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Wednesday, May 31, 2023

Nova regra da Febraban para crédito a frigoríficos gera atrito com o setor - InfoMoney

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou nesta terça-feira (30) que estabeleceu novas regras para o financiamento da cadeia de carne bovina no país, em especial sobre as obrigações ambientais dos frigoríficos junto às instituições financeiras. No entanto, o setor não avaliou bem a decisão, afirmando que a medida seria uma “terceirização de responsabilidade”.

Os bancos que aderirem à autorregulação deverão solicitar de todos os seus clientes frigoríficos localizados nos oito estados que compõe a Amazônia Legal e no Maranhão a implementação de um sistema de rastreabilidade que permita demonstrar, até o fim de 2025, que a aquisição de gado não está associada ao desmatamento ilegal na região, seja por fornecedores diretos e ou indiretos.

O sistema proposto pelos bancos deverá contemplar informações sobre possíveis embargos contra as propriedades rurais, se há sobreposição em áreas protegidas e se o Cadastro Ambiental Rural (CAR) está em dia. Aspectos sociais, como a verificação do cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo, também serão considerados.

A Febraban aponta que 21 instituições financeiras fazem parte da autorregulação, entre elas o Banco do Brasil (BBAS3), maior fornecedor de crédito ao agronegócio, e o BNDES. Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Caixa também fazem parte do grupo.

Chama a atenção também as presenças de bancos mais ligados ao agronegócio, como o Original, da família controladora da JBS (JBSS3), e o Sicredi. As instituições que não seguirem as orientações poderão ser sancionadas pela entidade.

Associação reage

A decisão dos bancos, contudo, não foi bem avaliada pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), que representa JBS, Marfrig (MRFG3), Minerva (BEEF3), entre outras. Embora demonstre apoio a iniciativas que combatam o desmatamento, a entidade avaliou a decisão como “terceirização de responsabilidade”.

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“Os frigoríficos são vistos por diferentes setores como um elo fundamental para que se imponha um ordenamento na cadeia produtiva da pecuária. Nós assumimos nossas responsabilidades, mas não aceitamos que outros setores terceirizem as suas responsabilidades para os frigoríficos”, afirmou a Abiec, em nota.

A associação sugere à Febraban que, além de exigir mais diligência dos frigoríficos, os próprios bancos tenham um sistema próprio de controle de seus clientes na região. O racional é que de nada adiantaria restringir os frigoríficos se as instituições financeiras seguirem ofertando crédito a produtores irregulares.

“Os fornecedores indiretos da indústria são clientes diretos de bancos, portanto é responsabilidade dessas instituições conhecer o seu cliente”, prossegue. “Por isso, é importante que as áreas de compliance e due diligence das instituições financeiras adotem em relação a todos os seus correntistas, inclusive proprietários rurais, os mesmos critérios socioambientais”.

Procurada pelo InfoMoney para comentar a posição da Abiec, a Febraban não havia respondido até a última atualização deste texto.

Gado e o desmatamento

A pecuária é citada por ambientalistas como uma das atividades responsáveis pelo aumento de desmatamento na Amazônia, região que concentrou cerca de 60% do desmatamento total do Brasil em 2021. Em 2022, 12,5mil km² foram desmatados no bioma, segundo dados do Prodes/Inpe.

Por outro lado, especialistas apontam que a causa principal do desmatamento é a especulação imobiliária. Isso porque a criação de gado, muitas vezes, seria utilizada como forma de “esquentar” a terra para obter a regularização da propriedade, o que permitiria a venda da área depois, por exemplo.

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O setor frigorífico busca há anos filtrar seus fornecedores diretos, mas, segundo autoridades, existem problemas com os fornecedores indiretos. Esse indiretos, muitas vezes irregulares, negociam o gado com pecuaristas que estão dentro da lei e que vendem o animal aos frigoríficos.

Por isso, JBS e Marfrig já anunciaram programas de rastreamento de fornecedores indiretos até 2030.

Para a Febraban, “a data de dezembro de 2025, além de ser mais ambiciosa do que a indicada no acordo firmado pelo país [na COP 26], está alinhada com compromissos assumidos por alguns dos grandes frigoríficos para o monitoramento de seus fornecedores e com compromissos púbicos dos bancos”.

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Taxa de desemprego foi de 8,5% entre fevereiro e abril, a menor desde 2015, diz IBGE - G1

Carteira de Trabalho — Foto: Divulgação Seteq

Carteira de Trabalho — Foto: Divulgação Seteq

A taxa de desemprego no Brasil foi de 8,5% no trimestre móvel terminado abril, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando ficou em 8,1%.

Entre fevereiro e abril do ano passado, a taxa foi de 10,5%, o que representa uma queda de dois pontos percentuais no desemprego no mesmo período de 2023.

Já em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre novembro de 2022 e janeiro deste ano, a taxa ficou praticamente estável, informou o IBGE. Naquele período, o desemprego foi de 8,4%.

"Essa estabilidade é diferente do que costumamos ver para este período. O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez", diz Alessandra Brito, analista da pesquisa.

O rendimento real habitual dos trabalhadores também ficou praticamente estável entre os dois últimos trimestres, em R$ 2.891, mas teve uma alta anual de 7,5%.

A população desocupada - ou seja, as pessoas que não conseguiram nem um trabalho formal nem informal - era de 9,1 milhões de pessoas até abril, um leve aumento em relação aos 9 milhões observados em janeiro.

Em contrapartida, em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 19,9% nesse número, o que equivale a 2,3 milhões de pessoas a menos dentro do grupo de desocupados.

Já o total de pessoas ocupadas, de 98 milhões:

  • caiu 0,6%, com menos 605 mil pessoas, em relação ao trimestre anterior;
  • subiu 1,5%, com mais 1,5 milhão de pessoas, em relação ao mesmo trimestre de 2022.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 8,5%
  • População desocupada: 9,1 milhões de pessoas
  • População ocupada: 98 milhões
  • População fora da força de trabalho: 67,2 milhões
  • População desalentada: 3,8 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 12,7 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
  • Trabalhadores informais: 38 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,9% da população ocupada

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Tuesday, May 30, 2023

Acordo orçamentário nos EUA faz dólar disparar - Revista Oeste

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), finalizou a primeira sessão da semana em queda de 0,52%, aos 110 mil pontos. Já o dólar recuperou o fôlego e melhorou o desempenho, subindo 0,48%, cotado a R$ 5,01.

Em volatilidade durante praticamente todo o dia, a moeda norte-americana oscilou e teve sua liquidez prejudicada no mercado externo. Em virtude do Memorial Day, nos Estados Unidos, os principais índices do mercado não foram negociados.

O acordo orçamentário firmado no domingo 28, entre o presidente Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, contribuiu para o desempenho da moeda norte-americana. O acerto trata da dívida pública daquele país. Se aprovada pelo Congresso, o teto de US$ 31,4 trilhões ficará suspenso até 1º de janeiro de 2025.

Agora, há expectativas sobre quais serão os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos. Na sexta-feira 2, a instituição financeira divulgará o relatório de empregos do Departamento de Trabalho dos EUA.

Além do dólar

No mercado brasileiro, investidores permanecem atentos à tramitação do arcabouço fiscal no Senado. Os agentes do mercado financeiro ainda não descartam a derrubada do texto.

Apesar da desaceleração da inflação e da melhora na expectativa do Produto Interno Bruto (PIB), as últimas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não permitem que as projeções de queda na taxa Selic sejam claras.

