Com o sistema de saúde em estágio de colapso, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou ao Correio do Estado, que Mato Grosso do Sul terá que fazer uma escolha: “recolher corpos, ou preservar a vida”.
Conforme o gestor, essa é a resposta aos diferentes setores que buscam flexibilizar as medidas impostas pelo decreto restritivo estadual, válidas a partir deste domingo (13) até 24 de junho.
Classificadas em bandeira cinza pelo Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), 43 cidades devem operar apenas com os 51 serviços considerados essenciais.
Em 54% do Estado classificado em risco extremo para a Covid-19, o toque de recolher será das 20h às 5h.
É importante salientar que antes mesmo de entrar em vigor, o início das medidas restritivas foram postergadas pelo governo estadual em 48 horas, atendendo um pedido da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul).
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel MS), Juliano Wertheimer relatou que a entidade solicitou à Secretaria de Estado de Saúde (SES), a alteração dos itens 2.2 e 3.3 que excluem o setor como serviço essencial, para enquadrá-los no inciso 1.35, em que comércio de alimentos e bebidas não alcoólicas são permitidas.
"Em outras épocas estávamos dentro deste item, e com a mudança do Prosseguir, criaram um novo pacote. A nossa solicitação é que não haja distinção de comércio de bebidas e alimentos, sendo que essa é uma atividade bem regulada pelos protocolos de biossegurança”, afirmou Wertheimer.
De acordo com Juliano, o pedido foi feito à SES para que os restaurantes possam funcionar dentro do toque de recolher vigente.
“O nosso pedido é para não matarem os restaurantes que servem churrasco, feijoada e outros alimentos durante o almoço. Queremos um tratamento justo para que não haja ainda mais prejuízo no setor”, reiterou.
Conforme o titular da SES, uma nova reunião do Prosseguir será convocada na segunda-feira (14) para deliberar sobre a demanda da Abrasel e de outros setores.
Por ora, de acordo com o secretário, o decreto começa de fato neste domingo, sem nenhuma concessão.
“Recebemos várias pautas, e ou vamos abrir para todo mundo e esquecer que existe um decreto restritivo, deixar que as mortes [por Covid-19] ocorram livremente no Estado, transferências hospitalares a outras unidades da federação, ou vamos encarar que a responsabilidade de enfrentamento da doença é de todos”, frisou Resende.
Para o secretário, a sociedade terá que definir suas prioridades.
“Já fizemos uma concessão enorme em adiar o decreto por 48 horas. Se não tomarmos medidas rígidas, teremos o colapso completo, com o recolhimento de corpos nos hospitais”, reiterou.
medidas restritivas em Mato Grosso do Sul - Correio do Estado
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