O mercado da soja vem intensificando seu movimento de altas na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (28). Os futuros da oleaginosa, por volta de 13h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 30,75 e 41,50 pontos nas posições mais negociadas, com o julho sendo cotado a US$ 13,59 e o novembro a US$ 13,10 por bushel.
Ao mesmo tempo, subiam ainda os preços do óleo de soja, os quais despencaram na última sexta-feira (25) depois da decisão da Suprema Corte americana sobre os mandatórios dos biocombustíveis. Assim, com essa retomada, os futuros do derivado subiam mais de 5%.
"A decisão (da Suprema Corte) ainda precisa passar pela EPA (agência ambiental) e depois pela sanção presidencual, e se espera manutenção dos mandatórios", explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.
Ao lado da questão dos derivados - os futuros do farelo acompanham e sobem mais de 1% - a questão climática norte-americana segue no centro das atenções dos traders.
No último final de semana, o Corn Belt recebeu algumas chuvas, porém, as mesmas se mantiveram concentradas no leste do cinturão, enquanto o oeste ainda é a região que mais sofre com a seca. E as previsões seguem sinalizando poucos volumes para esta região nos próximos dias.
"Os estados localizados ao oeste do corredor, como as Dakotas, e planícies do norte, receberam poucas chuvas, ou nada, se assim podemos classificar. O lado oeste do corredor está com deficiência hídrica e as previsões climáticas para os próximos 10 dias não mostram chuvas adequadas e capazes de repor a deficiência acima citada", explica Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro.
No final do dia, após o fechamento do mercado, os traders recebem o novo boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e até lá vai especular sobre as condições das lavouras norte-americanas.
Do mesmo modo, se intensifica também a especulação diante da espera pelo novo boletim que o USDA traz na quarta-feira, 30 de junho, com a correção da área plantada dos Estados Unidos. A sinalização é de aumento em relação à última estimativa e o mercado também monitora bem de perto a expectativa pelos novos números.
"O mercado está um pouco sobre vendido, e olha para o relatório do dia 30 como algo menos tenebroso, devido a toda correção efetuada na semana. Deste modo, estimamos que o mercado neste momento e diante das previsões climáticas com menos chuvas num momento importante e pós plantio, demanda chinesa, e também das expectativas do relatório desta semana, o espaço para queda fique um pouco limitado, e o mercado poderá reagir positivamente", complementa Sousa.
Futuros do óleo se recuperam, sobem mais de 5% em Chicago e puxam preços do grão - Notícias Agrícolas
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