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Monday, May 29, 2023

Bolsas operam mistas, sem referência de Wall Street por feriado e com acordo sobre teto da dívida dos EUA; falas de Campos Neto e mais - InfoMoney

As principais bolsas mundiais operam mistas nesta segunda-feira (29), dia em que os mercados trabalham sem a sua principal referência: as Bolsas dos Estados Unidos estão fechadas hoje em função do Memorial Day, feriado em homenagem a oficiais das forças armadas americanas, mortos em combate. Isso deve reduzir a liquidez dos negócios neste início de semana. O dia também é marcado por feriado no Reino Unido.

Nos EUA, o presidente Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo provisório para elevar o teto da dívida americana e evitar um calote que ameaçava abalar a economia global.

Os líderes políticos dos EUA devem agora reunir apoio bipartidário suficiente para aprovar o projeto de lei do teto da dívida no Congresso antes do prazo de 5 de junho para evitar um calote federal.

Ibovespa hoje: acompanhe o que movimenta Dólar, Juros e Bolsa Ao Vivo

Com os negociadores redigindo apressadamente o texto, a Câmara dos Representantes dos EUA pode votar já na quarta-feira, seguida pelo Senado no final da semana, informou a AP.

Na Turquia, Recep Tayyip Erdogan, atual presidente da Turquia, venceu a eleição presidencial e ampliará o seu governo de 20 anos por mais 5 anos.

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Por aqui, investidores aguardam pela divulgação de dados da confiança industrial de maio e pelo discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento no Ceará.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de segunda-feira, feriado Memorial Day (em que os índices à vista por lá não abrirão), depois que Joe Biden, e os líderes do Congresso americano chegaram a um acordo provisório para aumentar o teto da dívida no fim de semana. A expectativa é que o projeto seja votado ainda nesta semana.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), +0,30%
  • S&P 500 Futuro (EUA), +0,35%
  • Nasdaq Futuro (EUA), +0,49% 

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam no terreno positivo, com exceção do Hang Seng, de Hong Kong, com repercussão do acordo provisório do teto da dívida dos Estados Unidos.

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China para maio, juntamente com a reunião do Banco da Tailândia e os relatórios de inflação e produto interno bruto da Coréia do Sul, estarão em foco nesta semana.

  • Shanghai SE (China), +0,28%
  • Nikkei (Japão), +1,03%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), -1,04%
  • Kospi (Coreia do Sul), fechado por feriado
  • ASX 200 (Austrália), +0,87%

Europa

Os mercados europeus operam sem direção definida, com investidores repercutindo o acordo provisório para aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos.

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Os mercados do Reino Unido estão fechados nesta segunda-feira devido a um feriado bancário.

Na Turquia, a moeda local caiu para uma mínima recorde depois que o atual presidente Erdogan garantiu a reeleição.

  • FTSE 100 (Reino Unido), fechado por feriado
  • DAX (Alemanha), +0,05%
  • CAC 40 (França), -0,02%
  • FTSE MIB (Itália), -0,58% 
  • STOXX 600, -0,01%

Commodities

Os preços do petróleo operam com alta depois que os líderes dos EUA chegaram a um acordo provisório sobre o teto da dívida, possivelmente evitando um calote na maior economia e consumidora de petróleo do mundo, mas preocupações com novos aumentos nas taxas de juros limitam os ganhos.

As cotações do minério de ferro na China subiram forte também repercutindo o acordo sobre teto da dívida dos Estados Unidos.

  • Petróleo WTI, +0,48%, a US$ 73,02 o barril
  • Petróleo Brent, +0,40%, a US$ 77,26 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 4,89%, a 719,00 iuanes, o equivalente a US$ 101,59 

Bitcoin

  • Bitcoin, +1,16% a US$ 27.890,60 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

A agenda da semana tem como destaque o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do primeiro trimestre de 2023, a ser divulgado na próxima quinta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consenso Refinitiv prevê um crescimento anual de 1,9% da economia brasileira no período e de 1,3% na comparação com o quarto trimestre de 2022.

Na sexta-feira (2), será divulgada a produção industrial de abril. O consenso Refinitiv prevê contração mensal de 1,1%.

PIB do Brasil no 1º trimestre, produção industrial e “payroll”: o que acompanhar na semana

Os dados do mercado de trabalho dão peso extra à agenda. Tanto o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) quanto a PNAD Contínua serão divulgados na quarta-feira (31). O Itaú calcula que 112 mil empregos formados tenham sido criados em abril e que a taxa de desemprego tenha caído de 8,8% para 8,7%.

Brasil

8h: Confiança da industrial de maio

8h25: Boletim Focus

15h: Fernando Haddad, ministro da Economia, participa de reunião do Tesouro Nacional

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16h30: Haddad tem reunião com Rita Serrano – Presidente da CAIXA

17h30: Haddad tem reunião com Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG)

19h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, profere palestra e recebe homenagem em cerimônia de entrega do “Prêmio Inovação Para o Desenvolvimento Econômico”, promovido pelo Conselho Regional de Economia do Estado do Ceará (Corecon-CE) e pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (IBEF-CE)

23h30: Haddad participa de videoconferência – Opening Plenary Session of 8th Annual Meeting of Board of Governors – NDB

3. Noticiário econômico

Senado começa a analisar novo arcabouço fiscal esta semana

O Senado Federal começa, nesta semana, a analisar o projeto de lei complementar do novo arcabouço fiscal (PLP 93/2023), aprovado na última quarta-feira (24) pela Câmara dos Deputados. O texto prevê um conjunto de medidas, regras e parâmetros para a condução da política fiscal do Estado brasileiro, com o controle dos gastos e receitas do país.

A expectativa do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é que o projeto de lei complementar seja enviado para sanção presidencial no mês de junho.

O projeto do novo arcabouço fiscal poderá ser votado diretamente no plenário do Senado. Porém, a tramitação do PL ainda está sendo debatida com líderes partidários da Casa. Alguns parlamentares pedem que a matéria seja discutida em comissões legislativas, antes de seguir para votação no plenário. As sugestões são para que a matéria passe pela análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ou, ainda, da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), ambas do Senado.

4. Noticiário político

Mudanças em ministérios são destaque na Câmara 

A Câmara dos Deputados pode votar amanhã (30) projeto de lei do marco temporal de demarcação de terras indígenas (PL 490/2007). O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A proposta determina que somente serão demarcadas as terras indígenas tradicionalmente ocupadas por esses povos na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

Em votação nominal e simbólica, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (24), a urgência na apreciação do PL, e foi retirada do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) a principal atribuição, a de demarcar terras de povos originários, devolvendo-a ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Também há expectativa de votação nesta semana da Medida Provisória (MP) 1.154/2023, que define a estrutura dos ministérios que compõem o governo do presidente Lula. Pela MP, o número de ministérios passou de 23 para 31, e seis órgãos ganharam status de ministérios, em um total de 37 ministros.

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Porém, na quarta-feira passada, a comissão mista que analisa a MP aprovou relatório do deputado Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL), que alterou a reestruturação dos ministérios proposta originalmente.

A matéria ainda precisa ser votada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal até a próxima quinta-feira (1º) ou perderá a validade.

5. Radar Corporativo

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras (PETR3;PETR4) negou, em comunicado ao mercado na noite de sexta-feira (26), que esteja participando de qualquer ação coordenada com a Previ ou outra instituição com o objetivo de adquirir as ações de emissão da empresa Vibra Energia (VBBR3). De acordo com a estatal, são inverídicas as matérias acerca do assunto.

