Consumidores de Mogi das Cruzes procuram ofertas nas lojas durante a Black Friday — Foto: Reprodução/ TV Diário
O brasileiro adquiriu o hábito de começar a pesquisar os preços dos produtos oferecidos na Black Friday com bastante antecedência. E neste ano consumidor enfrenta um cenário bastante desafiador, com inflação e juros em alta.
Uma pesquisa realizada pela MindMiners revela essa tendência de antecipação do brasileiro: 25% dos consumidores começam a realizar o levantamento de preços dos produtos seis meses antes da data, enquanto 28% fazem a pesquisa com três meses de antecedência.
"A gente nunca imagina que o consumidor vai pesquisar com tanta antecedência, mas tudo isso é pela desconfiança – se vai haver o desconto e se vai valer a pena comprar na Black Friday", afirma Katlyn Mallet, analista de marketing da MindMiners.
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O estudo foi realizado com consumidores de 18 a 80 anos das classes A, B e C. A pesquisa também evolveu todas as regiões do país, e os números foram colhidos entre 28 de setembro e 3 de outubro.
Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados sempre ou quase sempre costumam comprar na Black Friday e pretendem continuar comprando neste ano.
Black Friday: consumidores antecipam pesquisas para evitar cair em fraudes
Onde é feita a pesquisa de preços
Para 53% dos consumidores, a pesquisa de preços é realizada nos sites que fazem de forma constante o acompanhamento do valor dos produtos. As outras fontes de pesquisa são:
- 50% no site da marca;
- 28% em redes sociais e lojas físicas; e
- 23% por alertas de e-mails.
Uma Black Friday desafiadora
A edição da Black Friday deste ano é bastante desafiadora para o consumidor dado o cenário de alta inflação e de juros elevados.
"Mesmo quem tem condição de consumidor, tem dificuldade (em comprar) porque enfrenta uma inflação de quase 11% ao ano", diz Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
"Antigamente, o consumidor gastava sola de sapato. Agora, vai ter de gastar dedo na internet procurando (as melhores opções)", acrescenta.
A CNC estima que faturamento da Black Friday deste ano deve chegar a R$ 3,93 bilhões, acima do resultado de 2020 (R$ 3,78 bilhões), o que representa um crescimento de 3,8%. Mas, descontada a inflação acumulada no período de 12 meses, a data vai ter, em termos reais, uma queda de 6,5% no volume de vendas.
Na projeção da entidade, os setores que mais devem faturar são os de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,11 bilhão), eletroeletrônicos e utilidade doméstica (R$ 910 milhões) e hipermercados e supermercados (R$ 780 milhões).
Black Friday: consumidor reforça pesquisa por descontos em edição desafiadora - G1
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