apenas sobre o cálculo do ICMS.

— Nós temos uma ação no Supremo, já está indo para quatro meses, a gente lamenta ter demorado tanto assim, nós queremos regulamentar um dispositivo de uma emenda constitucional de 2021, para definir o valor do ICMS.

Silva e Luna:Presidente da Petrobras diz que nem todos os reajustes de combustível têm a ver com a estatal

O preço médio da gasolina acumula alta de 50% no ano no Brasil e tem sido um dos principais focos de pressão contra Bolsonaro. O preço máximo do litro encontrado nas bombas chegou em R$ 7,99, no Rio Grande do Sul.

A atual política de preços, que repassa aos combustíveis a variação do petróleo e do dólar, foi estabelecida durante o governo do ex-presidente Michel Temer.

Também nesta terça-feira, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, participou de uma audiência na Câmara e negou que a estatal seja culpada pelo aumento da gasolina. Segundo ele, a empresa fez 15 reajustes  em 2021, mas foram contabilizados 38 reflexos ao consumidor.

PEC dos Precatórios

Na mesma entrevista, Bolsonaro disse que pretende começar a pagar em dezembro o vale-gás, criado por meio de uma lei sancionada na segunda-feira.

— A previsão é chegar agora em dezembro. Já em dezembro. O objetivo é atender aquela parte mais carente da nossa sociedade.

Entretanto, na segunda-feira, o Ministério da Economia afirmou que os recursos para o novo programa social não estão garantidos, mesmo a lei prevendo que eles virão de dividendos da Petrobras.

O presidente ainda disse esperar que o Senado aprove "até na próxima semana, no máximo" a PEC dos Precatórios, para viabilizar ainda em dezembro o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família.

— Está no Senado. Espero que aprove até na próxima semana, no máximo, para a gente começar a pagar logo em dezembro esses 400 reais.

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