CVC (CVCB3)

A operadora de turismo CVC (CVCB3) informou no último sábado (27) que ainda não há definição sobre quem será o novo diretor executivo (CEO) da empresa. De acordo com a companhia, o processo de seleção do novo ocupante do cargo continua em curso, como já havia sido informado.

Na última sexta-feira (26), o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou que o nome de Carlos Sarquis, hoje diretor-executivo de Marketing, Internacionalização e Franchising da Localiza, era o mais cotado para assumir a CVC. A empresa está sem um CEO após a renúncia de Leonel Andrade, anunciada na quarta-feira.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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Sunday, May 28, 2023

Bancos e analistas revisam projeções e apostam em crescimento do PIB em 2023 - Diário do Centro do Mundo

Restaurante na Serra Gaúcha: brasileiro consumiu mais serviços e criou empregos, Foto: André Feltes

Analistas financeiros revisaram projeções pessimistas que tinham em relação à economia brasileira em 2023 e passaram a apostar em um crescimento do PIB neste ano. Se antes todos estavam prontos para uma má notícia a ser conhecida no dia 1º de junho, quando o IBGE deve revelar os dados do Produto Interno Bruto do primeiro semestre, agora, alguns dados recentes dos setores de serviços, comércio e agronegócios começaram a indicar uma atividade econômica acima do esperado. A informação é da revista Veja.

O movimento culminou com a surpresa positiva na medição do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que registrou avanço de 2,41% no primeiro trimestre, mesmo após uma leve queda em março, menor que a projetada. Tal índice costuma ser encarado como uma espécie de prévia do PIB, apesar de utilizar metodologia diferente.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), decidiu antecipar a informação de que o governo deve revisar suas estimativas de expansão do PIB no ano, de 1,6% para 1,9%. Além dele, o consenso de mercado, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (22), indicava expectativa de alta de 1,2%, sendo que apenas sete dias antes ficava em 1,02%. Nos dias anteriores, todos os grandes bancos já tinham alterado suas projeções. O Santander, de 0,8% para 1%, o Itaú, de 1,1% para 1,4%, e o Bradesco, de 1,5% para 1,8%.

Os números representam um alívio bastante representativo frente às expectativas para o primeiro ano de governo Lula. “Fomos surpreendidos ao longo desse primeiro trimestre. Havia um efeito inercial de investimentos feitos nos últimos anos e a expectativa de uma safra agrícola bastante positiva. Mas a safra está ainda maior do que estávamos esperando, e isso coloca mais renda em circulação”, avalia a economista do Bradesco, Myriã Bast.

“A renda do trabalho também surpreende, já que o mercado de trabalho continua muito aquecido, e isso impacta a renda das famílias e, consequentemente, o consumo”, completa.

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Saturday, May 27, 2023

Preço da gasolina cai mais R$ 0,20 por litro nas bombas, diz ANP - UOL

O preço da gasolina nos postos brasileiros caiu mais 3,6%, ou R$ 0,20 por litro, esta semana, com novos repasses do corte nas refinarias da Petrobras. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o combustível foi vendido, em média, a R$ 5,26 por litro.

O valor está ainda acima do projetado pela Petrobras quando anunciou os cortes e a mudança em sua política de preços dos combustíveis, no último dia 16. A queda acumulada desde então é de 4,2%, ou R$ 0,23 por litro.

Na ocasião, o valor de venda do produto pela estatal foi reduzido em R$ 0,40 por litro. A expectativa da empresa era que o repasse levasse o preço de venda nas bombas a R$ 5,20. O governo montou uma força-tarefa e abriu um canal de denúncias para tentar forçar a queda.

O movimento é criticado por distribuidoras e postos, que alegam que não há tabelamento de preços no Brasil e que a concorrência levará os valores ao preço justo. Em nota distribuída esta semana, os postos lembram ainda que outros fatores influenciam os preços, como biocombustíveis e custos logísticos.

A ANP encontrou a gasolina mais barata do Brasil em Goiatuba (GO), a R$ 4,14 por litro. A mais cara foi encontrada em Tefé (AM), a R$ 7.

Também em consequência de corte nas refinarias, o preço médio do diesel S-10 nos postos brasileiros caiu 4%, ou R$ 0,22 por litro esta semana, para R$ 5,24 por litro. É o menor valor desde setembro de 2021, em valores corrigidos pela inflação.

Desde o dia 16, a queda acumulada do preço do diesel S-10 é de 5,9%, ou R$ 0,33 por litro. Nesse caso, o repasse já superou o previsto pela Petrobras. A estatal esperava que o diesel comum chegasse a R$ 5,18 por litro. Chegou a R$ 5,17 esta semana.

O diesel voltou a custar menos do que a gasolina pela primeira vez desde junho de 2022, quando o corte de impostos federais sobre esta última a havia tornado mais barata. Por sua importância para o transporte de cargas e passageiros, o diesel historicamente tem carga tributária menor no país.

Acompanhando a queda da gasolina nas bombas, o preço do etanol hidratado caiu 3,7%, ou R$ 0,15 por litro esta semana, para R$ 3,84 por litro. As vendas do produto dependem de um preço mais competitivo, já que seu rendimento no motor é menor.

Já o gás de cozinha, que também foi reduzido nas refinarias, foi vendido, em média, a R$ 105,84 por botijão de 13 quilos. É um recuo de 2,6%, ou R$ 2,88 por botijão, em relação à semana anterior.

Os cortes de preços foram comemorados pelo governo e vêm sendo usados como argumento para pressionar o Banco Central a reduzir as taxas de juros, um dos principais alvos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste início de mandato.

Item de maior peso na composição do IPCA, a gasolina, porém, será novamente pressionada no início de junho, com a vigência do novo modelo de cobrança do ICMS, que tem alíquota média R$ 0,20 por litro superior à atual, segundo contas do consultor Dietmar Schupp.

Em julho, o governo federal deve retomar integralmente as alíquotas de PIS/Cofins, que haviam sido zeradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e retomadas parcialmente por Lula em março.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer que a Petrobras havia segurado parte do corte para compensar o aumento de impostos, mas voltou atrás após negativa da estatal.

Atualmente, o espaço é pequeno: de acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a gasolina vendida nas refinarias da Petrobras está R$ 0,29 por litro abaixo da paridade de importação, conceito que foi abandonado pela empresa mas segue como referência pelo mercado.

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Governo estuda mudar alíquota de 60% para compra em comércio eletrônico estrangeiro - CartaCapital

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira 26 que o governo Lula estuda uma nova alíquota para a compra de produtos em plataformas estrangeiras de comércio eletrônico. O índice atual é de 60%.

O objetivo da gestão federal é combater ações supostamente ilegais em transações de varejistas internacionais. A equipe econômica mira principalmente compras em sites chineses cuja popularidade disparou no Brasil nos últimos anos.

Com base nesse diagnóstico, Haddad admitiu a possibilidade de alterar a alíquota de 60% no imposto de importação das remessas internacionais, modalidade que inclui compras de produtos vendidos no exterior.

“Hoje é [60%], mas vamos discutir com o setor uma transição em que essa questão vai ser discutida para trazer o sistema para legalidade. O que não posso manter é essa situação como está”, disse o ministro à GloboNews.

Ele acrescentou que a discussão envolverá também os estados, que têm direito à cobrança de ICMS sobre as mercadorias. “Por isso estou envolvendo os estados, que cobram ICMS, mas de maneira desorganizada. Uns cobram, outros não. Se houver uma concorrência de estados com a União, vamos sentar à mesa com os marketplaces e estabelecer uma nova alíquota, provavelmente.”

