Hoje vamos conversar sobre a expansão da malha ferroviária da Rumo (RAIL3) no Mato Grosso e sobre a estratégia da Novonor (ex-Oderbretch) para vender sua participação na Braskem (BRKM5).
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Rumo irá ampliar malha norte e investe em logística
A Rumo (RAIL3), maior operadora ferroviária do país, anunciou na noite de ontem (19) que assinará contrato com o estado do Mato Grosso para a construção, operação, exploração e conservação de ferrovia no estado.
A ferrovia conectará o terminal rodoferroviário de Rondonópolis a Cuiabá e a Lucas do Rio Verde. O modelo será por meio de autorização, com vigência de contrato de 45 anos, prorrogável por igual período, com o cumprimento de exigências. Segundo a companhia, o investimento estimado é de R$ 9 a R$ 11 bilhões, com previsão de operação do primeiro terminal em 2025 e conclusão em 2030.
A notícia é positiva para a companhia, que segue investindo em novos projetos e ampliando sua malha logística. Com a expansão da malha norte, a Rumo fica melhor posicionada para capturar o aumento da produção agrícola esperado para a região nos próximos anos. Atualmente, sua ferrovia liga Rondonópolis ao porto de Santos, onde boa parte da produção agrícola é exportada. Não esperamos impactos relevantes nas ações da empresa no curto prazo, porque o projeto já era esperado e só trará retornos no longo prazo.
Novonor detalhar plano de venda de sua participação na Braskem
A Novonor (ex-Odebrecht) deve anunciar hoje (20) aos credores o plano de venda da sua participação na petroquímica Braskem (BRKM5), equivalente a R$ 19,3 bilhões. A Novonor detém 50,1% do capital votante da Braskem e 38,3% da totalidade do capital. A Petrobras também possui participação relevante na petroquímica, com 36,1% do capital total da companhia, equivalente a R$ 18,2 bilhões.
É possível que a Novonor tenha pretensões de realizar uma oferta subsequente de ações (follow-on) para se desfazer dos ativos. O modelo da operação ainda depende, porém, do plano da Petrobras para vender sua participação. A saída da Novonor através da bolsa também depende do aval dos bancos credores.
Há algumas semanas, a Novonor havia anunciado que avaliava fatiar a venda da Braskem, diante do interesse de investidores internacionais, mas não chegou a detalhar a operação. A petroquímica brasileira está avaliada em torno de US$ 9,7 bilhões atualmente.
A venda da participação na Braskem permitirá que a Novonor pague suas dívidas com os bancos credores com ações da petroquímica, que possuem garantia do recebimento de aproximadamente R$ 14 bilhões. Considerando o valor do último fechamento, a venda resultaria em R$ 5,3 bilhões em dinheiro para a Novonor, desconsiderando impostos.
A notícia é positiva para as empresas envolvidas, incluindo Petrobras (PETR3/PETR4) e Braskem (BRKM5). A operação ocorre em momento aquecido para o setor petroquímico, com grandes companhias globais se movimentando para consolidar o setor.
Ex-Odebrecht irá vender fatia na Braskem e afeta ações da Petrobras - UOL
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