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Thursday, August 5, 2021

Classificação de consumo de energia em geladeiras vai mudar: entenda nova regra - O Globo

SÃO PAULO — O Inmetro publicou nesta quarta-feira uma portaria que prevê a mudança, a partir de junho de 2022, da classificação de eficiência energética das geladeiras no país e cria, a partir de junho de 2022, três categorias novas nas etiquetas desses produtos.

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As mudanças ocorrem em meio a uma crise hídrica que tem afetado o preço da energia elétrica no país. Elas alteram o chamado Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro, que ganhou popularidade com o racionamento de energia de 2001 e hoje é criticado por especialistas como defasado.

Hoje, por exemplo, todas as geladeiras novas vendidas no país estão classificadas como A, a categoria de maior eficiência.

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Quando a porta fica muito tempo aberta, o motor funcionará mais, gastando mais energia. É importante também manter a borracha de vedação da porta da geladeira em bom estado. Os especialistas alertam que não se deve colocar roupas para secar na parte de trás da geladeira. Ao viajar, uma opção é esvaziar a geladeira e desligá-la da tomada. Foto: Pixabay
Quando a porta fica muito tempo aberta, o motor funcionará mais, gastando mais energia. É importante também manter a borracha de vedação da porta da geladeira em bom estado. Os especialistas alertam que não se deve colocar roupas para secar na parte de trás da geladeira. Ao viajar, uma opção é esvaziar a geladeira e desligá-la da tomada. Foto: Pixabay

As novas regras de classificação cocorrerão em três etapas. Na primeira delas, implementada em junho de 2022, serão criadas as subclasses A+, A++ e A+++, que representam ganhos de eficiência de consumo de energia de respectivamente 10%, 20% e 30%.

Hoje, apenas 5% das geladeiras vendidas no país atenderiam aos critérios para estarem na classe A+++, de acordo com a Associação nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), que elogia o novo padrão.

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Quem optar por comprar, a partir de junho de 2022, um equipamento A+++ de duas portas com degelo automático (o chamado frost free) de volume interno útil na casa dos 350 litros, modelo que correesponde atualmente a cerca de 80% do mercado, vai economizar aproximadamente 13 kWh mensais.

A economia, segundo a Eletros, seria em média de R$ 10,14 por mês. O cálculo considera tarifa de R$ 0,78 por kWh.

A partir de janeiro de 2026, no entanto, essas três novas subclasses vão desaparecer e darão lugar à reclassificação dos selos, que voltarão a ir de A a F, mas com padrões mais exigentes baseados em recomendações das Nações Unidas para o tema.

— Nossos produtos terão de apresentar redução de 40% do consumo de energia para permanecer na subclasse A nessa segunda fase — explica Jorge Nascimento, presidente da Eletros.

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As geladeiras, responsáveis por 30% do gasto com energia no Brasil, só alcançarão em 2026 o padrão de eficiência que é exigido nos Estados Unidos desde 2014.

O Inmetro tem dito que uma reclassificação dos aparelhos para abaixo da classe A antes de 2026 poderia levar à perda de incentivo tributário aos fabricantes e ao consequente aumento de preço para o consumidor.

A terceira fase da norma começaria em 2031, e elevaria os padrões de eficiência a níveis que podem superar os praticados pela União Europeia. Nessa etapa, todos os refrigeradores comercializados no Brasil devem se adequar à Classe Tropical, a mais rigorosa.

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Icem (SP) - 01/06/2021 - Estiagem - A usina Hidreletrica de Marimbondo esta operando abaixo da capacidade por causa do período da estiagem. Localizada na divisa dos Estados de Sao Paulo e Minas Gerais, a Hidreletrica tem capacidade para produzir 1.440 megawatt. Com a falta de chuva para encher o reservatorio, a producao de energia foi reduzida. (Foto: Ferdinando Ramos / Agencia O Globo) Foto: Ferdinando Ramos / Agência O Globo
Icem (SP) - 01/06/2021 - Estiagem - A usina Hidreletrica de Marimbondo esta operando abaixo da capacidade por causa do período da estiagem. Localizada na divisa dos Estados de Sao Paulo e Minas Gerais, a Hidreletrica tem capacidade para produzir 1.440 megawatt. Com a falta de chuva para encher o reservatorio, a producao de energia foi reduzida. (Foto: Ferdinando Ramos / Agencia O Globo) Foto: Ferdinando Ramos / Agência O Globo

Esse tipo de refrigerador deve ser capaz de manter no congelador uma temperatura de -18 °C em meio a um ambiente externo de 43 ºC.

Considerando uma curva de adoção em que em 2035 cerca de 80% das geladeiras do mercado sejam as mais eficientes, o Inmetro e a Eletros estimam uma economia na conta de luz de R$ 32,5 bilhões.

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Para Nascimento, o ritmo gradativo das mudanças é importante para que o mercado possa se adaptar sem encarecer os produtos com consumo mais eficiente de energia.

— Hoje, só 5% das geladeiras seriam A+++, o que mostra o quão exigente é o salto que estamos dando, estamos nos comprometendo com isso. É algo interessante porque estamos às portas de uma crise hídrica e as geladeiras não são desligadas — afirma o executivo.

De acordo com ele, países que fizeram mudanças mais abruptas nas classificações, como a Argentina e a Índia, tiveram problemas.

— Nesses mercados, onde o processo de mudança foi rápido, a classe A (de geladeiras mais eficientes) se esvaziou, porque o produto é caro. Essa modificação gradativa (feita no Brasil) garantirá um produto mais acessível ao consumidor — opina ele.

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