Em abril, diante de uma forte repercussão, o governo desistiu de acabar com a isenção de importações de até 50 dólares entre pessoas físicas.

Também naquele mês, a chinesa Shein se comprometeu a fechar parcerias com cerca de 2 mil comerciantes brasileiros, medida que contribuiria para a geração de ao menos 100 mil empregos. A empresa ainda afirmou que investirá 150 milhões de dólares ao longo dos próximos três anos, com o objetivo de “aumentar a competitividade das fabricantes têxteis” por meio de investimentos em tecnologia e equipamentos.

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Juro alto dos financiamentos trava plano de carro mais barato - Correio Braziliense

Rafaela Gonçalves

postado em 27/05/2023 03:55

 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Apesar das medidas anunciadas pelo governo para reduzir o preço dos carros populares, há outro obstáculo para quem sonha em comprar um veículo: os juros altos. Poucas pessoas atualmente conseguem se planejar para comprar um automóvel à vista, e quem depende de financiamento viu o custo saltar nos últimos dois anos.

De acordo com o Banco Central, o juro médio para financiamento de veículos foi de 2,10% em abril, o equivalente a 28,32% ao ano. Em 2021, a taxa média das instituições financeiras na modalidade era de 1,63% ao mês, ou 21,75% ao ano. A disparada ocorreu em meio a elevação da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75%.

Hoje, os automóveis zero mais em conta encontrados no mercado são os modelos Renault Kwid e Fiat Mobi, vendidos por R$ 68.990. O governo dará descontos em tributos para as montadoras como IPI e PIS/Cofins. As reduções nos preços finais vão variar de 1,5% a 10,96%, a depender de critérios como preço, eficiência energética e densidade industrial.

A expectativa, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), é que a redução de impostos baixe o preço inicial de carros compactos com motor 1.0 para uma faixa abaixo dos R$ 60 mil. Considerando o valor projetado e uma entrada de 10% à vista, uma simulação feita pelo Correio mostra que o preço do veículo pode subir 60% com os juros para o parcelamento em 48 meses, opção mais viável, tendo em vista a parcela mensal de R$ 1.891,92.

O motorista de aplicativo Breno Gustavo Frederico de Aguiar, de 25 anos, está há mais de um ano pesquisando preços para comprar um carro próprio. Quando começou a trabalhar como motorista, ele vendeu o seu veículo, que já tinha mais de 10 anos de uso, e, desde então, tem trabalhado com um carro alugado, enquanto sonda os preços no mercado.

"O aplicativo exige que a gente use veículos mais novos, então, eu precisei vender o carro que tinha. Desde então, estou tentando comprar outro, mas os preços estão surreais. Não existe mais essa de carro popular, até mesmo os usados estão com preço altíssimo, não tem vantagem em comprar usado hoje em dia", contou.

Aguiar disse ter se assustado com os valores dos juros ao simular um financiamento. "Obviamente, eu não teria como dar o valor todo à vista, e os juros encarecem ainda mais o que já não está barato. Por mais que seja puxado, eu até acredito que o aluguel tem valido a pena. O preço que eu pago hoje mensalmente poderia estar bancando um financiamento, mas, ao final, o carro com certeza já não teria o mesmo valor de mercado, pois estraga e desvaloriza", afirmou. "Mas, com certeza, se os valores estivessem mais em conta, eu já teria comprado um novo", acrescentou.

Endividamento

O coordenador dos cursos automotivos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antonio Jorge Martins, afirmou que a isenção fiscal não garante o repasse ao consumidor, além de aumentar os riscos de inadimplência. "A taxa de juros em patamar elevado dificulta a venda dos veículos. Cerca de 70% a 75% dos consumidores recorrem ao financiamento. Os níveis de risco e de endividamento inibem os bancos de concederem esses empréstimos, tornando o custo do crédito ainda mais elevado", afirmou.

De acordo com Martins, na prática, o incentivo anunciado pelo governo não tem condições de reverter o quadro atual. "Há de se esperar novas medidas, bem como redução da taxa de juros nos próximos meses, pois, dessa maneira, será difícil fazer esse desconto chegar na ponta", avaliou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta sexta-feira (26/5), com a presidente da Caixa, Rita Serrano, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. O tema foi o crédito para compra de carros, com intuito de melhorar a política de juros adotada pelos bancos públicos.

"A taxa de juros continua sendo um empecilho, portanto é importante deixar a emoção de lado e considerar se realmente haverá uma redução real. O governo tem brigado bastante com o Banco Central neste quesito. Sobre o incentivo, ainda não há nada concreto e não sabemos se isso valerá também para os veículos que já estão no pátio da concessionária", observou o analista econômico Caio Mastrodomênico.

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Juro alto dos financiamentos trava plano de carro mais barato - Correio Braziliense
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Friday, May 26, 2023

“Eu tenho mandato até 2024, não vou abreviar”, afirma Campos Neto - InfoMoney

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, garantiu que fica no cargo até o final do seu mandato, que tem prazo até o fim de 2024, em entrevista à Globonews. Com a indicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, à Diretoria de Política Monetária, surgiram rumores de que seria uma “oferta casada” para a presidência do BC e, assim, temores no mercado financeiro de que Campos Neto deixasse a cadeira antes do fim do seu mandato.

“Eu tenho mandato até 2024, não vou abreviar. O que eu sempre disse é que não estava disposto a recondução. Já fiz bastante coisa, tem que passar o bastão para o próximo”, disse o presidente do BC, reforçando que sempre foi contra a recondução, desde a discussão da lei de autonomia.

Sobre uma possível transição com Galípolo, o presidente disse que não era possível antecipar o processo, já que quem decide o próximo mandatário é o governo. “Não sei, acho que ele vai chegar, tem o trabalho da diretoria de Política Monetária a ser feito. A gente vai discutir ao longo do tempo. Quem decide o novo presidente é o governo, pode decidir por alguém que está na casa ou não.”

Leia mais: Avanço do arcabouço fiscal já reflete em queda dos juros longos, diz Campos Neto

Campos Neto lembrou que a cadeira de Política Monetária exige um trabalho de mesa de operação e que Galípolo vai ter de aprender a parte técnica do dia a dia. “Vai ser um processo de aprendizado para ele, foi para mim quando cheguei”, disse, acrescentando que será enriquecedora a interação do atual número 2 da Fazenda com os outros diretores.

O presidente do BC ainda elogiou novamente as indicações de Galípolo e de Ailton Aquino, técnico da autarquia, para a Diretoria de Fiscalização. “Converso bastante com Galípolo desde o início do governo. Ailton é super querido dentro do BC. As indicações do governo fazem parte da regra do jogo da autonomia, foram boas.”

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Dinâmica do Copom

Sobre a dinâmica do Comitê de Política Monetária (Copom) com a entrada dos novos diretores, Campos Neto disse que não sabe como cada diretor vai votar, mas que o debate faz parte da institucionalidade.

Ele citou ainda que hoje já há diretores que pensam diferente, em referência à divergência de opiniões sobre a decisão de juros de setembro, quando dois diretores queriam uma nova alta para 14%.

“Tenho certeza que os diretores que entrarem entenderão que o processo é tecnico”, afirmou ele, para quem o BC tem que ficar à parte das narrativas políticas.

