O resultado da inflação de outubro, que subiu 1,25% e acumula alta de 10,67% nos últimos 12 meses, surpreendeu negativamente o mercado. A partir desses dados, bancos e corretoras aumentaram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 e 2022.
A economista-chefe do Credit Suisse, Solange Srour, revisou de 9,8% para 10,2% a inflação em 2021. Para o próximo ano, a projeção passou de 5,8% para 6,0%.
“Os riscos para o próximo ano são claramente de alta, pois os processos de desinflação observados no país foram impulsionados por uma combinação de valorização do câmbio, taxas reais muito elevadas e maior frouxidão da economia e, em alguns casos, deflação nos preços das commodities em moeda local”, afirmou.
O economista-chefe do Bank of America, David Beker, revisou a estimativa de inflação para o ano de 9,1% para 10,1%. Para 2022, ele manteve a projeção de 5%.
“Em comparação com nossa previsão [para outubro], as maiores surpresas vieram de transporte e roupas. Os preços da gasolina e do diesel aumentaram fortemente no mês, pressionados pelos preços mundiais do petróleo e pela desvalorização do real”, disse.
O economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, disse que os preços da gasolina e das passagens aéreas foram as principais pressões altistas no resultado do IPCA de outubro.
“Com o resultado acima do esperado para o mês, ajustamos nossa estimativa para o IPCA em 2021 de 9,9% para 10,3%. Por ora, mantemos a estimativa para a inflação IPCA de 2022 em 5,5%, mas reconhecemos viés de alta dada a aceleração do coeficiente inercial”, disse.
Bancos aumentam projeções de inflação após resultado do IPCA de outubro - O Antagonista
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