SÃO PAULO – O mercado financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação este ano, pela 17ª semana consecutiva, desta vez, de 6,56% para 6,79%. Os dados constam do relatório Focus divulgado pelo Banco Central (BC) na manhã desta segunda-feira (2).
A projeção mostra um distanciamento ainda maior bem da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,75% para 2021.
Para 2022, as estimativas apontam agora para alta de 3,81% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ante 3,80% anteriormente.
Em meio à pressão inflacionária, o mercado financeiro estima alta de um ponto percentual da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC desta semana, de 4,25% para 5,25% ao ano. Para o encontro de setembro, a previsão para a Selic subiu de 6,00% para 6,25%, apontando para nova alta de um ponto.
A expectativa é que a taxa básica de juros encerre 2021 em 7%, se mantendo neste patamar até dezembro de 2022 – sem alterações em relação ao relatório da semana passada.
Com relação ao desempenho da economia brasileira, os economistas ouvidos pelo BC veem expansão de 5,30% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, praticamente em linha com o crescimento de 5,29% estimado na semana anterior.
Para o próximo ano, as expectativas se mantiveram em expansão de 2,10% da atividade econômica.
Por fim, no câmbio, as projeções são de dólar negociado a R$ 5,10 em dezembro (ante R$ 5,09 anteriormente) e a R$ 5,20 ao fim de 2022, a mesma estimativa do último levantamento.
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