Em meio à ofensiva do governo pela queda da taxa de juros, o presidente do BC ainda repetiu que a personificação das críticas em seu nome mostra uma falta de entendimento da autonomia do BC e do processo colegiado de definição da política monetária. “Dizer que o BC se guia por uma pessoa é falta de entendimento sobre o processo.”

Moeda digital

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O presidente do Banco Central afirmou ainda que os bancos estão “muito entusiasmados” com a Moeda Digital do Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) porque vai facilitar o processo de digitalização.

Na quarta-feira, o BC anunciou 14 consórcios selecionados para participar dos testes do real digital, que, em sua primeira fase, vai avaliar as trocas com a moeda por meio da simulação de negociações de títulos públicos. A expectativa é de que a CBDC seja lançada no fim do ano que vem.

Para as famílias e empresas, o presidente do BC também acredita que vai ter um efeito de facilitação da vida, que ainda não foi percebido, assim como aconteceu logo no lançamento do Pix.

Campos Neto argumentou que a moeda digital transforma a moeda em um contrato digital, que elimina riscos de transferência de titularidade em um processo de compra e venda, por exemplo. “Não faço o pagamento para uma pessoa, mas para um contrato, que gera um registro automático. Vai facilitar a intermediação financeira e baixar custos.”

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Faltam cinco dias para o fim do prazo da declaração do IR sem multa - R7

Os cerca de 9 milhões de contribuintes que ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda 2023 têm apenas mais cinco dias para transmitir o documento e acertar as contas com o Leão sem o pagamento de multa.

A expectativa do Fisco para este ano é de que 39,5 milhões de declarações sejam entregues até as 23h59 da quarta-feira (31). A perda do prazo acarreta uma multa de, no mínimo, R$ 165,74. O valor, no entanto, pode alcançar 20% do imposto devido.

São obrigados a fazer a declaração todos os residentes no Brasil que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano passado. A elaboração do documento também é necessária por aqueles que tiveram rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte cuja soma foi superior a R$ 40 mil.

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Segundo os balanços do Fisco, mais da metade das declarações transmitidas (57%) foi preenchida no modelo simplificado. Entre todas elas, dois terços (65,8%) têm imposto a restituir. Outros 18% têm débitos pendentes com a Receita Federal, e mais de 16% não precisam pagar imposto.

Entre todos os declarantes, 4.129.925 vão receber a restituição na próxima quarta-feira (31), data da primeira rodada de pagamentos. O grupo é formado por 3,9 milhões de pessoas que fazem parte do grupo de contribuintes com prioridade legal que enviaram suas declarações até do dia 10 de maio.

Pré-preenchidas

Os dados divulgados pela Receita mostram ainda que 22% do total de declarações já enviadas foram feitas no modelo pré-preenchido. A expectativa do Fisco é de que 25% dos documentos utilizem o recurso neste ano.

Até o momento, a meta projetada só é atingida em dois estados: Ceará (25%) e Piauí (25%). Em Roraima (26%), Rondônia (26%), Tocantins (27%), Distrito Federal (32%) e no exterior (28%), o percentual supera a projeção.

Neste ano, a entrega da declaração pré-preenchida, assim como a solicitação do recebimento via Pix (desde que a chave seja o CPF do contribuinte), é um dos critérios utilizados pela Receita para garantir a prioridade na restituição.

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Thursday, May 25, 2023

IPCA-15 volta a desacelerar em maio, para 0,51%, diz IBGE; projeção era de 0,64% - InfoMoney

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, teve alta de 0,51% em maio, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado ficou abaixo da estimativa dos analistas do mercado financeiro, uma vez que o consenso Refinitiv apontava para inflação de 0,64% no mês.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,07%, abaixo dos 4,16% observados nos 12 meses até abril. Nessa leitura, o consenso dos analistas estava em 4,20%. No ano, a inflação é de 3,12%

O dado manteve  a tendência de desaceleração no ano, após ter alcançado 0,76% em fevereiro, 0,69% em março, e 0,57% em abril

Em maio de 2022, o IPCA-15 tinha ficado em 0,59%.

Segundo o IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram inflação no mês de maio.

Com contribuição de 0,20 ponto percentual no resultado do mês, as maiores influências para o IPCA-15 vieram dos grupos Alimentação e Bebidas, com aceleração de 0,04% para 0,94% entre abril e maio, e Saúde e Cuidados Pessoais (1,49%).

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Alimentos e Saúde

A variação de Alimentos e Bebidas foi puxada puxados pela alta na alimentação no domicílio (1,02%), com o leite longa vida (6,03%) exercendo o maior impacto positivo no mês (0,05 p.p.), além de altas nos preços do tomate (18,82%), da batata-inglesa (6,60%) e do queijo (2,42%). No lado das quedas, os destaques foram o óleo de soja (-4,13%) e as frutas (-1,52%).

A alimentação fora do domicílio passou de 0,55% em abril para 0,73% em maio. O lanche avançou de 0,82% em abril para 1,08% em maio, enquanto a refeição (0,46%) registrou resultado inferior ao do mês anterior (0,52%).

No Grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, que também teve influência de 0,20 p.p. no indicador de maio, os produtos farmacêuticos se destacaram, com alta de 2,68%, após autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram aceleração de 0,35% em abril para 1,38% em maio, motivados, principalmente, pelos perfumes (2,21%).

No aumento de 0,43% do grupo Habitação, destaca-se a alta da energia elétrica residencial (0,51%), devido a reajustes aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Salvador (5,82%), onde houve reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril; em Fortaleza (2,20%), onde o reajuste de 4,85% foi aplicado a partir da mesma data; e em Recife (0,05%), onde o reajuste de 8,33% teve vigência a partir de 14 de maio.

A alta de 1,24% na taxa de água e esgoto pode ser entendida pelos reajustes aplicados em três áreas: de 7,02% em Goiânia (7,02%), a partir de 1º de abril, e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de abril; de 11,20% em Recife (6,31%), a partir de 28 de abril; e 9,56% em São Paulo (1,79%), a partir de 10 de maio.

Já a variação de gás encanado (0,83%) é explicada pela apropriação residual do reajuste tarifário e pela mudança na forma de cobrança em Curitiba (6,80%), a partir de 1º de fevereiro, e que não havia sido incorporada no IPCA-15 de março. Além disso, houve redução tarifária de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,27%), a partir de 1º de maio.

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Também registraram variação positiva no mês os grupos de Despesas pessoais (0,40%), Vestuário (0,35%), Educação (0,07%) e Comunicação (0,02%).

Transportes

No grupo Transportes (-0,04%), a variação negativa foi puxada pela queda de 17,26% nos preços das passagens aéreas, maior influência negativa em maio (0,12 p.p.), após alta de 11,96% em abril. Nos combustíveis (0,12%), houve queda nos preços do óleo diesel (-2,76%), do gás veicular (-0,44%) e da gasolina (-0,21%), enquanto o etanol subiu 3,62%.

Ainda em Transportes, as tarifas de metrô (1,97%) sofreram reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (5,67%), a partir do dia 12 de abril. A alta de 2,71% em ônibus urbano deve-se aos reajustes de 33,33% em Belo Horizonte (24,00%), a partir de 23 de abril, e de 15,75% em Fortaleza (1,38%), a partir de 19 de março.

O grupo Artigos de residência registrou queda de 0,28% em maio, após alta de 0,07% em abril. Os itens de TV, som e informática caíram 1,44%, influenciados pelos televisores (-2,21%). Já os eletrodomésticos e equipamentos (-0,92%) foram puxados pelas quedas do refrigerador (-1,37%) e da máquina de lavar roupa (-1,09%).

Análise regional

Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em maio. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,90%). A principal contribuição para o resultado veio do ônibus urbano, com alta de 24,00%. Já a menor variação foi observada em Recife (0,19%), influenciada pelas quedas de 18,25% nas passagens aéreas e de 3,46% na gasolina.

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Wednesday, May 24, 2023

Golpe do falso empréstimo é identificado pela Febraban; veja como funciona - Revista Fórum

Escrito en ECONOMIA el

Um alerta foi divulgado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta terça-feira (23) com objetivo de informar consumidores sobre o golpe do falso empréstimo, aplicado em sites fraudulentos.

A Febraban esclarece que não realiza qualquer tipo de cobrança ou informe sobre recolhimento de impostos, pagamentos de parcelas ou mesmo oferecimento de empréstimos. A abordagem é uma modalidade de golpe.

“Não há nenhum empréstimo que a pessoa tenha que realizar, qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas. Esse tipo de abordagem é golpe. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não precisa pagar nada para isso”, comunica o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini.

Como funciona

As organizações criminosas criam páginas fictícias na internet e se passam por instituições financeiras, assegurando rápida liberação de dinheiro aos consumidores, dentre outras ofertas de crédito com condições vantajosas, em troca do pagamento de taxas e impostos de forma antecipada. Os alvos principais estão sendo usuários negativados pelo Serasa.

Após as vítimas serem direcionadas aos falsos sites e realizarem o cadastro, uma solicitação de assinatura de contrato é feita pelos golpistas. Nesse momento, o golpe será aplicado: após usuários assinarem o contrato sem perceber que as cláusulas obrigam o pagamento de multas em caso de desistência, os criminosos afirmam que a liberação do falso empréstimo só ocorrerá se as vítimas pagarem impostos e taxas, dizendo que é uma prática comum no mercado. 

Ameaças de que o nome do consumidor será enviado para agências de crédito a fim de que ele fique negativado também são cometidas pelos golpistas.

A Febraban ressalta que não realiza contato com pessoas físicas ou jurídicas através de meios como WhatsApp, cartas, chamadas telefônicas ou redes sociais, e que se isso acontecer, se caracteriza como golpe.

A Federação alerta para que os consumidores estejam atentos a essas práticas. "Sempre pesquise e verifique se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos", reitera Volpini.

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Moraes derruba vínculo entre motorista e aplicativo de transporte - Migalhas

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, cassou decisão que reconhecia vínculo de emprego entre um motorista e o aplicativo de transporte Cabify.

Na decisão, o ministro destacou precedentes do STF que reconhecem a licitude de outras formas de relação de trabalho que não a regida pela CLT. "Verifica-se, assim, a posição reiterada da Corte no sentido da permissão constitucional de formas alternativas da relação de emprego."

Ao julgar o pedido da empresa, o ministro cassou acórdão da Justiça do Trabalho e determinou a remessa do processo para a Justiça comum.

 (Imagem: Nelson Jr./SCO/STF)

Alexandre de Moraes cassa decisão que reconheceu vínculo entre motorista e aplicativo de transporte.(Imagem: Nelson Jr./SCO/STF)

A decisão foi proferida em em reclamação apresentada pela Cabify - que encerrou suas atividades no Brasil. A empresa recorreu depois de ter sido condenada pela 11ª turma do TRT da 3ª região, alegando que o tribunal não seguiu precedentes vinculantes do STF que admitem outras formas de contratação, como a terceirização (ADPF 324), contratos de natureza civil, como os firmados por motoristas de cargas autônomos (ADC 48), ou até mesmo contratos de parceria entre salões de beleza e profissionais do setor (ADIn 5.625).

A Cabify ainda argumentou que o trabalho feito pela plataforma tecnológica não poderia ser enquadrado como celetista, "pois o motorista pode decidir quando e se prestará seu serviço de transporte para os usuários do aplicativo Cabify, sem qualquer exigência mínima de trabalho, de número mínimo de viagens, de faturamento mínimo, sem qualquer fiscalização ou punição pela decisão do motorista".

Ao decidir, ministro Alexandre de Moraes concordou que a decisão teria desconsiderado as conclusões do Supremo nos processos citados. Para ele, a relação estabelecida entre o motorista de aplicativo e a plataforma mais se assemelha com a situação do transportador autônomo, que tem relação de natureza comercial.

Leia a decisão monocrática.

Questão não pacificada

No TST, há precedentes nos dois sentidos: pelo reconhecimento do vínculo, em decisão da 3ª turma; e rejeitando o pedido de vínculo, em decisão da 4ª turma. 

Congresso

Segundo o jornal Valor Econômico, existem mais de cem projetos de lei no Congresso para a criação de regras para o trabalho por meio de aplicativos, sendo que 24 destes tratam da natureza jurídica da relação. 

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Plano de Lula de incentivar carro popular prejudica os mais pobres - UOL

[RESUMO] Pacote que governo federal deve anunciar para incentivar produção de carros populares é mais um capítulo da longa lista de privilégios de que a indústria automobilística desfruta no Brasil, com impactos negativos para toda a sociedade. Explosão do setor nos governos Lula e Dilma, às custas de volumosas quantias de recursos públicos destinadas às montadoras, não gerou empregos qualificados, aumentou poluição e acidentes e deteriorou ainda mais a qualidade de vida nas cidades, prejudicando sobretudo os mais pobres.

O governo federal pretende anunciar um pacote de estímulos à indústria automobilística. Busca-se reduzir os preços dos veículos, que subiram bastante nos últimos anos. Por razões diversas, as fábricas brasileiras deixaram de produzir carros populares, focando-se em modelos mais caros. O governo agora quer usar dinheiro público para reverter essa decisão.

A medida, que deve ser anunciada na quinta-feira (25/5), vai na contramão do esforço do Ministério da Fazenda de rever desonerações e aumentar a arrecadação. Não é bom sinal: como dizer para o empresário que perderá um desconto tributário que outro setor ganhará um desconto no mesmo momento?

Difícil encontrar um segmento que tenha sido tão beneficiado no Brasil quanto o das montadoras. A implantação da indústria automotiva no país, durante o governo JK, deu-se por um arranjo em que uma série de incentivos era compensada por investimentos e garantia de nacionalização dos veículos —95% das peças deveriam ser fabricadas no país.

Durante a ditadura, o índice de nacionalização foi sendo flexibilizado. Com a abertura comercial dos anos 1990, ele despencou. O imposto para importação de peças foi praticamente a zero, e as montadoras passaram a se abastecer de fornecedores internacionais.

O processo levou à derrocada da indústria nacional de autopeças. A abertura comercial, contudo, não foi para todos: a taxa de importação de veículos ficou em 70%, beneficiando montadoras multinacionais instaladas no país.

A escolha por privilegiar as montadoras em detrimento das autopeças dificilmente se sustenta. Para se ter uma ideia, em 1990 os dois setores tiveram um faturamento similar no Brasil, cerca de US$ 13 bilhões de dólares cada um, mas as montadoras empregaram cerca de 117 mil pessoas, enquanto as autopeças criaram mais de 285 mil vagas.

Já o setor de revendas empregou quase 380 mil, e as oficinas de reparos, mais de 1,2 milhão de pessoas no mesmo ano. Ou seja, embora utilizem de sua força simbólica e concentração de capital para conquistar benefícios, as montadoras geram poucos empregos. Em 1990, respondiam por cerca de 6% deles.

Apesar disso, as montadoras seguiram privilegiadas. Ganharam vultosas desonerações por programas federais —como o Novo Regime Automotivo, de FHC— e pelas "guerras fiscais".

Multinacionais que já haviam decidido operar no país anunciavam a possibilidade de se instalar em dois ou três Estados, para barganhar vantagens. Além da redução, ou mesmo isenção, do ICMS, os governos estaduais começaram a oferecer terrenos públicos, obras de infraestrutura, crédito subsidiado, descontos em contas de água e luz.

Em muitos casos, as fábricas foram capazes de sobrepor benefícios e prolongá-los no tempo. Esse financiamento público da atividade privada já estava nas alturas quando começou o primeiro governo Lula, que apostou no crescimento do setor com mais desonerações. Vieram então a política de IPI zero e o boom na produção.

O licenciamento de novos veículos saltou de 1,5 milhão de unidades anuais em 2003 para 3,4 milhões em 2012. Esse foi um período de grande lucro para as montadoras, que em 2008 enviaram o maior volume de recursos a suas matrizes na série histórica: US$ 5,6 bilhões. Entre 2005 e 2013, essas remessas superaram em quase US$ 20 bilhões os investimentos realizados no país.

Como aponta o pesquisador Jonas Tomazi Bicev, a margem de lucro praticada no Brasil era, em geral, três vezes maior que a de outros países. Durante a crise iniciada em 2008, a lucratividade das filiais brasileiras compensou as perdas das matrizes do Norte Global.

A explosão das vendas e da lucratividade foi em parte sustentada pelos incentivos estatais. Somente as desonerações de IPI alcançaram R$ 10,5 bilhões entre 2009 e 2013.

Um levantamento calculou em R$ 69 bilhões os incentivos fiscais concedidos pela União às montadoras entre 2000 e 2021. Isso sem contar os benefícios estaduais e outras formas de estímulo, como as isenções fiscais para a gasolina e o álcool.

O boom não se refletiu em aumento relevante de empregos. Embora a produção nacional de veículos tenha crescido em quase quatro vezes entre 1990 e 2013, o emprego no setor de montadoras ficou relativamente estável no período.

A indústria de autopeças, ainda que tenha se recuperado de sua forte perda de empregos na década de 1990, não chegou a gerar aumento de ocupação significativo.

Tudo isso acabou por produzir um teto baixo para o modelo de ascensão dos governos petistas. A carência de empregos de maior produtividade jogou milhares de jovens com formação superior em trabalhos precarizados e mal remunerados no setor de serviços.

Como as montadoras são pouco intensivas em mão de obra, seu crescimento em quase nada contribuiu para a geração de empregos qualificados —assim como a mineração e o agronegócio, pilares da economia no período.

Os recursos públicos abocanhados pelas montadoras, se investidos em serviços de saúde, educação e mobilidade urbana, poderiam ter provido melhorias de vida para toda a população. Mas subsidiaram o boom automobilístico, que, além de não produzir aumento de empregos de alta produtividade e remuneração, gerou uma aguda deterioração da qualidade de vida nas cidades, prejudicando sobretudo os mais pobres.

O custo social do automóvel

O conceito de externalidade, em economia, diz respeito ao impacto, positivo ou negativo, sobre terceiros não diretamente envolvidos em uma atividade.

A referência bibliográfica mais completa sobre o tema, um estudo de Todd Litman, do Victoria Transport Institute, indica 17 externalidades negativas para o transporte, a maior parte gerada por carros e motocicletas. O compilado aponta que os custos sociais dos veículos individuais podem estar bem acima dos benefícios financeiros do setor.

Os poucos estudos feitos no Brasil chegam a conclusões parecidas. Analisando apenas poluição do ar, de ruído e acidentes, um relatório elaborado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) estima em R$ 154 bilhões os custos sociais oriundos do transporte motorizado em 2016, 90% gerados por automóveis e motocicletas. No entanto, estes veículos responderam por apenas 29% das viagens feitas no país naquele ano, enquanto o transporte coletivo foi responsável por 28% delas.

Para se ter uma ideia, os impostos arrecadados junto às montadoras somaram R$ 19,2 bilhões em 2013 —ano de maior venda de automóveis da história do país. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), toda a cadeia da indústria automobilística teria gerado R$ 56,6 bilhões em tributos naquele ano —cerca de um terço de apenas três custos sociais do transporte.

Quando é aplicada a média aferida pelo compilado de Litman, vê-se que os três custos para os quais há estimativas no Brasil correspondem a cerca de 30% de custos externos gerados por automóveis e motocicletas.

Se os outros 14 custos não inseridos na estimativa nacional fossem computados, considerando a média internacional, as externalidades do transporte motorizado no país seriam de cerca de R$ 500 bilhões por ano.

Se a conta do carro não fecha no balanço dos impactos sociais, ela tampouco é sustentável na perspectiva dos gastos privados, especialmente na periferia do capitalismo.

Os custos de manutenção e financiamento de veículos podem facilmente chegar ao piso da renda familiar da classe C no Brasil. Não por acaso, a compra do carro foi identificada, em pesquisa de 2012, como "principal razão do alto endividamento da classe C". Para as dezenas de milhões de brasileiros que seguiram nas classes D e E, seria impossível arcar com esses valores.

Aqui há um paradoxo evidente. Os preços dos veículos teriam que ser muito mais baixos para que pudessem ser universalizados em países da periferia do capitalismo. No entanto, esses mesmos preços teriam que ser muito mais altos para "internalizar" ao menos parte dos impactos sociais gerados por essa indústria.

Por fim, outro ponto a ser ressaltado explicita a contradição da ênfase automobilística por parte de governos de esquerda. Os mais impactados pelas externalidades dos veículos particulares são os mais vulneráveis.

As mortes no trânsito no Brasil, que ceifam dezenas de milhares de vidas por ano, estão concentradas entre pedestres e motociclistas —ambos com participação majoritária na base da pirâmide. Quem mais respira o ar poluído são os que passam mais tempo no trânsito, se deslocam de ônibus ou a pé —mais uma vez, os mais pobres.

A massificação de automóveis congestiona as ruas das cidades e induz o espraiamento, prejudicando o transporte coletivo. Enquanto o país viveu o boom de carros de 2008 a 2013, o tempo de viagem nos ônibus urbanos foi às alturas.

Em muitas cidades, o tempo médio de deslocamento dobrou. O aumento dos itinerários e da lentidão pressiona o custo dos ônibus, fazendo crescer o preço das tarifas —que subiram muito acima da inflação no período. Na raiz das revoltas de 2013, esteve também o boom automobilístico.

Mais uma vez, os maiores prejudicados foram os mais pobres, milhões de pessoas sem carro que dependem dos ônibus. Mulheres negras de baixa renda formam o principal grupo de usuárias cativas do transporte público no Brasil.

A experiência anterior mostra que incentivar montadoras não é bom negócio. Consome dinheiro público, gera poucos empregos qualificados, degrada a condição de vida nas cidades e contribui para a crise climática.

A indústria de transporte do século 21 é a de ônibus, trens, bondes e bicicletas. Se o governo for gastar dinheiro público e capital político desonerando setores, que sejam aqueles que beneficiam de fato os mais pobres e criam perspectivas de vida sustentáveis no planeta.

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Tuesday, May 23, 2023

Instituições reguladas pelo BC passarão a ter que compartilhar entre si dados sobre fraudes - UOL Economia

As instituições financeiras e demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central (BC) passarão a ter que compartilhar entre si dados e informações sobre fraudes no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), informou nesta terça-feira, 23, o BC. O prazo de implementação da norma é de 1º de novembro de 2023.

A obrigatoriedade faz parte de uma regulamentação aprovada pelo BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) para ampliar a capacidade de prevenção a fraudes no sistema financeiro, por meio da redução da assimetria de informação no acesso a dados utilizados para subsidiar procedimentos e controles das instituições.

"A norma permitirá o aprimoramento da capacidade das instituições supervisionadas de prevenção de fraudes, bem como melhorar seus controles internos", disse o BC, em nota.

Haverá um rol mínimo de informações a serem compartilhadas. São elas: a identificação de quem teria executado ou tentado executar a fraude; a descrição dos indícios da ocorrência ou da tentativa de fraude; a identificação da instituição responsável pelo registro dos dados e das informações; e a identificação dos dados da conta destinatária e de seu titular, em caso de transferência ou pagamento de recursos.

Segundo a autarquia, as instituições reguladas são responsáveis pela utilização dos dados e das informações obtidos em consulta ao sistema eletrônico, bem como pela preservação de seu sigilo bancário.

Além disso, as instituições deverão obter de seus clientes consentimento para tratamento e compartilhamento dos dados de fraudes, a constar em contrato firmado com cláusula de destaque.

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Monday, May 22, 2023

Boletim Focus: projeção para a inflação de 2023 cai para 5,80% e a do crescimento do PIB sobe para 1,20% - InfoMoney

A projeção de inflação para 2023 feita pelos analistas de mercado caiu de 6,03% para 5,80%% nesta semana, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira  (22) pelo Relatório Focus do Banco Central. A estimativa do PIB, por sua vez, subiu de 1,02% para 1,20%.

Inflação

A previsão para o IPCA de 2024 também recuou de 4,15% para 4,13%, enquanto as de 2025 e a de 2026 foram mantidas em 4,0%.

Especificamente para os preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 recuou de 10,53 para 9,50%. Há um mês, a projeção estava em 10,71%. A estimativa para 2024 foi mantida em 4,50% e as 2025 e 2026, continuaram em 4,0%.

PIB

Para o crescimento do PIB, a estimativa para 2024 recuou de 1,38% para 1,30%, enquanto as e 2025 e 2026 foram mantidas, em 1,70% e 1,80%, respectivamente.

Selic

A projeção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) continua em 12,50% há cinco semanas. A de 2024 foi mantida em 10,0% pela 14ª semana seguida e a de 2025 está em 9,0% há 15 semanas. A de 2026 continuou em 8,75%.

Câmbio

A estimativa para o dólar em 2023 caiu de R$ 5,20. para R$ 5,15 As projeções para 2024 e 2025 continuaram em R$ 5,20, enquanto a estimativa para 2026 recuou de R$ 5,30 para R$ 5,27.

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Resultado primário

A projeção para resultado primário em 2023 foi mantida no Boletim Focus desta semana e continuou em -1,0% do PIB, enquanto a de 2024 recuou de -0,80% para -0,70% do PIB. A de 2025, por sua vez, passou de -0,39% para -0,37% do PIB, e a de 2026 subiu de -0,10% para -0,15% do PIB.

Dívida líquida

Para a dívida líquida do setor público, a projeção para este ano subiu em 60,70% para 61,0% do PIB, enquanto a de 2024 avançou 64,20% para 64,70% do PIB. Pra 2025, a estimativa foi mantida em 67,0% do PIB. A de 2026 avançou de em 67,20% para 67,40% do PIB.

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Boletim Focus: projeção para a inflação de 2023 cai para 5,80% e a do crescimento do PIB sobe para 1,20% - InfoMoney
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Datafolha: 75% de motoristas e entregadores rejeitam contratação via CLT - Metrópoles

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha para a Uber e o iFood mostra que três de cada quatro motoristas e entregadores que trabalham com os aplicativos de mobilidade e entrega preferem manter o modelo atual, em vez de uma eventual contratação pelo regime CLT, mesmo que tivessem acesso aos benefícios trabalhistas previstos na legislação.

Para a grande maioria desses trabalhadores, a CLT é uma ameaça à autonomia e flexibilidade que eles têm hoje, quando podem escolher seus próprios horários e recusar viagens a qualquer momento.

De acordo com o levantamento “Futuro do Trabalho por Aplicativo”, divulgado nesta segunda-feira (22/5), 75% dos motoristas e entregadores de aplicativo preferem o sistema atual ao regime CLT.

Apenas 14% dos motoristas e entregadores disseram preferir um vínculo de emprego via CLT para ter acesso aos benefícios trabalhistas.

A pesquisa também perguntou aos entrevistados se o modelo chamado de “CLT intermitente” atende às suas necessidades. Trata-se de uma modalidade de contrato de trabalho com carteira assinada por meio da qual trabalhador e empresa formalizam um vínculo de emprego, independentemente de o funcionário ser ou não chamado para trabalhar. Sete de cada 10 motoristas e entregadores responderam que esse modelo não lhes interessa. Somente 14% disseram que aprovam o sistema.

Segundo o levantamento do Datafolha, 76% dos motoristas e entregadores desejam continuar trabalhando por meio de aplicativos.

Direitos e benefícios

Quando perguntados sobre direitos e benefícios, sete em cada 10 motoristas e entregadores (68%) disseram que concordariam em contribuir com a Previdência caso as plataformas automatizassem o processo por meio da tecnologia.

Para 89% dos entrevistados, é importante garantir certos direitos e benefícios, desde que eles não interfiram na flexibilidade do trabalho. Apenas 11% afirmaram ser favoráveis à garantia de todos os direitos trabalhistas mesmo que isso signifique menor flexibilidade.

Seis de cada 10 entrevistados fazem contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou possuem previdência privada. Ao todo, 30% contribuem com a Previdência Social por meio de outras ocupações de trabalho e 25% dizem realizar a contribuição como profissional autônomo, em modelos como o Microempreendedor Individual (MEI).

Um de cada três motoristas e entregadores (36%) afirma não contribuir com a Previdência, seja pública ou privada. Os principais motivos relatados são o valor da mensalidade (34%) e a burocracia (21%).

“O trabalho intermediado por aplicativos é uma realidade para 1,7 milhão de motoristas e entregadores no Brasil, que encontraram uma alternativa para gerar renda, de maneira até concomitante, com flexibilidade para transitar entre ofícios”, diz Debora Gershon, head de DataPolicy e Relações Acadêmicas do iFood.

Para Rafael Alloni, gerente de Relações Governamentais da Uber, a pesquisa do Datafolha “oferece dados para ampliarmos a compreensão sobre os desafios e as oportunidades em relação ao trabalho em plataformas digitais no Brasil”. “As preferências desses trabalhadores, indicadas no estudo, apontam para a importância da construção de uma política pública que garanta mais proteção sem prejudicar a liberdade e a geração de renda de milhões de pessoas”, avalia.

O Datafolha fez 2.800 entrevistas com motoristas (1.800) e entregadores (1.000) parceiros da Uber e do iFood, em todo o Brasil, entre janeiro e março de 2023. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O relatório do levantamento pode ser acessado aqui.

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Com Selic a 11,25%, quanto rende investimento de R$ 1 mil? - Revista Oeste

Nesta quarta-feira, 31, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou pela quinta vez consecutiva a taxa básica de j...